Transparência: conheça o “velho novo valor” do Asaas

Existe alguém nesse mundo que goste de executar ordens ou pedidos os quais não é capaz de entender os motivos?

Parece que o mundo empreendedor, fora do Asaas, costuma responder essa pergunta com: “todos”, considerando a dinâmica hierárquica fixa e pouco colaborativa e a falta de feedbacks e de compartilhamento e de informações com que desenvolvem seus negócios. Ao mesmo tempo, parece que qualquer pessoa com um mínimo de desejo e amor pelo que faz costuma responder a mesma pergunta com: “ninguém”, e é assim que pensamos dentro do Asaas.

Este é talvez um dos motivos mais importantes pelo qual temos desde a nossa fundação os valores respeito e honestidade.

O último, honestidade, neste ano evoluiu para transparência. A mudança ocorreu por alguns motivos. O valor transparência deixa muito mais claro aspectos importantes da nossa cultura, em especial o de dar contexto em nossos pedidos diários a outras pessoas e outros grupos e de manifestarmos com clareza o que pensamos e sentimos.

Um ponto que também nos incomodava era o de que ao dizer “seja honesto” sentíamos de certa forma que estávamos agredindo o outro, gerando o entendimento de que ele fosse desonesto. Entendendo o interesse genuíno pelo cliente (ou pelo outro), nosso primeiro valor, não acreditamos que alguém goste de se sentir agredido em nossas mensagens cotidianas.

Vale o reforço de que valores não são criados, mas construídos no tempo. O que transcrevemos em nossos valores oficiais é o que decidimos como negócio muito mais do que viver no dia-a-dia, mas estimular formalmente e detalhar como funcionam, qual sua importância e como cobramo-nos em ser dentro do Asaas, em nossa jornada profissional. Você pode ler mais sobre isso neste artigo, no qual falamos sobre a documentação de nosso Código de Cultura.

Como CEO, acredito que, na missão de semear a nossa cultura, responder 100% das perguntas de nosso All Hands seja um dos itens de maior importância na semana. Temos perguntas muitas vezes difíceis, às vezes amargas e até repetitivas. Mas, como poderíamos dar contexto a uma empresa toda, da nossa forma de ver o mundo, se não respondendo às suas dúvidas?

Sou indagado às vezes, além de porque respondemos 100% das perguntas, mas porque deixamos que sejam anônimas — ainda mais tendo um valor como transparência. A resposta é que eu tenho um interesse genuíno em saber o que aflige os corações de nossos colaboradores no dia a dia e o comprometimento como CEO em esclarecê-los sobre qualquer aspecto do que vivemos e construímos aqui no Asaas.

Seja por serem novos colaboradores, por serem introvertidos, ou por não se sentirem à vontade em compartilhar diante de 500 pessoas seu nome aliado a perguntas reais, mas amargas, é fato que o anonimato possibilita que eu consiga ir muito além em dar o contexto sobre todos os temas, exercendo aqui a transparência da empresa.

Nossas métricas de negócio são praticamente públicas dentro do Asaas, seja de receita, gastos, prejuízo. Nossas estratégias são compartilhadas com todos. E assim temos 500 pessoas com o devido contexto para decidirem, seja por si ou em grupo, como fazer o melhor para que vençamos o desafio de cada dia.

E temos muito ainda a aprender sobre como exercer este “velho novo valor”. A transparência talvez seja o maior presente que você pode dar às pessoas com quem convive, para que cresçam e evoluam, assim como para que você mesmo seja capaz de aprender com seus erros e suas imperfeições.

Se comprometer a dar feedbacks se preocupando em tornar mais do que transparente, mas entendível pelo outro, talvez seja uma disciplina para treinarmos e evoluirmos uma vida à frente, visto o resultado que gera nas organizações e nos relacionamentos.

O mundo precisa de pessoas sinceras, que digam aos outros o que estão fazendo de errado, verdadeiramente comprometidas em fazer as pessoas superarem as suas imperfeições, para que cresçam de verdade.

Por fim, e nem um pouco menos importante, acreditamos que dar contexto em pedidos — ou ordens? Eu odeio essa palavra! — seja um dos aspectos mais importantes para que as pessoas possam continuar amando e evoluindo o que fazem.

Compartilhar os motivos pelos quais você precisa de algo também dá a chance ao receptor do pedido de aprender a decidir por si só, seguindo a sua forma de entender o mundo em uma próxima vez, tornando-se um replicador. E claro: você não é perfeito. Seus motivos diante de um pedido podem estar equivocados e aquele que executa o que pede pode ser a melhor pessoa do mundo em te mostrar isso e tornar o seu pedido verdadeiramente funcional.

Seu amigo, colega, líder, fornecedor, cliente, fez um pedido sem contexto? Faça seu papel: peça o contexto, os motivos por detrás daquele pedido. Aprenda a ver o mundo como ele. Não há maior interesse genuíno pelo cliente (ou pelo outro) do que isso.

O mundo precisa de mais contexto, empatia e de muito menos ordens.

Estamos com oportunidades abertas! Confira nossas vagas e venha trabalhar com a gente.

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