Novo bitcoin vem aí

Jaqueline Gomes da Silva
CryptoJr.
Published in
2 min readAug 28, 2021

Autor: Guilherme Corby

Em novembro deste ano, o Bitcoin passará pela primeira atualização em 4 anos, chamada de Taproot (“raíz principal” em tradução livre). Mas então, que mudanças haverão na rede?

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Antes de prosseguirmos, é importante salientar que o Taproot não é um fork, pois este acontece quando os mineradores não entram em consenso sobre as mudanças propostas na blockchain, e isso resulta numa moeda nova, como é o caso do Bitcoin Cash e Bitcoin Gold. Para o evento de novembro, a grande maioria dos mineradores concordaram com a realização.

Sendo assim, o Taproot está buscando proporcionar maior confiança e funcionalidade para a moeda.

Atualmente, a criptografia utilizada é o “Algoritmo de Assinatura Digital da Curva Elíptica”, criada a partir da chave privada de uma carteira do usuário, que assegura que o bitcoin somente será gasto pelo seu próprio dono.

Com o update, haverá uma migração para o modelo “Assinaturas Schnorr” que diminui a visibilidade das chaves privadas, tornando as negociações com múltiplas assinaturas ilegíveis.

Essencialmente, isso oferece maior segurança e privacidade, mas não um anonimato maior, o que é a preocupação geral dos governos que acusam a rede descentralizada como via facilitadora para lavagem de dinheiro.

O outro grande ponto vai ser a possibilidade de programar Contratos Inteligentes. O bitcoin tem sido tratado mais como forma de investimento e reserva de valor como o ouro, mas a partir de Novembro, abrirá um enorme leque de aplicações na blockchain da moeda, como negociações de NFTs e DeFi, batendo de frente com a sua principal concorrente, a Ethereum, que já aplica esses contratos, tokens não fungíveis e finanças descentralizadas há bastante tempo e é o maior nome nesse segmento no momento. Mais do que apenas introduzir essa funcionalidade, esses programas no Bitcoin serão mais baratos e ocuparão menores espaços na blockchain em comparação à Ethereum.

De maneira geral, os especialistas do mercado veem com bons olhos a atualização, no entanto, numa mudança que houve em 2013, o preço despencou em 23% em um período curtíssimo de tempo, e inclusive no momento atual o Bitcoin está passando por uma crise desde quando Elon Musk rejeitou a moeda como forma de pagamento na Tesla e a China tem feito repressões contra a comunidade mineradora.

Portanto, a resiliência, atenção, cuidado nunca é demais no universo das criptomoedas. Qualquer um que já tenha se aventurado nesse caminho está ciente de como é volátil e imprevisível esses ativos.

Aguardaremos ansiosamente até Novembro para saber se o jogo vai virar… ou afundar mais ainda.

Referências

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