Equipe da Beta Redação Geral (Foto: Eduardo Zanotti/Beta Redação)

Cuidado com os títulos na Beta Redação Geral

Confira as críticas dessa semana sobre as nossas produções

Reportagens Acadêmicas
Redação Beta
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11 min readMay 28, 2019

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Algumas matérias dessa semana ficaram devendo em relação ao uso de fotos, mas um ponto a ressaltar foi a volta dos áudios e dos infográficos, que servem para ilustrar e ampliar a informação nas reportagens.

Os leitores voltaram a reclamar dos títulos das matérias, ainda há textos que não estão completamente de acordo com o que está sendo oferecido.

Confira as opiniões dos leitores.

Mundo da moda aposta em projetos de consumo sustentável — Estephani Richter

“Achei a matéria interessante e muito bem escrita. Desconhecia o tema”, conta o leitor Denis Machado.

“Adorei a matéria! Achei o tema bem atual e importante de se conhecer. Gostei que citou os nomes das marcas, porém seria interessante ter colocado o link para as redes sociais”, afirma a leitora Deyzi Botesini.

“Gostei do texto, achei interessante e ao mesmo tempo informativo”, comenta o leitor Luís Santos.

A leitora Ubaldininha Torres gostou bastante da matéria da repórter: “Temática atualíssima, interessante e BEM escrita. Parabéns à autora!”, elogia.

Uma das fotos que a repórter usa para ilustrar a matéria ( Foto: Estephani Richter/Beta Redação)

“A repórter escolheu um tema em voga, mas que ainda não está suficientemente disseminado, daí a importância de reportá-lo. O texto traz várias visões de um mesmo assunto e, com isso, abarca um valor fundamental para o jornalismo: pluralidade. A reportagem lança luz sobre uma das faces da nova economia, que trata da mudança do padrão de consumo — notadamente do consumidor jovem. O mundo, neste aspecto, está em transformação e o jornalismo tem o dever de dar conta desses novos movimentos, explicando-os e contextualizando-os”, afirma o leitor Marcelo Fiori.

Confira a matéria aqui.

Dados apontam redução da criminalidade em Canoas — Jaime Zanata

“Boa reportagem, com a apuração e colocação dos números e a interpretação das autoridades. Minha sugestão seria usar um formato mais visual para apresentar os dados (um gráfico com colunas, talvez) e evidenciar a redução. Destaco a iniciativa de mostrar o lado da comunidade, que ainda sofre com a falta de segurança, o que é bem importante. Assim como nos textos anteriores, no entanto, cabe uma revisão melhor do texto. Um exemplo disso é o parágrafo de uma frase só que abre a matéria e está bastante confuso”, comenta o leitor Denis Machado.

Para a leitora Deyzi Botesini, a matéria ficou muito boa. “Os dados estavam bem completos e o texto bem escrito. Achei bem interessante a parte final, que cita a questão de registrar as ocorrências, e que isso implica nos índices e nos trabalhos relacionados à segurança pública. Também muito bom ter utilizado os gráficos”, afirma.

Um dos infográficos que você encontra na matéria do repórter (Arte: Júlia Ramona/Beta Redação)

“Gostei da matéria, achei direta, completa e objetiva”, comenta o leitor Luís Santos.

“'De acordo com os dados levantados, houve 21 mortes violentas em 2019, contra 35 em 2018. Ou seja, uma redução de 40%.' O ano de 2019 ainda está em curso; seria interessante destacar o período a que os dados se referem. Por exemplo: entre janeiro e março, nos primeiros três meses… Suponho que seja este período pelos gráficos apresentados, mas é importante identificar. 'Pensei e conversando com a minha esposa, conclui: eles não vão prender ninguém, então, porque vou perder o meu tempo indo até a delegacia?' O uso dos porquês é conteúdo dos anos iniciais do Ensino Fundamental… Por favor!!! Matéria interessante, bem fundamentada. Gostei!”, afirma a leitora Ubaldininha Luize.

