Cuidado com os títulos na Beta Redação Geral
Confira as críticas dessa semana sobre as nossas produções
Algumas matérias dessa semana ficaram devendo em relação ao uso de fotos, mas um ponto a ressaltar foi a volta dos áudios e dos infográficos, que servem para ilustrar e ampliar a informação nas reportagens.
Os leitores voltaram a reclamar dos títulos das matérias, ainda há textos que não estão completamente de acordo com o que está sendo oferecido.
Confira as opiniões dos leitores.
Mundo da moda aposta em projetos de consumo sustentável — Estephani Richter
“Achei a matéria interessante e muito bem escrita. Desconhecia o tema”, conta o leitor Denis Machado.
“Adorei a matéria! Achei o tema bem atual e importante de se conhecer. Gostei que citou os nomes das marcas, porém seria interessante ter colocado o link para as redes sociais”, afirma a leitora Deyzi Botesini.
“Gostei do texto, achei interessante e ao mesmo tempo informativo”, comenta o leitor Luís Santos.
A leitora Ubaldininha Torres gostou bastante da matéria da repórter: “Temática atualíssima, interessante e BEM escrita. Parabéns à autora!”, elogia.
“A repórter escolheu um tema em voga, mas que ainda não está suficientemente disseminado, daí a importância de reportá-lo. O texto traz várias visões de um mesmo assunto e, com isso, abarca um valor fundamental para o jornalismo: pluralidade. A reportagem lança luz sobre uma das faces da nova economia, que trata da mudança do padrão de consumo — notadamente do consumidor jovem. O mundo, neste aspecto, está em transformação e o jornalismo tem o dever de dar conta desses novos movimentos, explicando-os e contextualizando-os”, afirma o leitor Marcelo Fiori.
Confira a matéria aqui.
Dados apontam redução da criminalidade em Canoas — Jaime Zanata
“Boa reportagem, com a apuração e colocação dos números e a interpretação das autoridades. Minha sugestão seria usar um formato mais visual para apresentar os dados (um gráfico com colunas, talvez) e evidenciar a redução. Destaco a iniciativa de mostrar o lado da comunidade, que ainda sofre com a falta de segurança, o que é bem importante. Assim como nos textos anteriores, no entanto, cabe uma revisão melhor do texto. Um exemplo disso é o parágrafo de uma frase só que abre a matéria e está bastante confuso”, comenta o leitor Denis Machado.
Para a leitora Deyzi Botesini, a matéria ficou muito boa. “Os dados estavam bem completos e o texto bem escrito. Achei bem interessante a parte final, que cita a questão de registrar as ocorrências, e que isso implica nos índices e nos trabalhos relacionados à segurança pública. Também muito bom ter utilizado os gráficos”, afirma.
“Gostei da matéria, achei direta, completa e objetiva”, comenta o leitor Luís Santos.
“'De acordo com os dados levantados, houve 21 mortes violentas em 2019, contra 35 em 2018. Ou seja, uma redução de 40%.' O ano de 2019 ainda está em curso; seria interessante destacar o período a que os dados se referem. Por exemplo: entre janeiro e março, nos primeiros três meses… Suponho que seja este período pelos gráficos apresentados, mas é importante identificar. 'Pensei e conversando com a minha esposa, conclui: eles não vão prender ninguém, então, porque vou perder o meu tempo indo até a delegacia?' O uso dos porquês é conteúdo dos anos iniciais do Ensino Fundamental… Por favor!!! Matéria interessante, bem fundamentada. Gostei!”, afirma a leitora Ubaldininha Luize.
O leitor Marcelo Fiori gostou da matéria e acha que o colega acertou na escolha da pauta. “Segurança pública é tema de primeira prioridade nos dias atuais, portanto acerta o repórter ao eleger este tipo de pauta. Além de grande interesse público, o assunto demonstra que, apesar de avanços, ainda há um longo caminho a ser trilhado quanto à redução da violência e da criminalidade. O texto deveria ter aprofundado o debate acerca dos motivos pelos quais os índices de criminalidade tiveram queda e por que chegaram a níveis tão elevados. Propor esta discussão significa induzir a sociedade a pensar sobre as questões que tornam nosso meio tão violento. Me chama a atenção a declaração do comando do 15° BPM, que afirma não poder evitar 'que o crime aconteça', mas sim 'prender o criminoso na sequência dele'. É estranho, porque a Brigada Militar, antes de mais nada, deve atuar na prevenção, ou seja, o ideal é nem mesmo permitir que o delito se consume”, comenta.
