“Pare de postar merda. Você não sabe o que está defendendo.”
As palavras emergiam no monitor de Paulo, tão rápidas quanto seu pensamento.
“Mano, como essa galera é ignorante.”
Chegou em casa, finalmente, depois de passar por mais um dia de trabalho árduo.
Suspirou, antes de entrar.
“Oh, você chegou cedo, querido!”
Ignorou o beijo da esposa como se nada fosse. Apenas mais um ato mecânico, como…
“Vamos, Lucas! Vai ficar para trás desse jeito!”
Caminhar por aquela mata luminescente não era tarefa fácil, graças ao peso de sua armadura e do machado adquirido na última missão. Nada que, no entanto, atrapalhe de fato; foi um loot valioso demais para ser descartado assim, do nada.
“Uhnn, onde diabos está aquele analgésico?”
A cabeça de Edgar latejava, como se um bate-estacas impusesse seu ritmo sem parar. Não conseguia se lembrar de nada durante a noite, mesmo tendo a sensação de não ter dormido um instante sequer.
O abrir da porta lhe trazia conforto, depois de um dia tão difícil.
De volta ao seu “ambiente natural”, Antonio caminhava por entre os cômodos, ignorando detalhes que normalmente apreciaria em sua passagem, como sua coleção de figuras de ação ou sua prateleira de jogos digitais.
“Nós vamos te salvar, pai.”
O garoto permaneceu ao lado do leito, por todo o tempo. Manteve a mão sobre a de seu pai, na esperança de obter uma reação de sua parte, por menor que fosse.
“Finalmente, você acordou!”
Olhou para os arredores, com a visão ainda turva e mal-acostumada com a luz. Esquadrinhou a forma de um homem, baixo e de vestes brancas, enquanto este lhe dava as costas para responder a um ruído persistente, à distância.
Olhava para o celular, mais uma vez.
“22:05”.
Os olhos já se moviam, cansados de vagar entre o teto espelhado e o telefone na sua mão. Sua mente ficou dividida entre duas perguntas:
“Boa noite, senhor. Você tem reserva?”
O charmoso rapaz contempla a paisagem que cerca a gentil hostess — um panorama de mesas, e pessoas, ostentando requinte das épocas passadas. Algo bem desconfortável a ele, na verdade.
“Como você é linda.”
Suas mãos passeavam pelas costas nuas dela, a descobrindo em cada novo toque. Percorriam suavemente, pouco antes de envolvê-la em um caloroso abraço.
Beijos pontilhavam a relação entre os dois corpos, que mesclavam-se no impulso carnal e…