O repórter ilustra sua matéria com imagens como essa. (Foto: Jaime Zanata/Beta Redação)

O leitor Marcelo Fiori gostou da matéria e acha que o colega acertou na escolha da pauta. “Segurança pública é tema de primeira prioridade nos dias atuais, portanto acerta o repórter ao eleger este tipo de pauta. Além de grande interesse público, o assunto demonstra que, apesar de avanços, ainda há um longo caminho a ser trilhado quanto à redução da violência e da criminalidade. O texto deveria ter aprofundado o debate acerca dos motivos pelos quais os índices de criminalidade tiveram queda e por que chegaram a níveis tão elevados. Propor esta discussão significa induzir a sociedade a pensar sobre as questões que tornam nosso meio tão violento. Me chama a atenção a declaração do comando do 15° BPM, que afirma não poder evitar 'que o crime aconteça', mas sim 'prender o criminoso na sequência dele'. É estranho, porque a Brigada Militar, antes de mais nada, deve atuar na prevenção, ou seja, o ideal é nem mesmo permitir que o delito se consume”, comenta.

Confira a matéria aqui.

Motolância é diferencial no atendimento do Samu — Graziele Iaronka

“Gostei do texto. Achei muito interessante e informativo”, comenta o leitor Luís Santos.

O leitor Denis Machado gostou do texto da colega, porém tem algumas sugestões para a matéria: “Achei a pauta bem legal e diferente, mas tem problemas de estrutura. Um exemplo claro é que, pelo título, abri a matéria para ler sobre a tal 'motolância', e ela só é citada depois de toda a história de uma convulsão e de um quadro com dicas sobre como ligar para o Samu. Não entendi a proposta, aqui. No restante também… cabe uma análise melhor de organização das informações (algumas, talvez, poderiam até serem cortadas sem grandes perdas para a reportagem). Temos, ainda, uns probleminhas de concordância que não foram vistos na revisão: a fonte que primeiro 'afirmou', no passado, e depois 'destaca', no presente, por exemplo”, explica.

A repórter utiliza essa imagem para mostrar o que é uma motolância ( Foto: Arquivo Pessoal/Rafael Pohren)

“Texto bem desenvolvido. Abrange diferentes pontos do tema”, afirma a leitora Deyzi Botesini.

O leitor Marcelo Fiori gostou da matéria da colega, achou bem pertinente e interessante. Mas encontrou um erro no texto: “Pauta de serviço muito apropriada, de grande interesse público. Bem conduzida a matéria, porque não deixou de informar que o Samu, muitas vezes, presta um atendimento inadequado; e também pelo quadro com dicas sobre o que as pessoas podem fazer quando se deparam com a situação de urgência/emergência, e principalmente o quadro que informa QUANDO acionar o serviço — algo que até hoje traz bastante dúvida. A autora poderia ter feito alguma referência ao risco a que estão expostos os condutores de motolância. Há erro de concordância na frase: 'Em um deles é levado materiais clínicos para verificar os sinais vitais da vítima, como pressão, oxigenação e batimentos cardíacos'. O correto é ‘são levados materiais clínicos’”, explica.

A leitora Ubaldininha Torres gostou do texto, mas acha que poderia ter sido mais bem finalizado: “'Cada uma das motos conta com um baú. Em um deles é ​são levado​ materiais clínicos para verificar os sinais vitais da vítima… ' A matéria foi bem desenvolvida, mas acaba de forma abrupta… Todo bom texto tem começo, meio e fim. Ou deveria tê-los”, comenta.

Confira a matéria aqui.

Dia Internacional da Família gera reflexões sociais — Laura Hahner Nienow

“Gostei da matéria. O assunto é muito bom e interessante”, diz o leitor Luís Santos.

Já o leitor Denis Machado, acha que o tema poderia ter sido mais bem abordado e que faltaram ilustrações: “É um tema interessante, embora já bastante abordado. Acho, inclusive, que ele mereceria uma abordagem maior (caso houvesse tempo, claro), com mais aprofundamento. Acabei com a impressão de que a matéria tentou falar sobre um monte de coisa dentro da temática, não conseguiu e terminou meio 'do nada'. Também há o problema da falta de ilustrações”, afirma.

“A reportagem pauta uma questão bem presente e importante para a contemporaneidade. Foi bem construída, pois traz estatísticas, opiniões de especialistas, cases de “vida real”. Poderia, quem sabe, ser um pouco mais plural se a repórter tivesse entrevistado uma família com dois pais. Com isso, o texto seria ainda mais rico e diverso”, sugere o leitor Marcelo Fiori.