Confira a matéria aqui.
Motolância é diferencial no atendimento do Samu — Graziele Iaronka
“Gostei do texto. Achei muito interessante e informativo”, comenta o leitor Luís Santos.
O leitor Denis Machado gostou do texto da colega, porém tem algumas sugestões para a matéria: “Achei a pauta bem legal e diferente, mas tem problemas de estrutura. Um exemplo claro é que, pelo título, abri a matéria para ler sobre a tal 'motolância', e ela só é citada depois de toda a história de uma convulsão e de um quadro com dicas sobre como ligar para o Samu. Não entendi a proposta, aqui. No restante também… cabe uma análise melhor de organização das informações (algumas, talvez, poderiam até serem cortadas sem grandes perdas para a reportagem). Temos, ainda, uns probleminhas de concordância que não foram vistos na revisão: a fonte que primeiro 'afirmou', no passado, e depois 'destaca', no presente, por exemplo”, explica.
“Texto bem desenvolvido. Abrange diferentes pontos do tema”, afirma a leitora Deyzi Botesini.
O leitor Marcelo Fiori gostou da matéria da colega, achou bem pertinente e interessante. Mas encontrou um erro no texto: “Pauta de serviço muito apropriada, de grande interesse público. Bem conduzida a matéria, porque não deixou de informar que o Samu, muitas vezes, presta um atendimento inadequado; e também pelo quadro com dicas sobre o que as pessoas podem fazer quando se deparam com a situação de urgência/emergência, e principalmente o quadro que informa QUANDO acionar o serviço — algo que até hoje traz bastante dúvida. A autora poderia ter feito alguma referência ao risco a que estão expostos os condutores de motolância. Há erro de concordância na frase: 'Em um deles é levado materiais clínicos para verificar os sinais vitais da vítima, como pressão, oxigenação e batimentos cardíacos'. O correto é ‘são levados materiais clínicos’”, explica.
A leitora Ubaldininha Torres gostou do texto, mas acha que poderia ter sido mais bem finalizado: “'Cada uma das motos conta com um baú. Em um deles é são levado materiais clínicos para verificar os sinais vitais da vítima… ' A matéria foi bem desenvolvida, mas acaba de forma abrupta… Todo bom texto tem começo, meio e fim. Ou deveria tê-los”, comenta.
Confira a matéria aqui.
Dia Internacional da Família gera reflexões sociais — Laura Hahner Nienow
“Gostei da matéria. O assunto é muito bom e interessante”, diz o leitor Luís Santos.
Já o leitor Denis Machado, acha que o tema poderia ter sido mais bem abordado e que faltaram ilustrações: “É um tema interessante, embora já bastante abordado. Acho, inclusive, que ele mereceria uma abordagem maior (caso houvesse tempo, claro), com mais aprofundamento. Acabei com a impressão de que a matéria tentou falar sobre um monte de coisa dentro da temática, não conseguiu e terminou meio 'do nada'. Também há o problema da falta de ilustrações”, afirma.
“A reportagem pauta uma questão bem presente e importante para a contemporaneidade. Foi bem construída, pois traz estatísticas, opiniões de especialistas, cases de “vida real”. Poderia, quem sabe, ser um pouco mais plural se a repórter tivesse entrevistado uma família com dois pais. Com isso, o texto seria ainda mais rico e diverso”, sugere o leitor Marcelo Fiori.
“Muito bom o texto. Fácil compreensão, porém, poderia ter desenvolvido mais e se aprofundado em alguns tópicos, inserindo mais informações sobre o tema”, comenta a leitora Deyzi Botesini.
