12 Informações sobre a Insulina

Insulina é a palavra dita quase todos os dias para quem foi diagnosticado com diabetes, entretanto poucas pessoas sabem o que é a insulina, e qual a diferença entre a natural produzida pelo corpo e a injetável usada no tratamento do diabetes.

Diogenes Junior
Diabetes & Alimentação
5 min readJul 21, 2019

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Sem dúvida, “insulina” é a palavra dita quase todos os dias para quem foi diagnosticado com diabetes, entretanto poucas pessoas sabem o que é a insulina, e qual a diferença entre a natural produzida pelo corpo e a injetável usada no tratamento do diabetes.

Vamos à alguns fatos gerais:

  1. A insulina é um hormônio importante que controla muitos processos no corpo, um dos principais, é o processo de fazer as células absorverem energia para continuarem funcionando. No entanto, problemas com esse hormônio estão no centro de muitas condições de saúde modernas. Às vezes, nossas células param de responder à insulina como deveriam. Esta condição é denominada resistência à insulina.
  2. A insulina é um hormônio secretado por um órgão chamado pâncreas. Seu principal papel é regular a quantidade de nutrientes que circulam na corrente sanguínea. Embora a insulina esteja envolvida principalmente no manejo do açúcar no sangue, ela também afeta o metabolismo de gorduras e proteínas (envio de aminoácidos e proteínas para os músculos, por exemplo). Quando comemos uma refeição que contém carboidratos, a quantidade de açúcar na corrente sanguínea aumenta. Isso é sentido pelas células do pâncreas, que liberam insulina para que esse açúcar seja absorvido. Essa insulina percorre a corrente sanguínea, dizendo às células do corpo que elas devem coletar açúcar do sangue. Isso remove as quantidades de açúcar no sangue e coloca-o onde é pretendido, nas células, para uso ou armazenamento. O que ativa ou não a produção natural do corpo da insulina são os níveis de glicose no sangue.
  3. O quadro de resistência à Insulina acontece quando as células não absorvem o açúcar como deveriam, ou quando as células já estão com uma quantidade de açúcar que não permite que mais entre. O pâncreas começa a produzir ainda mais insulina, o que faz com que tanto o açúcar como a insulina fiquem em excesso no sangue. Eventualmente o pâncreas pode não ser capaz de continuar produzindo tanta insulina e as células do pâncreas ficam danificadas. Às vezes, isso ocorre porque o indivíduo colocou açúcar demais para ser digerido pelo corpo, principalmente açúcares tóxicos como os industrializados.
  4. Não só o açúcar em excesso pode causar a resistência à insulina, gordura em excesso na corrente sanguínea (em especial ácidos graxos livres, a famosa gordura ruim) também pode causar os mesmos problemas citados no item 3.
  5. Fatores não ligados a alimentação também podem causar a resistência à insulina, como a inflamação, a inatividade (sedentarismo), e a microbiota intestinal (rompimento no ambiente bacteriano do intestino);
  6. Existem também fatores genéticos e sociais que podem influenciar na condição de resistência à
  7. As formas naturais de se amenizar a resistência à insulina incluem: exercício físico, perca de gordura abdominal (que é constituída basicamente de ácidos graxos livres), parar de fumar, reduzir a ingestão de açúcares, dietas saudáveis, a ingestão de ômega-3, a ingestão de suplementos como a berberina, noites de sono completas (6–8 horas), reduzir o estresse, o jejum intermitente, e a redução do consumo de carboidratos.
  8. Sobre os carboidratos, citados no item acima: com exceção dos legumes, todos os carboidratos são, até certo ponto, açúcar. Todos os carboidratos são decompostos em açúcar, geralmente conhecido como glicose.
  9. Nem todo carboidrato é ruim.Uma distinção entre carboidratos é a velocidade com que eles atingem a corrente sanguínea na forma de glicose. Quando os carboidratos atingem o sangue rapidamente, mais insulina é secretada do que quando atingem o sangue em um ritmo mais lento. Os carboidratos de rápida digestão liberam muita insulina e a insulina é um estimulante do apetite, por isso, pessoas com alto nível de glicose no sangue, relatam que sentem muita fome. Isso é bom para um atleta que quer ganhar massa e treinar duro para isso, mas infelizmente, em pessoas sedentárias (isso é, qualquer pessoa sedentária que não realiza esportes de resistência ou força), as células musculares são apenas receptivas, não existe uma demanda muscular para o consumo desse açúcar e não há massa muscular para o armazenamento na forma de glicogênio, então, todos os nutrientes são oxidados para energia ou transportados para adipócitos (células de gordura). O resultado líquido é que você aumenta sua gordura corporal, e tem uma taxa alta de glicose no sangue, além de um apetite aberto, causado pela Por isso produtos integrais, como pão integral e arroz integral, são recomendados, por que são carboidratos que demoram para serem digeridos, logo, vão de forma mais lenta para a corrente sanguínea.
  10. Fazer exercícios é fundamental, pois promove e facilita a absorção de nutrientes vitais e valiosos da corrente sanguínea para reparar as fibras musculares danificadas. Isso torna o trabalho da insulina muito mais fácil e isso promove uma ampla variedade de benefícios à saúde para qualquer um. É a antítese da resistência à insulina. O treinamento de resistência ou de força melhora a captação de glicose muscular. Melhora a sensibilidade à insulina, isso pode persistir por 12 a 24 horas após o exercício, mas começa a diminuir em apenas 1 a 2 dias sem exercício.
  11. A insulina injetável, geralmente a NPH (ou Insulina Humana Recombinante NPH) se pretende a fazer a mesma coisa que a insulina natural do pâncreas, mas ela não é a mesma insulina natural.
  12. A insulina injetável NPH é composta de: cloreto de zinco, glicerol, metracresol, fenol, fosfato de sódio dibásico di-hidratado, hidróxido de sódio, ácido clorídrico, sulfato de protamina e água para injetáveis. Vários desses componentes são totalmente químicos e são usados além na insulina NPH como também em solventes na metalurgia, produção de tintas e papéis. Por isso que não é recomendável que a pessoa com diabetes tipo 2, queira ficar dependente de doses cada vez maiores de insulina para o tratamento da diabetes, e sim, buscar alternativas naturais para o controle da glicemia.