“Muito bom o texto. Fácil compreensão, porém, poderia ter desenvolvido mais e se aprofundado em alguns tópicos, inserindo mais informações sobre o tema”, comenta a leitora Deyzi Botesini.

A leitora Ubaldininha Torres concorda com a opinião de seus colegas leitores: “Matéria com tema atual e relevante. Poderia trazer mais dados estatísticos e abordar não somente a presença e condição de chefe de família por parte da mulher, mas também o abandono por parte dos pais. São tantos dados que poderiam ser apresentados: faixa de renda, escolaridade, etnicidade…”, sugere.

Confira a matéria aqui.

Mais de 70% dos brasileiros têm o hábito de automedicação — Matheus Vargas e Vítor Brandão

“Matéria pertinente, bem apurada e estruturada. Bom uso das fontes também, com o case e os especialistas”, comenta o leitor Denis Machado.

“Tema muito atual, texto bem escrito e com dados interessantes”, afirma a leitora Deyzi Botesini.

O leitor Luís Santos também elogia o texto dos repórteres. “Matéria muito interessante e informativa. Gostei!”, coloca.

Outra leitora que gostou muito da matéria foi Ubaldininha Luize. “Matheus Vargas e Vítor Brandão… Parabéns!!! Matéria objetiva, escrita sem erros, com dados estatísticos”, parabeniza.

Já o leitor Marcelo Fiori encontrou alguns erros e acha que o material dos repórteres poderia ter sido mais bem produzido: “O principal valor deste texto é prestar um serviço à sociedade, de forma generalizada. O autor poderia ter desenvolvido as hipóteses pelas quais o brasileiro tanto se automedica. É falta de acesso a profissionais da rede pública de saúde? Falta de informação? Falta de condições financeiras para acesso a consultas médicas? Há problemas de pontuação em alguns trechos: 'A cuidadora de idosos, Marcia Menezes, 40, pertence ao grupo que se automedica'. Essa vírgula sugere que Márcia é a única cuidadora de idosos a existir, o que não é correto. 'Segundo a técnica em Enfermagem, Helen Bohn, o uso incorreto de medicamentos pode agravar doenças ao esconder determinados sintomas'. Mesmo erro de vírgula citado no exemplo anterior. Helen não é a única técnica em enfermagem. Outro problema gramatical está nesta frase, que exige ponto final por se tratar de dois períodos diferentes, com sujeito e predicado bem definidos: '"Às vezes, pode se tratar de uma doença muito agressiva, o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura”, alertou'”.

Confira a matéria aqui.

Eu conheço o Roque do Centro — João Rosa

Confira um dos áudios da matéria:

“Assim como no texto anterior do colega, uma baita matéria prejudicada por uma revisão ruim. Erros simples de concordância ou o '…uma personalidade mais famosa de Canoas', como diz logo a linha de apoio, por exemplo. No mais, só elogios. Narrativa bem construída e boa de ler, que capta a atenção do leitor. Também gostei das ilustrações”, afirma o leitor Denis Machado.

Já a leitora Deyzi Botesini, por mais que tenha gostado da matéria, acredita que há elementos desnecessários no texto. “Muito interessante a história do Roque. Talvez alguns detalhes pudessem ficar de fora, para não tirar um pouco do foco principal que era a história do Roque, como por exemplo, as frases 'pedalei abaixo de chuva' ou 'coloquei minha bike'", opina.

O repórter usou o recurso do GIF para ilustrar seu texto (Gif: João Rosa/Beta Redação)

“O maior mérito dessa reportagem é elucidar a maior lenda urbana de Canoas. É preciso que esse texto chegue ao maior número de pessoas possível para que se desmistifique tudo o que há de errado em torno da vida dele. Falta objetividade ao texto, que poderia ir direto ao ponto. O estilo adotado pelo autor, de escrever em primeira pessoa, confere um valor diferenciado à matéria. Destaca-se, ainda, a inserção de áudios na publicação, o que traz ainda mais credibilidade à notícia. O olhar humano do autor precisa ser enaltecido. A reportagem poderia ter aprofundado a explicação sobre os motivos pelos quais tantas pessoas vivem nas ruas e o preconceito social que gravita em torno desse assunto”, sugere o leitor Marcelo Fiori

“Não gostei dessa matéria. Texto forçado”, afirma o leitor Luís Santos.