A leitora Ubaldininha Torres concorda com a opinião de seus colegas leitores: “Matéria com tema atual e relevante. Poderia trazer mais dados estatísticos e abordar não somente a presença e condição de chefe de família por parte da mulher, mas também o abandono por parte dos pais. São tantos dados que poderiam ser apresentados: faixa de renda, escolaridade, etnicidade…”, sugere.
Confira a matéria aqui.
Mais de 70% dos brasileiros têm o hábito de automedicação — Matheus Vargas e Vítor Brandão
“Matéria pertinente, bem apurada e estruturada. Bom uso das fontes também, com o case e os especialistas”, comenta o leitor Denis Machado.
“Tema muito atual, texto bem escrito e com dados interessantes”, afirma a leitora Deyzi Botesini.
O leitor Luís Santos também elogia o texto dos repórteres. “Matéria muito interessante e informativa. Gostei!”, coloca.
Outra leitora que gostou muito da matéria foi Ubaldininha Luize. “Matheus Vargas e Vítor Brandão… Parabéns!!! Matéria objetiva, escrita sem erros, com dados estatísticos”, parabeniza.
Já o leitor Marcelo Fiori encontrou alguns erros e acha que o material dos repórteres poderia ter sido mais bem produzido: “O principal valor deste texto é prestar um serviço à sociedade, de forma generalizada. O autor poderia ter desenvolvido as hipóteses pelas quais o brasileiro tanto se automedica. É falta de acesso a profissionais da rede pública de saúde? Falta de informação? Falta de condições financeiras para acesso a consultas médicas? Há problemas de pontuação em alguns trechos: 'A cuidadora de idosos, Marcia Menezes, 40, pertence ao grupo que se automedica'. Essa vírgula sugere que Márcia é a única cuidadora de idosos a existir, o que não é correto. 'Segundo a técnica em Enfermagem, Helen Bohn, o uso incorreto de medicamentos pode agravar doenças ao esconder determinados sintomas'. Mesmo erro de vírgula citado no exemplo anterior. Helen não é a única técnica em enfermagem. Outro problema gramatical está nesta frase, que exige ponto final por se tratar de dois períodos diferentes, com sujeito e predicado bem definidos: '"Às vezes, pode se tratar de uma doença muito agressiva, o diagnóstico precoce aumenta a chance de cura”, alertou'”.
Confira a matéria aqui.
Eu conheço o Roque do Centro — João Rosa
Confira um dos áudios da matéria:
“Assim como no texto anterior do colega, uma baita matéria prejudicada por uma revisão ruim. Erros simples de concordância ou o '…uma personalidade mais famosa de Canoas', como diz logo a linha de apoio, por exemplo. No mais, só elogios. Narrativa bem construída e boa de ler, que capta a atenção do leitor. Também gostei das ilustrações”, afirma o leitor Denis Machado.
Já a leitora Deyzi Botesini, por mais que tenha gostado da matéria, acredita que há elementos desnecessários no texto. “Muito interessante a história do Roque. Talvez alguns detalhes pudessem ficar de fora, para não tirar um pouco do foco principal que era a história do Roque, como por exemplo, as frases 'pedalei abaixo de chuva' ou 'coloquei minha bike'", opina.
“O maior mérito dessa reportagem é elucidar a maior lenda urbana de Canoas. É preciso que esse texto chegue ao maior número de pessoas possível para que se desmistifique tudo o que há de errado em torno da vida dele. Falta objetividade ao texto, que poderia ir direto ao ponto. O estilo adotado pelo autor, de escrever em primeira pessoa, confere um valor diferenciado à matéria. Destaca-se, ainda, a inserção de áudios na publicação, o que traz ainda mais credibilidade à notícia. O olhar humano do autor precisa ser enaltecido. A reportagem poderia ter aprofundado a explicação sobre os motivos pelos quais tantas pessoas vivem nas ruas e o preconceito social que gravita em torno desse assunto”, sugere o leitor Marcelo Fiori
“Não gostei dessa matéria. Texto forçado”, afirma o leitor Luís Santos.
