Sambando no déjà vu
p.s.: cancelaram o carnaval
Impressão minha ou a gente entrou num vórtex do eu já vi isso antes? As notícias estão se repetindo. Nada muda. Aliás, até muda pra pior (risos de nervoso). Olha, vou te falar, tá puxadíssimo.
O que tá rolando? (again)
- Vazamento de dados — falei disso na edição #18: Sorria! Seus dados estão sendo vazados (nov 2019). Virou uma palhaçada, uma festa da uva. O hacker vê um cpf, um número de telefone e já quer vazar. A gente não tem um minuto de paz.
- Pandemia — temos na edição #32: Vai no shopping, vai? (jun 2020). Minha indignação com o povo fazendo fila pra entrar enquanto o número de mortes estava em 40 mil. Até este momento a Covid já ceifou 239.245 mil vidas e tá em pleno crescimento com o surgimento de novas variantes mais letais. E os shoppings? Abertos.
- Cancelamento — tá lá na edição #37: Já cancelou alguém hoje? (set 2020). Como podemos observar de lá pra cá, cancelar alguém não faz a pessoa desaparecer, então não muda absolutamente nada. Até porque o tempo passa e a indignação também.
Pois é. A única coisa que mudou e causa estranheza é o fato de estarmos em época de carnaval e não ter carnaval. Os desfiles e blocos acontecem desde que me entendo por gente. Pobre, rico, todo mundo se diverte. Carnaval é a festa mais democrática que existe e faz parte da essência do que é ser brasileiro. Não gosto, mas reconheço seu valor. Enfim…triste.
Vamos falar de coisa boa e indicar coisinhas joias? Vem!
- Série
📺 The Expanse (Prime Video)
Provavelmente será a melhor série que você vai assistir em toda sua vida. Exagero meu? Não. Estou viciada nessa space opera, um sci-fizão de 1ª qualidade.
Situando-se 200 anos no futuro, o Sistema Solar foi colonizado pela Terra. Assim como os grandes vértices desse futuro se passam na Terra, no cinturão de asteroides onde vivem os Belters, terráqueos alterados fisicamente por gerações vivendo sem gravidade; e em Marte.
A Terra é comandada por uma versão mais robusta das Nações Unidas e outra no espaço aberto, com a tripulação da nave coletora de gelo Canterbury. Marte é habitada e os marcianos são terráqueos que colonizaram o planeta (nada de homenzinhos verdes).
Há um estado de Guerra Fria entre a Terra e Marte, com o cinturão de asteroides ficando no meio, substancialmente como a força trabalhadora que extrai ricas matérias-primas explorada pelos dois planetas. Existe, ali, uma evidente insatisfação com essa exploração, algo que serve de berço ao nascimento de um grupo separatista (visto como terrorista pela Terra e por Marte) chamado OPA, sigla em inglês de Aliança dos Planetas Exteriores.
Sim, é muita informação. No começo — nos 5 primeiros episódios — você fica total Nazaré confusa, mas depois a história flui melhor e SÓ MELHORA.
Basicamente é acompanhar seres humanos no poder sendo fdp arrumando briga porque quer conquistar tudo o que vê pela frente (literalmente). O visual é um show à parte. O CGI é perfeito, as 12637 naves e tudo o que o espaço tem a oferecer. É lindo demais.
Tem muita ação, dedo no cy e gritaria, grupos brigando, traições, governantes corruptos e por aí vai. Outro fato que merece destaque são as mulheres da série. Todas incríveis dignas de admiração.
Até a 3ª temporada a série era produzida pelo canal SyFy. Aí houve o cancelamento, os fãs surtaram, então a dona Amazon salvou e deu continuidade (é nítido ver na 4ª temporada o caminhão de dinheiro que a empresa despejou em The Expanse), ou seja, o que já era perfeito ficou ainda mais perfeito com mais verba.
São 5 temporadas até aqui. A 6ª já está garantida e será a última. Pode ir na fé que eu garanto. =)
- Música
“I’ll miss your T-shirt in the rain/ The one the makes you look like Gerard Way/ Eating grapes in the back of the party/ Throwin’ hands ’cause she drank your Bacardi” (Cola)
Foi paixão à primeira ouvida. A cantora inglesa tem apenas 20 anos e é dona do som mais delícia desse mundo. Descobri ao garimpar músicas para minha playlists de covers quando me deparei com uma interpretação de Creep feita por ela. Um mundo de maravilhosidade se abriu e cá estou pregando a palavra de Arlo.
No mundo de Arlo Parks, palavras são tão úteis quanto fotografias. Vinhetas exuberantes e expressivas apimentam as letras poéticas de suas doces canções indie pop ruminativas. Ela é inspirada por uma mistura eclética de artistas que vai de Radiohead a Portishead e de Sufjan Stevens a Solange.
É aquele sonzinho pra não pensar em nada, ouvir no escuro, sabe? Também cai super bem enquanto trabalha ou qualquer outra coisa. É um aconchego em forma de música.
Seu álbum de estreia, Collapsed in Sunbeams é como o primeiro raio de sol que desponta de manhã trazendo aquele calorzinho gostoso no dia frio. Eugene, faixa 10 é matadora e o clipe é puro amor.
“Seein’ you with him burns/ I feel it deep in my throat/ You put your hands in his shirt/ You play him records I showed you/ You read him Sylvia Plath/ I thought that was our thing/ You know I like you like that/ I hate that son of a bitch”
Aprecie sem moderação ❤
Antes de terminar…
E o BBB21 hein? Tá rendendo mais do que podíamos imaginar. A última vez que um evento rendeu assim e uniu o Brasil era Copa do Mundo.
A nova rede social do momento da última semana é o Clubhouse. O app de áudio é como um podcast ao vivo, só entra por convite (alô orkut) e por enquanto só tem pra iPhone. Como eu não dou conta de mais uma rede social, aqui tem o testemunho de quem usou e como funciona etc e tudo.
Bom, é isso. Se quiser me indicar alguma série ou álbum mara ou qualquer outra coisa, já sabe! Deixe um comentário aqui ou me escreva no katiadelavequia@gmail.com. Também estou no Twitter @katiadel.
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