Uma das fotos qie você encontra na matéria do repórter (Foto: YouTube/Reprodução)

A leitora Ubaldininha Torres faz uma série de correções no texto do repórter: “'… mesmo sabendo que o homem ​com que tanto queria conversar estava a poucos metros de mim.' (…) 'Enquanto dirigia, relembrou histórias que ouviu referentes à vida do nosso personagem.' (…) '…lembra enquanto tocava Shiny Happy People, do R.E.M., no rádio do carro.' O correto é da ​(banda) R.E.M.. 'Agradeci a Neumann por compartilhar as histórias e também pela ótima playlist.' (…) 'Cristiano recorda que conversava com o ex-morador de rua e que ele o respondia, com naturalidade, principalmente quando a questão em debate dizia respeito a uma equação matemática.' Ou lhe respondia (respondia a ele) ou apenas 'respondia'. 'Ao deixar o Café Imperial, vou ao encontro da vendedora de mercadorias Terezinha Damaceno, 50, que há 26 anos ocupa as vias públicas da região central da cidade.' Vendedores vendem mercadorias, é óbvio! Até o sexo, quando vendido, é considerado como uma mercadoria. Usar a expressão 'vendedora ambulante', 'ambulante' ou 'camelô'. A vendedora não 'ocupa as vias públicas da região central'; poder-se-ia dizer que 'tem seu ponto no centro da cidade'. (…) '…além de fumante assíduo'. O adjetivo assíduo refere-se a lugar ou tempo. Por exemplo: Era freguês assíduo do restaurante ou Era cumpridor assíduo de suas tarefas. O correto seria fumante inveterado, viciado em cigarro ou fumante habitual. '…e assustava Roque para que ele não fizesse sujeira na fachada da lancheria…' Sério isso? Ele tinha medo que o Roque subisse pelas paredes para fazer suas necessidades??? Morrendo de rir!!! Fachada é um dos lados/paredes do prédio, geralmente a frente. O correto seria calçada. 'Em meio ao trajeto até a associação, vem à tona a minha versão sobre aquele canoense que, por muitos anos, observei largado nas ruas. Contudo, após ouvir relatos, ainda pouco sabia sobre o homem que, cerca de 20 anos atrás, era barbudo e tinha os pés sempre escuros de sujeira.' Que versão? O autor não apresenta NENHUMA versão sobre o morador de rua! Talvez ele pretendesse dizer lembrança, recordação… 'Me despeço e decido que no dia seguinte vou ouvir a versão do próprio Roque Augusto Monteiro Farias sobre sua vida.' Despeço-me… Vinicius tem licença poética, Garcia Márquez tem licença poética.. Estudante de jornalismo deve seguir a regra culta. 'Ele senta ao meu lado. Cruzando e descruzando as pernas a todo instante e bufando a cada minuto, ele intercala esse movimento com uma espécie de soluço. Ao observar a lenda canoense de perfil, noto a grande quantidade de pelos saindo das orelhas e penso que talvez este seja um dos motivos para ele falar tão alto — ou não.' Parágrafo totalmente dispensável. Não cabe ao autor rotular ou formular opinião sobre os maneirismos do personagem em foco, principalmente por ser leigo e, saúde mental. Além disso, o gif mostrado é desrespeitoso, pois ridiculariza o entrevistado. Trabalho com PNEs e condeno, visceralmente, esse tipo de postura.​ 'Roque começa a apresentar sinais de irritação e não consegue desenvolver a conversa, o que não surpreendo', ​O que não me surpreende… ​'…Lá ele toma o mesmo café com leite e come o mesmo pão com manteiga que sempre pedia….' Ele pode entrar no mesmo Café, mas jamais vai poder comer o mesmo pão… Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio! 'Afinal, ele não sabia o que era banho e sequer tinha uma cama limpa para dormir.' Ele sabia o que era banho pois nem sempre foi morador de rua; ele não tinha acesso ao banho diário, o que é bem diferente. O autor tinha uma história maravilhosa em mãos, mas se perdeu ao tentar florear o texto usando expressões que não domina. Empobrecendo a escrita e tornando a leitura cansativa. Pena!”

Confira a matéria aqui.

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Eduardo Zanotti da Silva, 26 anos, jornalista.