Mudanças e autoconhecimento: minha trajetória de transição de carreira

Bianca Delabenetta
Estação Asaas 🚀

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Falar de desenvolvimento de carreira é sempre um desafio, pois esse processo é muito individual. As descobertas que vão ocorrendo no caminho e o tempo em que tudo isso acontece depende de muitos fatores. Hoje vou contar um pouco sobre os meus desafios, descobertas e quais foram os fatores que me fizeram chegar até aqui, como coordenadora de uma equipe técnica dentro do CX do Asaas.

O início da jornada

Fazendo uma retrospectiva desde a ponta dessa história, é engraçado pensar em como foi a escolha da minha faculdade. Sou formada em Direito, e confesso que quando escolhi o curso não entendia muito bem o que aguardava dali pra frente. Eu queria ser delegada, me imaginava trabalhando toda de preto e resolvendo crimes por aí. Ninguém me contou que o percurso até esse objetivo poderia ser longo e doloroso (leia-se “ter aulas de Direito Previdenciário”).

Durante a faculdade, fui me apaixonando por muitas matérias da área e me permiti experimentar muito, e acho que essa foi uma peça fundamental de toda minha jornada. Trabalhei em diversos estágios diferentes, explorando assuntos diversos, conhecendo pessoas e me conhecendo sempre mais durante todo curso. Mas mesmo assim, sempre faltava alguma coisa.

O amor pelo Direito Penal, a área do direito em que atuei na defesa de acusados de crimes e contravenções, ganhou mais espaço no meu coração, mas quando trabalhei efetivamente com isso, percebi que exigiria mais de mim psicologicamente do que eu estava disposta a sacrificar.

Neste momento enfrentei um dilema: se eu não amei mais nada do que fiz até aqui e o que amei não é pra mim, o que fazer agora?

Foi aí que tomei uma decisão que me fez receber alguns “conselhos” bem ácidos.

Quando fui pedir demissão do escritório em que eu trabalhava para ingressar na área de atendimento ao cliente do Asaas, os advogados disseram que era um retrocesso, que eu iria me afastar da área e que isso não seria bom para a minha carreira, já que eu já estava no último semestre da faculdade e precisava arranjar um escritório para me firmar. Mal sabiam eles que eu nunca mais iria querer voltar para escritórios depois disso.

Minha jornada no Asaas

O Asaas surgiu como um recomeço, como um movimento que me faria experimentar algo novo na busca de me sentir mais pertencente ao meu trabalho.

Tem gente que acha que trabalho é só um meio para se conquistar dinheiro e não precisa necessariamente ser algo bom, eu discordo. Passo mais tempo dos meus dias e semanas trabalhando do que fazendo qualquer outra coisa, então sempre busquei me sentir realizada na minha profissão.

Como todo começo, as experiências vividas pela primeira vez no Asaas foram desafiadoras e intrigantes. Eu me entendia como uma pessoa de pessoas e estava adorando todo o caminho de me envolver mais no atendimento e ter a liberdade de ser mais eu mesma, em um ambiente mais acolhedor e com muito mais espaço para singularidades.

Não demorou muito para eu entender que era aqui que eu queria me desenvolver e que não permitiria que nenhuma oportunidade passasse sem que eu ao menos tentasse agarrá-la, e esse foi o início de uma história de muitas viradas e mudanças de perspectivas sobre quem eu sou e sobre o que gosto de fazer.

Do atendimento ao cliente surgiu o primeiro degrau de crescimento que foi o cargo de Staff, que hoje conhecemos como analistas plenos, momento em que comecei a conhecer ainda mais do “todo” do Asaas, me inteirando em processos, fluxos e começando a entender um pouco mais sobre desenvolvimento de time.

O próximo passo foi uma grande virada: me tornei líder de equipe.

A liderança

A liderança muda toda nossa perspectiva de sucesso individual. O sucesso de um líder é seu time, então nasce o grande desafio de compreender profundamente as pessoas, o trabalho que elas executam, as dificuldades que elas possuem e o cenário que elas estão inseridas. E esse cenário é o Asaas.

Na sede de me tornar a líder mais completa que eu pudesse, comecei a aprender mais sobre a empresa, suas estratégias, os outros setores, e todo esse contexto de decisões e visão que fazem a engrenagem girar e o negócio acontecer. Quanto mais eu conhecia, mais eu queria conhecer e aos poucos eu também ganhava mais confiança de me arriscar em novos projetos e olhar para números que ficavam escondidos debaixo da pilha de métricas que direcionam o CX.

Foi nesse processo de cavar essa pilha que fui descobrindo um novo lado da minha capacidade profissional e novos desafios, já que esses me movem.

Fiz um compromisso pessoal de explorar tudo que parecia muito difícil de entender, de ganhar mais propriedade em debates, poder defender as ideias do meu setor e o potencial de melhoria das sugestões que apareciam no meio desse trajeto.

Essa caminhada foi me direcionando para novos números, perspectivas e ideias, e engrandeceu a visão do macro que comecei a buscar no início de tudo isso.

Aos poucos foi ficando difícil gerenciar a liderança de um time de atendimento em busca da alta performance com tantas outras atividades que envolviam essa parte mais técnica, e foi aí que nasceu o time de Inteligência de CX.

A equipe abraçou atividades de CSAT, Chatbot, fluxos de atendimento, acompanhamento de produtividade, gerenciamento de filas, mapeamento de impactos, entre outras funções relacionadas com o funcionamento da rotina do time de atendimento. O objetivo principal da atuação é garantir que o setor esteja sempre alcançando os melhores resultados possíveis com as ferramentas disponíveis.

Foi nessas novas atividades que encontrei novas versões de mim.

De uma pessoa que se achava totalmente de pessoas, passei a achar que era alguém totalmente de métricas, até perceber que não preciso ser totalmente de nenhum dos dois, desde que eu dê o meu melhor em tudo que eu me propor a estar envolvida. E é isso que eu faço hoje e foi dessa postura que nasceu uma nova oportunidade de desafio que unia novamente minha atuação estratégica com meu amor pelas pessoas.

Começo agora uma nova jornada como coordenadora do CX, trazendo toda bagagem que adquiri com minhas experiências, viradas de carreira e descobertas. Continuarei colaborando com meu máximo na visão geral do setor, conquistada como líder de atendimento e como parte de um time mais técnico, sempre pensando em como tornar as entregas e rotinas do nosso setor melhores.

A jornada de descobertas nunca acaba, continuo me encontrando nesse processo, mas essa é a melhor parte de se permitir tentar.

Para conhecer mais sobre o time de CX do Asaas, confira este artigo, de quando a área ainda era chamada de CS.

Estamos com oportunidades abertas! Confira nossas vagas e venha trabalhar com a gente.

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