Para mais informações sobre a Diabetes tipo 2, veja esse texto.

ATENÇÃO

Esse texto foi escrito por uma pessoa com Diabetes tipo 2, baseado em pesquisas e experiências próprias do autor, que não é médico, nem nutricionista. A sua consciência sobre o Diabetes tipo 2 deve ser pautada pelo acompanhamento do seu médico ou profissional de nutrição, além de observar os sinais do seu próprio corpo com as experiências que tem no dia a dia. O objetivo desse texto é apenas informar e apresentar um novo paradigma, e não deve ser usado como uma palavra final sobre a doença. Como qualquer informação presente na internet, sempre pesquise, analise fontes e encontre o que serve ou não para você, sempre pautando, perguntando e confirmando suas certezas com a ajuda de um especialista.

REFERÊNCIAS

https://www.novonordisk.com.br/content/dam/brazil/affiliate/www-novonordisk-br/Bulas/Profissionais/Novolin-N_frasco-bula_profissional1.pdf

http://www2.far.fiocruz.br/farmanguinhos/images/stories/phocadownload/insulina_nph%20rt.pdf

https://medium.com/@washluis/insulina-e-resist%C3%AAncia-%C3%A0-insulina-um-guia-pr%C3%A1tico-d137327a9b22

https://medium.com/@Betiona/todo-sobre-la-insulina-carbohidratos-crecimiento-muscular-o-ganancia-de-grasa-corporal-926162e49697

Esse texto foi revisado por Val Felix

Originalmente postado em https://diabetes.diogenesjunior.com.br/12-informacoes-sobre-a-insulina/

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