Por que mineradoras estão deixando a China?
Entenda por que a China está perdendo pools de mineração
Na semana passada, a China fez novas restrições à mineração de criptomoedas. A última medida foi em Sichuan, no sudoeste do país. No entanto, desde o começo do ano, o governo vem reprimindo e rompendo o fornecimento de energia às províncias.
Em abril, a região de Xinjiang também teve a energia suspensa, o que chocou o hash rate do Bitcoin. Naquele momento, o processamento da moeda caiu 40% e atingiu a taxa mais baixa desde 2017. Isso atrasou as operações e comprometeu as taxas da rede Blockchain, que ficaram mais caras.
O hash rate é a taxa do processamento computacional para fazer a mineração do Bitcoin. Entenda o que aconteceu aqui.
Com as restrições, a China tem feito as empresas com fazendas de mineração do país buscarem outros lugares. A Bit Mining, por exemplo, que tem 10% do pool de mineração no país, anunciou que transferiu na semana passada 320 máquinas ASICS (computadores que fazem a mineração) para outro território e que vai se instalar no Cazaquistão. A previsão é que até julho cheguem ao país mais de 2 mil máquinas.
De acordo com a CoinDesk, a empresa Fenghua International Transportation, da cidade portuária Guangzhou, ficou responsável pela logística de três toneladas de equipamentos de mineração para os Estados Unidos. A informação foi confirmada pela jornalista Eunice Yoon, da CNBC.
A migração das fazendas (pools) de mineração para os EUA e para o Cazaquistão deve-se ao poder computacional para fazer a mineração da moeda.
No ranking, elaborado pela Universidade de Cambridge, os Estados Unidos estão em segundo lugar, depois da China. Em terceiro, vem a Rússia e, ocupando a quarta posição, fica o Cazaquistão com 6,17% de capacidade para minerar a moeda.
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