5 maneiras de atuar positivamente em projetos de Desenvolvimento de Software

Gustavo Freitas
dos-margaritas
Published in
4 min readApr 12, 2017

Escrito com Luiza Nunes

Conforme prometido no nosso último post, gostaríamos de explorar algumas abordagens positivas para trabalhar com os padrões que descrevemos anteriormente. Se você não leu o primeiro artigo, pode acessá-lo clicando aqui.

Além disso, acreditamos que toda discussão nesse texto não se aplica somente ao contexto de software. Essas ideias podem ser aplicadas também em outros contextos que envolvem indivíduos e pensamento sistêmico. Obviamente, essas são somente sugestões e gostaríamos de escutar e discutir outras perspectivas.

1) Você é parte do problema

Se algo errado está acontecendo com seu projeto, você provavelmente é parte do problema. Portanto, não adianta somente prover uma visão externa ou ser um crítico de filme que apenas participa das reuniões ou de momentos da equipe para apontar o que está errado. É necessário trabalhar junto diariamente para buscar uma solução. Atividades em grupo, como dinâmicas ou até almoços em equipe, podem ajudar a reconhecer que todos estão no mesmo “barco” e a solução deverá ser encontrada de maneira compartilhada.

2) Empatia (dentro dos sapatos dos outros)

Empatia é saber se colocar no lugar do outro e entender o problema ou uma situação por um ângulo diferente. A partir do momento em que você começa a ser empático, você possui maior clareza sobre a situação e entende de maneira mais fácil a sua causa raiz e até mesmo como resolvê-la.

Escutar, escutar e escutar. Talvez, essa seja uma das principais características das pessoas empáticas. Em grandes ou pequenos projetos, a capacidade de escutar efetivamente seus colegas pode fazer a diferença, facilitando na hora de tomar decisões técnicas ou escolher uma nova pessoa para a equipe. Acreditamos que a escuta tem muita relação com respeito e cuidado.

3) Feedback (conversas constantes)

Feedback é uma palavra muito utilizada atualmente e para cada indivíduo pode significar algo diferente. Quando nós pensamos em feedback, gostamos de imaginar uma conversa constante que acontece entre duas pessoas, trocando percepções e experiências. A prática do feedback nos ajuda a celebrar conquistas e indicar pontos de melhorias, através de diferentes formatos, modelos e ferramentas. De fato, não existe uma maneira mais correta de dar um feedback. Talvez, o mais importante seja deixar claro que aquela conversa se trata apenas de uma percepção, e que você pode estar errado.

O post do Felipe, aqui, é uma boa referência sobre como dar e receber feedback. Quando houver o sentimento de que existe algo equivocado no projeto, é necessário identificar o problema, sua causa raiz e analisar seu impacto sobre a equipe. Assim, você terá argumentos mais claros para trabalhar com o feedback.

4) Identificar riscos e compartilhar

Existem situações onde o feedback não é o suficiente ou nem é indicado. Se uma equipe, por exemplo, está em um momento próximo de uma entrega e o trabalho demonstrado até o momento não nos dá indícios que a entrega vai acontecer no prazo, é fundamental compartilhar a preocupação com todos. Fale sobre o problema, evitando identificar culpados, e entenda se é um sentimento compartilhado. Caso positivo, faça uma lista de possíveis riscos e trabalhe junto ao time para encontrar maneiras de mitigá-los.

Tais conversas podem ocorrer inicialmente em bate papos informais durante o andamento do projeto e depois serem tratadas durante as retrospectivas do projeto. O importante é validar constantemente a percepção individual com a percepção do grupo. Assim, tomando, de forma compartilhada, decisões melhores. Além disso, é sempre interessante lembrar que pontos de vista diferentes ou opostos, geralmente, nos fazem pensar mais sobre uma determinada situação e nos levam para lugares mais criativos.

5) Apoie a jornada das outras pessoas

A medida que você aprende a resolver conflitos, você se sentirá mais confortável em ajudar outras pessoas dentro e fora do seu time. Isso é uma boa iniciativa para difundir o conhecimento e evitar que novos problemas aconteçam no futuro.

Por exemplo, uma conversa mais intencional perguntando como está o projeto de uma determinada pessoa, pode iniciar uma série de questionamentos que farão com que a pessoa considere novas possibilidades e maneiras de resolver seus desafios.

Por fim, esse apoio pode acontecer de maneira direta ou indireta. De maneira indireta, podemos citar a escuta ativa, o compartilhamento de informações e o apoio diário em atividades técnicas. Parear efetivamente é também apoiar a jornada de alguém. De maneira direta, podemos citar o trabalho de um “coach” ou pessoa que nos acompanha com uma visão externa.

É importante ressaltar que tudo que compartilhamos acima não é um modelo formal e rígido. São somente experiências, baseadas em projetos que trabalhamos e que precisam ser validadas e ajustadas para a realidade de cada time.

Você já identificou algum padrão em sua equipe? Utilizou algumas das práticas acima? Como funcionou?

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