Desafios, empatia e muita, mas muita gratidão! O Acampamento NR — ADJ — UNIFESP 2020 (parte 2)

Vítor Moura
Diabetes tipo isso!
3 min readFeb 27, 2020
(Foto: Divulgação NR)

Realmente não dava para contar tudo o que passou e o que senti no Acampamento NR — ADJ — UNIFESP 2020. Dessa vez será um relato mais pessoal de tudo o que envolveu esse evento que transfora muitas pessoas.

Na primeira parte foi uma explicação geral de como aconteceu esse encontro (pela 40ª na história!!!) e de algumas alegrias e dificuldades que passamos juntos, mas em tudo foi possível aprender mais.

Leia também: Viemos, vimos e vencemos! O Acampamento NR — ADJ — UNIFESP 2020 (parte 1)

JAMAIS SERÁ TARDE PARA APRENDER

Sim, jamais, até porque até nos erros nós aprendemos, em todas as ações que não são favoráveis a nós precisamos levar ensinamentos e aprendizados para o futuro, não para carimbar a frase já batida de não cometer os mesmo erros, mas sim para reforçar o que aprendemos e reaprendemos dia após dia.

Uma das principais coisas que aprendi foi a valorização individual e também coletiva de todos que participaram do acampamento. Individual, porque ninguém é igual a ninguém, mesmo que muitos possam ter ações parecidas e gostos mútuos, todos são diferentes, então é pensar em cada um e cada um tem algo novo para ensinar. Coletivo, pois quando mais de 200 pessoas que não se conhecem entre elas (com algumas exceções) se juntam para fazer algo funcionar é necessário que todas as partes entrem em acordo, mesmo que em todas as ações alguma parte terá que ceder, mas sempre visando o bem coletivo.

ZELAR PELO OUTRO E PRATICAR A EMPATIA

(Foto: Divulgação NR)

Se o sorriso é verdadeiro não tem nada que o abata. Então ver em cada um que conseguiu praticar boas ações ou que ajudou o próximo na contagem de carboidratos, na aplicação de insulina ou até mesmo nas atividades do acampamento, o fato de observar e sentir que todos ali estavam na mesma sintonia só gera boas ações, sorrisos verdadeiros e muita, muita diversão.

Eu tinha em mente que muitos acampantes estavam ali pela primeira vez e que há muita chance de ter sido a única vez, então fazer com que o acampamento fosse a melhor experiência da vida dessa criança/adolescente era a meta de todos os profissionais do evento.

Acordar feliz, almoçar contente, praticar exercícios com alegria, dormir/cochilar pouco, mas novamente acordar com o melhor bom dia que puder dar. Isso era ABRIR MÃO DE SUA VIDA PESSOAL E VIVER PELO OUTRO, esse é o maior exemplo de humanidade e que exige muito, mas quem consegue praticar boas ações sempre receberá “ventos a favor”.

2012, O MELHOR ACAMPAMENTO. 2020, A MELHOR EXPERIÊNCIA

Fui apenas uma vez como acampante no NR, mesmo ao descobrir o diabetes com 11 e 11 meses e tendo a chance de participar do acampamento nos anos de 2010 e 2011 e não querendo ir por não permitir ao novo, fui ao NR com 15 anos (um ano acima do limite estabelecido, mas foi aberta uma exceção devido a minha rebeldia, rs), o segundo mais velho do acampamento inteiro e não me arrependi de nada, nem de não ter ido nos anos anteriores.

Aparecer por lá oito anos depois e na função que já imaginava exercer um dia (sim, já pensei muitas vezes em ser monitor, mesmo não tendo a devida formação para tanto, mas muita vontade) e também como Jovem Líder em Diabetes, algo que engatinhava na época que fui como acampante.

Veja que tudo nessa vida acontece no momento certo. Se me perguntar por que demorei oito anos para voltar para a ADJ e para o NR, não saberei responder ao certo, muita desculpa dá quem não quer fazer algo, mas digo que voltei no tempo certo e que o presente é maravilhoso.

No próximo relato (relato mesmo? acho que uma carta aberta) será a última parte e tomara que eu conte tudo. Mas se quiser me chamar para sair, jogar conversa fora eu poderei contar tudo e mais um pouco… do Acampamento!

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