“Mas nesse drive-thru da vida, Deus me proteja de ser um McFish”, era a única coisa que eu conseguia pensar.
a se despir de si mesmo, a se desfazer daquilo que está acostumado a dizer que o define: o que possui e o seu lugar no mundo.
Trocar de pele.
vinda do interior e, até pouco tempo, acostumada com o anonimato, toda vez que ouço: “Você veio sozinha para cá? Veio de onde?”
Do outro lado, não há um gordinho carismático de barba e cabelos brancos segurando uma caneca, mas sim o olhar…
colocando escova de dente, shampoo e lâmina de barbear na janela do banheiro.
A situação se tornava mais pessoal a cada nova pessoa que repetia o ato.
você estava na sala. Me sentei ao seu lado, te olhando. Seu rosto se manteve fixo em direção à TV.
Se nossos olhares não se encontrassem, não estaríamos ali.
Eu sorri, meio sem graça, e você caiu num choro que assustou até os gatos.
nossa conexão se perdeu depois do drama que você fez por eu ter te ligado bêbado, naquele domingo à noite, pedindo para você cuidar de mim… Confesso que conheci alguém.
— Poxa, que maravilha! Desejo que você se dê bem com ela, de verdade! Mas, assim, Josué… drama? Só te pedi…
não consegue reparar que eu te impeço toda vez que você quer sair do Uber pela porta que dá pra rua?
— Aham, sei…
As incontáveis vezes em que saí sozinha do carro embaralhavam minha vista, contrastando com as poucas e recentes…
Assim como uma criança nasce com resquícios brancos e gordurosos, sangue, cara amassada e pulmões recém-abertos para o mundo, um projeto é como um filho. De início, pode ser lindo apenas para o criador.