Bootstrapping: As dificuldades de se manter uma startup sem recursos externos em 5 passos

O ponto decisivo na trajetória de uma startup em desenvolvimento é sem dúvida a definição da estratégia de funding encontrada para o novo empreendimento. Um dos caminhos preferidos por empreendedores que seguem o modelo de startups é optar por não buscar investidores ou parceiros, o famoso “bootstrapping”.

eMotion Studios
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4 min readOct 28, 2019

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Seja por dificuldades do mercado ou por uma escolha dos founders, financiar os primeiros passos da jornada com recursos próprios é mais comum do que se pensa. Esse caminho é muito conhecido no universo das startups e, agora, você confere as possibilidades e dificuldades desse modelo.

Ajuda a entender o conceito de “bootstrapping” se partirmos da tradução literal do termo bootstrap para o português: “alça da bota”, o pedaço de tecido que se estende a partir do calcanhar e auxilia a vestir tênis, botas e chuteiras. A expressão “bootstrapping” deriva do dito popular “levantar a si mesmo pela alça das botas”. E, agora, você já deve ter uma ideia que o conceito de “bootstrapping” gira ao redor do empreendedorismo individual.

O que é bootstrapping?

Esse conceito consiste basicamente em iniciar um empreendimento com recursos limitados, ou seja: sem o apoio de investidores. Todos os recursos que serão despendidos no desenvolvimento do negócio foram captados pelo fundador previamente ou são frutos de processos desencadeados pelo próprio empreendimento.

Não há fundos de investimento para startups que adotam o bootstrapping.

Qual caminho escolher?

É possível iniciar a jornada no boostrapping de duas maneiras distintas se essa for a sua primeira jornada no empreendedorismo:

Double journey: sem abrir mão do emprego atual, o novo empreendedor trabalha

paralelamente em seu mais novo projeto. Dessa forma, o empreendedorismo adota estratégias menos radicais, mas se aumenta a jornada de trabalho consideravelmente — exigindo dedicação total em “jornada dupla” enquanto a startup não se tornar um empreendimento sustentável por si só;

Stocking: o empreendedor cria uma reserva financeira, geralmente poupando parte do salário antes de abrir mão de seu emprego. É possível ainda vender patrimônio para convertê-lo em capital e, assim, dar start em um novo projeto a partir do zero, com dedicação e disponibilidade de tempo integrais.

Por que escolher o bootstrapping?

O início do desenvolvimento de um empreendimento não é um estágio atrativo para investimentos. E esse acaba sendo um ponto decisivo para os rumos de uma startup, que pode conter uma boa ideia que não foi bem desenvolvida e acaba ficando pelo caminho.

Nesse cenário, pode ser uma boa opção unir a impressão do mercado sobre seu negócio ao contexto do seu empreendimento. É aí que surge a possibilidade de se adotar um caminho alternativo para lidar com o fluxo de caixa.

A depender das escolhas de financiamento, despesas como juros de empréstimos ou linhas de crédito podem ser os responsáveis por enterrar o seu empreendimento antes mesmo de ele amadurecer.

Uma das maneiras de evitar problemas como juros e dívidas ainda no início do negócio é utilizar apenas os recursos disponíveis em caixa. Assim, a startup se mantem financeiramente saudável e o fundador seguirá com os olhos bem abertos para as questões de desenvolvimento do novo negócio — tendo, assim, controle amplo do processo sem ter que atender às demandas criadas por novos parceiros ou investidores.

Possibilidades

Optar por esse modelo para a sua startup tem benefícios que parecem estar guardados sob sete chaves. O principal dele é que o bootstrapping possibilita que os fundadores vivenciem 100% da experiência de desenvolver seu empreendimento.

Com desejo de atuar diretamente no desenvolvimento do empreendimento a partir de experiência acumulada no mercado ou ainda seguir atrás do sonho que surgiu a partir de um insight, o founder que aposta no bootstrapping terá controle total sobre os rumos da startup: assim, será possível desenvolver a própria cultura e valores da empresa sem interferência de terceiros.

Calma aí…

Entretanto, processos intermediários dessa jornada podem exigir uma estrutura que um empreendimento em desenvolvimento não tem. Tomar decisões de risco exige conhecimento técnico e de mercado que podem ser fatores ausentes na estrutura de uma startup nova — até pela dificuldade em aumentar a equipe e contar com mais profissionais na estrutura.

A validação dos processos internos do novo empreendimento, o contato com clientes em potencial e a boa leitura do mercado em busca de uma necessidade são frutos indispensáveis para o sucesso de uma startup. Mas esses são valores adquiridos com anos de experiência, a partir de inúmeras tentativas com a “mão na massa” e surgem após uma série de insucessos. Por isso, é usual que bootstrappers sejam empreendedores com experiência e uma longa jornada de testes, insucessos e cases na bagagem.

Mesmo com essas dicas, você ainda não sabe como iniciar a jornada de sua própria startup? Calma! Empreender é um grande desafio que pode ser mais fácil com ajuda especializada. Conte com os quase 10 anos de experiência da eMotion Studios para lidar com estruturação, desenvolvimento, validação e financiamento de startupsbootstrap” e transforme o seu sonho em realidade ao ter possibilidade de desenvolver a sua ideia. Deixe que nosso Studio encontre os atalhos para o seu sonho!

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