Guia JUCS: Jiu-jitsu

Gabriela Cirne
blogdobruce
Published in
5 min readMay 16, 2018

Nem só de esporte coletivo é feita a Atlética de Comunicação e Artes da UFRJ. O jiu-jitsu é um esporte individual que vem ganhando espaço e cada vez mais visibilidade em nosso país. Além disso, é uma das oito modalidades que compõem o JUCS. Faltando apenas 14 dias para a competição, o Blog do Bruce traz hoje sua terceira postagem da série Guia JUCS. Afinal, Tubarão de verdade sabe tudo antes mesmo de pisar em Vassouras.

JIU-JITSU FEMININO

Manuella no JUCS 2016 (Foto: Reprodução/Facebook)

O histórico do jiu-jitsu feminino ainda é recente, já que passou a fazer parte do JUCS apenas em 2016, tendo, até o ano passado, uma pontuação unificada com o masculino. Juntas as categorias renderam, em 2016, o segundo lugar geral da modalidade à UFRJ. Este ano, porém, o regulamento foi modificado. O feminino, além de não ter mais uma pontuação conjunta com o masculino, o que acrescenta mais 14 a serem disputados, passa a ter duas categorias: até 64kg e absoluto.

Com a criação de mais uma categoria, passaram a ser duas atletas russo-negras que entram nos tatames. Uma delas é a estreante Eduarda Marques, da categoria até 64kg, que declarou:

“É minha primeira vez no JUCS, mas tenho certeza que será bom. Estou muito ansiosa para a competição e principalmente para representar nossa Atlética na luta.”

Já na categoria absoluto, quem vestirá o kimono será Manuella Schorchit, representando a ComArtes UFRJ pela terceira vez. Com a experiência a seu favor, a atual presidente da Atlética reforçou:

“Eu estou desde 2016, quando iniciou. Acho que o meu jiu-jitsu está crescendo assim como a modalidade no JUCS. Comecei como faixa branca, e tomei gosto. Hoje sou faixa azul pela escola Delariva. Minha expectativa este ano é ficar no pódio.”

JIU-JITSU MASCULINO

Abner após ganhar do faixa preta da Veiga em 2015 (Foto: Reprodução/Facebook)

Apesar do Jiu-Jitsu Masculino ainda não ter lutadores definidos para o JUCS 2018, uma coisa é certa: quem entrar no tatame terá que lidar com o peso de lutar por uma das Atléticas favoritas ao título. Isso porque a ComArtes possui quatro medalhas de prata na modalidade (2012, 2013, 2014 e 2016, sendo o último com o feminino) e uma de bronze (2015). Além de conquistas individuais épicas, como o ouro no leve e a prata no médio de Abner Contaldo, em 2013 e 2015, respectivamente, e a prata no pesado de Gustavo Cambraia, em 2016.

Um dos possíveis nomes para este ano, Cambraia relembrou um dos triunfos da conquista no passado:

“Na semifinal de 2016, eu era faixa branca e finalizei um faixa roxa da FACHA. Como atleta, vencer um oponente muito mais graduado que eu foi inesquecível.”

Cambraia durante a semifinal de 2016 (Foto: Reprodução/Facebook)

Apesar da incerteza, o atleta se mostrou com sede de vitórias diante da possibilidade de voltar à Vassouras:

“Bati na trave com o futebol de campo dois anos seguidos e foi muito duro. E, apesar da medalha de prata em 2016, fiquei em quarto pelo jiu-jitsu ano passado por um erro bobo na semifinal, que comprometeu a luta. Hoje, sou mais experiente e graduado que das outras vezes, mas o nível da competição subiu muito. Mas se eu lutar, quero ganhar e levar a medalha de ouro para casa.”

Já Abner, que é lembrado por ter batido um faixa-preta logo no primeiro confronto do JUCS 2015, aconselhou:

“O que marcou nossas participações em todos os JUCS foi a disposição. Nunca tivemos uma equipe com os mais técnicos, nem os mais fortes, mas sempre ficamos bem posicionados. A receita é não ter medo de cair pra dentro e enfrentar o desafio independente de qual for. Individualmente, digo que para quem quiser ser campeão, é preciso preparação física, técnica e aliar isso à confiança.”

Vale lembrar que, diferentemente do feminino, o masculino possui três categorias: leve (de até 76kg), médio (de até 94,3kg) e pesado (ou absoluto).

AS REGRAS

  • Cada luta terá duração de cinco minutos e será disputada nas regras atuais da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ);
  • O atleta poderá ser penalizado com: falta de combatividade, faltas graves e faltas gravíssimas, a última culmina na eliminação do atleta tanto da luta, quanto da competição;
  • As lutas serão decididas por uma das seguintes formas: desistência, interrupção, desclassificação, perda dos sentidos, contagem do placar, decisão do árbitro e, caso necessário, sorteio;
  • A pontuação é feita de acordo com os golpes: queda, raspagem e joelho na barriga (2 pontos); passagem de guarda (3 pontos); montada, montada pelas costas e pegada pelas costas (4 pontos);
  • Os pontos serão assinalados pelo árbitro da luta sempre que o atleta estabilizar por três segundos a posição conquistada.

ESTREIA NO JUCS 2018

Nossos atletas no JUCS 2016 (Foto: Reprodução/Facebook)

A primeira atlética adversária do jiu-jitsu feminino será a Rural, que é estreante nos Jogos. Já o masculino terá pela frente a atlética da Veiga Tijuca. Ambos os confrontos ocorrerão no Sombrão, no dia 01/06, pela manhã. O apoio da torcida, com a Minerva no peito e com as músicas na ponta da língua, será essencial para os nossos lutadores.

Dá-lhe Federal! Dá-lhe UFRJ! Ô VAMO VAMO!

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