O que esperar do desenvolvimento em um futuro que já nos espera

Safira Dib
Creditas Academy
Published in
5 min readJan 26, 2021

O desenvolvimento de profissionais vem ganhando foco cada vez mais importante dentro das instituições do Brasil e do mundo. O movimento observado é o caminho que se cruza entre desenvolvimento do indivíduo e do negócio. Mas que mecanismos percorrem essa missão?

Planejamento Tático — Time Academy

Parecemos carregar as mais variadas hipóteses sobre o futuro do trabalho, mas a verdade é que já estamos inseridos dentro dessa dinâmica — o futuro do trabalho é o agora! E não por engano, já experimentamos uma série de mudanças estruturais que encontraram novas mentalidades. A partir delas, as instituições assistem um desconstruir muito veloz de empreitadas já consideradas obsoletas (ou inflexíveis) entendendo que o desenvolvimento profissional precisa jogar muito junto ao desenvolvimento do negócio em si — aliás, em relação de interdependência. O aprendizado é parte da estratégia e eles só abraçam conquistas juntos. Isoladamente, o fato de estarmos inclinados a propósitos de existência que pretendem atingir jornadas de aprendizagem é o aviso de que o futuro realmente chegou até aqui.

Como Creditas, Universidade Corporativa e também como sociedade, sentimos que o novo propõe uma reaprendizagem, afinal ao lado de uma cultura muito forte e de propósitos bem marcados, há um personagem essencial em cena que é o foco no desenvolvimento. E mais do que desenvolvimento somente, sua compreensão e propósito-guia. Sem isso, não existem pontos que conseguem sustentar o senso de pertencimento que o próprio futuro do trabalho prega tanto em nossas instituições — e que edifica um ambiente de trabalho muito enérgico, mas acolhedor ao mesmo tempo.

Diante disso, como olhamos para profissionais no futuro-presente e como direcionamos indivíduos às estratégias do negócio? Para estas e tantas outras perguntas, há mecanismos que nos ajudam na missão de potencializar a jornada de desenvolvimento e aprendizado como motivadores intrínsecos ao escopo de trabalho. Eles ajudam no sentimento dessa potencialização desenvolvimentista.

Competências como instrumentos comportamentais e percepções de desenvolvimento

É a partir do desenho das competências que uma instituição faz a captura dos mecanismos. Vale lembrar: competências são um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes sobre um fator central e, para desenvolvê-las, é preciso mapear seus componentes dos mais básicos aos mais complexos. Há uma agitação muito poderosa no mercado mundial e brasileiro sobre treinar e desenvolver segundo o olhar das competências, uma estratégia que ajuda a modelar conteúdos mais coerentes às necessidades de áreas específicas, e mais abrangentemente, do negócio como um todo.

Por isso, é importante lembrar que a noção das competências não entra em atrito com os valores da empresa. Não existem faíscas. Pelo contrário, as competências descendem de cada um dos valores. Elas respondem qual é a ação por trás do valor. As competências só ganham norte a partir da cultura do negócio, elas escalam pessoas e talento, no olhar para carreira e para o protagonismo. É sobre a tangibilização em comportamentos daquilo que carregamos como premissas inegociáveis dentro da cultura. E assim, com uma cultura bem estruturada e colada à estratégia, o caminho para identificar competências pode ficar ainda mais robusto.

Nesse sentido, primariamente, as competências são elencadas no todo, e formam o que chamamos de competências cross. Precisamos da elaboração de competências que consigam fazer com que a cultura fale através delas. Esse eixo comportamental ajuda a trazer mais clareza sobre o protagonismo em si e sinaliza o caminho de desenvolvimento. Com o conjunto, existe uma personalização e uma marca do que se espera da gestão de pessoas. Mais do que isso, as competências cross nascem de um grande mapeamento de estratégias do negócio, inclusive olhando para lideranças. São a identificação de potências essenciais para a empresa no agora e no futuro que queremos ver emergir — independentemente de uma só área de atuação.

Do macro ao micro

Com o elenco das competências cross, fizemos uma movimentação interna que assistiu o envolvimento sinérgico das áreas de pessoas: Academy, Total Rewards e Cultura e Desenvolvimento. Esse movimento fez um trabalho investigativo, que buscou entender para onde queríamos chegar como instituição e quais caminhos poderíamos traçar até lá. Foi pensar na intensidade da cultura e trabalhar para deixá-la ainda mais forte. O resultado de todo esse engajamento foi a construção de um Job Design Cross, e em um segundo momento, somando forças com a amplitude das áreas Creditas, chegamos em Jobs Designs específicos para as unidades de negócio e seus respectivos times.

Job Design e as competências na Creditas

No Job Design Cross temos onze competências consideradas essenciais para toda a tripulação Creditas, seja para a carreira de liderança de pessoas quanto para liderança técnica. O objetivo do Job Design Cross é fazer o alinhamento de expectativas comportamentais e de entregas mais assertivo. É um mecanismo que deve fomentar conversas de desenvolvimento de carreira e caminhos de aprendizado. O material conta com o desenho de competências de acordo com complexidades, níveis e áreas. Ele é um guia vivo que pode ser revisitado constantemente e que impacta a jornada da tripulação, em aderência e profundidade.

O Job Design destaca caminhos possíveis para a Universidade Corporativa, com impacto bastante direto em nossos programas e trilhas. A organização da Academy em si olha agora para competências e isso faz cumprir uma de nossas principais missões: revisitar a mentalidade de aprendizado que como sociedade construímos até aqui. A nova cultura de aprendizagem pode mirar o desenvolvimento aplicado à estratégia, em constantes coleções de conteúdo. Provoca a vontade do Life Long Learning e reconhece a sua importância.

É um estímulo ao conhecimento e um mapa que ilumina muito bem o traçado da carreira. Traz consigo relevância e transparência para o desenvolvimento, porque encaixa aprendizados com os desafios enfrentados diariamente. Afinal, são a prática e a reflexão que mais trabalham as competências. O Job Design consegue dar, potencialmente, mais repertório à jornada autônoma e protagonista englobada dentro disso, na consideração das particularidades de cada indivíduo dentro do processo. Boas-vindas: esse é o desenvolvimento do futuro!

Nota: Esse texto é a primeira parte de um especial sobre Job Design pautado em competências. Na segunda parte, O papel do Job Design no futuro-presente do trabalho, falamos mais segundo o olhar da Creditas e de grandes negócios.

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