A leitora Ubaldininha Torres faz uma série de correções no texto do repórter: “'… mesmo sabendo que o homem com que tanto queria conversar estava a poucos metros de mim.' (…) 'Enquanto dirigia, relembrou histórias que ouviu referentes à vida do nosso personagem.' (…) '…lembra enquanto tocava Shiny Happy People, do R.E.M., no rádio do carro.' O correto é da (banda) R.E.M.. 'Agradeci a Neumann por compartilhar as histórias e também pela ótima playlist.' (…) 'Cristiano recorda que conversava com o ex-morador de rua e que ele o respondia, com naturalidade, principalmente quando a questão em debate dizia respeito a uma equação matemática.' Ou lhe respondia (respondia a ele) ou apenas 'respondia'. 'Ao deixar o Café Imperial, vou ao encontro da vendedora de mercadorias Terezinha Damaceno, 50, que há 26 anos ocupa as vias públicas da região central da cidade.' Vendedores vendem mercadorias, é óbvio! Até o sexo, quando vendido, é considerado como uma mercadoria. Usar a expressão 'vendedora ambulante', 'ambulante' ou 'camelô'. A vendedora não 'ocupa as vias públicas da região central'; poder-se-ia dizer que 'tem seu ponto no centro da cidade'. (…) '…além de fumante assíduo'. O adjetivo assíduo refere-se a lugar ou tempo. Por exemplo: Era freguês assíduo do restaurante ou Era cumpridor assíduo de suas tarefas. O correto seria fumante inveterado, viciado em cigarro ou fumante habitual. '…e assustava Roque para que ele não fizesse sujeira na fachada da lancheria…' Sério isso? Ele tinha medo que o Roque subisse pelas paredes para fazer suas necessidades??? Morrendo de rir!!! Fachada é um dos lados/paredes do prédio, geralmente a frente. O correto seria calçada. 'Em meio ao trajeto até a associação, vem à tona a minha versão sobre aquele canoense que, por muitos anos, observei largado nas ruas. Contudo, após ouvir relatos, ainda pouco sabia sobre o homem que, cerca de 20 anos atrás, era barbudo e tinha os pés sempre escuros de sujeira.' Que versão? O autor não apresenta NENHUMA versão sobre o morador de rua! Talvez ele pretendesse dizer lembrança, recordação… 'Me despeço e decido que no dia seguinte vou ouvir a versão do próprio Roque Augusto Monteiro Farias sobre sua vida.' Despeço-me… Vinicius tem licença poética, Garcia Márquez tem licença poética.. Estudante de jornalismo deve seguir a regra culta. 'Ele senta ao meu lado. Cruzando e descruzando as pernas a todo instante e bufando a cada minuto, ele intercala esse movimento com uma espécie de soluço. Ao observar a lenda canoense de perfil, noto a grande quantidade de pelos saindo das orelhas e penso que talvez este seja um dos motivos para ele falar tão alto — ou não.' Parágrafo totalmente dispensável. Não cabe ao autor rotular ou formular opinião sobre os maneirismos do personagem em foco, principalmente por ser leigo e, saúde mental. Além disso, o gif mostrado é desrespeitoso, pois ridiculariza o entrevistado. Trabalho com PNEs e condeno, visceralmente, esse tipo de postura. 'Roque começa a apresentar sinais de irritação e não consegue desenvolver a conversa, o que não surpreendo', O que não me surpreende… '…Lá ele toma o mesmo café com leite e come o mesmo pão com manteiga que sempre pedia….' Ele pode entrar no mesmo Café, mas jamais vai poder comer o mesmo pão… Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio! 'Afinal, ele não sabia o que era banho e sequer tinha uma cama limpa para dormir.' Ele sabia o que era banho pois nem sempre foi morador de rua; ele não tinha acesso ao banho diário, o que é bem diferente. O autor tinha uma história maravilhosa em mãos, mas se perdeu ao tentar florear o texto usando expressões que não domina. Empobrecendo a escrita e tornando a leitura cansativa. Pena!”
Confira a matéria aqui.
Saiba mais o Conselho de Leitores da Beta Geral: