“Ni una menos! Vivas nos queremos!”
Laísa Mendes/Canal Feminista
Cerca de 200 mil pessoas se reuniram na Praça de Maio, em Buenos Aires, em protesto contra os casos de feminicídio na Argentina. Mulheres, crianças e idosas marcharam do Palácio do Congresso à Casa Rosada, pedindo o fim da desigualdade salarial, da precarização do trabalho, do assédio na rua e da exploração sexual.
Convocado pelo coletivo Ni Uma Menos, o Paro Internacional de Mujeres aconteceu em mais de 50 países. Na Argentina, teve início ainda pela manhã — mulheres vestidas de preto e roxo — cor que representa o feminismo — circularam pelas ruas, ônibus e trens anunciando as atividades do Dia Internacional da Mulher.
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A psicanalista Patrícia Nora Manfredi participou da manifestação, principalmente, por conta da desigualdade salarial existente entre homens e mulheres na Capital argentina. No entanto, não deixou de mencionar a preocupação com as tantas jovens desaparecidas por conta de abortos ilegais no país. “Sinto que a nossa realidade melhorou de uns anos pra cá, mas ainda falta muito para termos igualdade entre homens e mulheres em todos os âmbitos”, avaliou.
Na Argentina, uma mulher morre a cada 29 horas por violência de gênero. Em 2014, foram registradas 277 mortes de mulheres e meninas por feminicídio, de acordo com a ONG La Casa del Encuentro. Desde 2008, são cerca de 2.000 mulheres assassinadas apenas por serem mulheres.