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A Terra de ISRAEL — O milagre no deserto — parte 3

Felipe B Cabral
Exploradores
Published in
8 min readJan 30, 2018

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Esse texto é uma sequencia do A Terra de ISRAEL — O milagre no deserto & A Terra de ISRAEL — O milagre no deserto parte 2

Na parte final sobre a Terra de Israel vamos explorar 5 destinos

Google Maps

Jersualém

A cidade sagrada (pelo menos para o judaísmo, cristianismo e islamismo). Uma parada obrigatória para qualquer um que vá até Israel. Inclusive há o dizer: Te vejo ano que vem em Jerusalém :)

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Existem leis que obrigam que todas as construções mantenham o padrão de cor peculiar de Jerusalém, mantendo a identidade histórica.

Visitei de ônibus e carro.
Quando de carro, exige uma certa paciência, porque as ruas são lotadas e os estacionamentos também. Prepare-se para pagar estacionamento e fazer turismo em um dos lugares mais visitados do planeta.

O transporte público de trams (pequenos trens de superfície) funciona muito bem. Do ponto de ônibus é possível pegar um para vistar a Cidade Antiga e o Museu do Holocausto.

Em torno da Cidade Antiga existem ruas para pedestres com muito comércio, luzes, um verdadeiro ambiente alegre para um passeio.

Cidade Antiga

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Existem registros que a região é ocupada por humanos há 6.000 anos. Foi palco de guerras romanas, persas, otomanas, britânicas e judaicas. Há tanta história que chega a deixar qualquer um tonto.

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Ao passar pelos portões antigos tudo muda. Muita gente, sempre.

E comércio de todo o tipo, o que permite experimentar a culinária dos povos que transformam Jerusalém em sua casa.

Sobre o comércio, estão habituados a atender pessoas de TODO o mundo. Diversos vendedores são capazes de falar o básico de português com você

E dê ouvidos aquele esteriótipo que vendedores do oriente médio precisam negociar. Faz parte da cultura. As vezes é engraçado.
Pessoalmente um vendedor jordânio quis me vender um lenço de cabeça típico do Jordão.

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Como eu estava em uma viagem sem destino final, não era a minha intenção levar qualquer tipo de extra. E ele baixou o preço de 100 Shekels (praticamente 100 Reais) para as moedas que tinha no bolso. Infelizmente tive que ofendê-lo(pelo menos é assim que a cultura assume), mas não levei nada dessa vez.

Ao andar pelas ruas do comércio é sempre bom pensar na vestimenta. Calças longas para os homens e mulheres sempre com os braços cobertos. Diversas pessoas não respeitam isso, mas depende da sua tolerância a assédio e críticas não-solicitadas. Isso inclui uma possível visita a Sinagoga, interior do Muro das Lamentações e Santo Sepulcro.

Dica: carregue moedas, os banheiros são pagos.

Muro das Lamentações

foto por Munike Ávila

O Muro das Lamentações não é para você ir lá se lamentar.
Se chama assim porque se lamenta diante do último pedaço do último templo. Sinagogas não necessariamente são em prédios destinados a isso, as vezes uma casa é uma sinagoga. Não existem novos templos, ou não existe a possibilidade de criar novos templos, então por isso se chama muro das lamentações.
Ah! Se entrar naquele buraquinho lá a esquerda, máximo respeito. É onde os judeus realizam as rezas e cânticos. Lá é onde se pode achar a plaquinha com o nome do Safra(do banco) e sua colaboração para a restauração do Muro.

Santo Sepulcro

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Dizem que é aí que está o corpo de Jesus Cristo. Também há quem diga que o corpo não está aí, mas sim em uma cova junto com Maria Madelena. De qualquer maneira, a minha resposta para a pergunta da minha mãe, sobre eu ter sentido algo de especial ao estar aqui: Não. Nadinha.

Mas vale a pena. É um local de peregrinação, de louvor e é muito lindo. Nas paredes é possível ver marcas dos tempos das cruzadas. Afrescos, imagens de santos, mosaicos compõe a beleza dessa igreja.

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Cúpula sobre o Santo Sepulcro.

Museu do Holocausto

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Tido como um dos museus mais incríveis do planeta, ainda possui a vantagem de ser gratuito.

O impacto se inicia pelo portão, lembrança dos campos de concentração.

O prédio que abriga o museu é de concreto queimado e de ângulos retos. Sua bruteza exterior contrasta com os beleza dos jardins que compõe a área do museu, com prédios menores sobre arte e cinema sobre o tema do holocausto.

Lá dentro é possível aprender sobre os primeiros passos do antissemitismo moderno, assim como suas raízes mais antigas, com frases de líderes religiosos contra o povo judeu.

O cinema e as estórias que ouvi me deixaram com a impressão da passividade do povo judeu diante as atrocidades do período da segunda guerra. E felizmente o museu me ajudou a mudar isso, com fotos de líderes da resistência, da criatividade daqueles que tentaram deixar a vida suportável diante do ódio. Muita história contida no prédio brutal.

No final da caminhada existe uma sessão sobre a vida nos guetos, campos de concentração e a lista de amigos dos judeus: personagens famosos que arriscaram muito, porém inabaláveis na decisão de não fechar os olhos diante do genocídio.

No final, o belo arquivo que mantêm todos nomes das vítimas do holocausto e ainda mantêm um centro de pesquisa e atualização, para que nunca se esqueça.

Por fim o museu encerra-se diante de uma parede descomunal de vidro, dando visão para os vales e para a vida de Jerusalem. Uma experiência de alívio e que permite a reflexão de tudo que foi testemunhado.

Ein Gedi

deadsea.com

A caminho do Mar Morto, após cruzar um belo pedaço do “West Bank”, existe um oásis. Daqueles clássicos mesmo.
Tudo vermelho, tudo deserto. De um lado um mar tão salgado que não existe vida, do outro montanhas.
No vale entre as montanhas, Ein Gedi!

Você deixa seu carro entre as tamareiras e se abriga do Sol em um quiosque onde é possível usar o banheiro, comprar lembraças, lanchar ou fazer um piquinique usando as mesas do local. Depois é só pagar o ticket de entrada do parque, fazer uma trilha super fácil e estruturada, observando alguns animais selvagens e chegando até as cachoeiras — podendo se refrescar sem problema algum :)

Mar Morto

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O mar morto fica a 500 metros abaixo no nível do mar. A água percorre kilometros até chegar lá e carrega consigo o sal da terra.

Lá é impossível afundar. A densidade da água é tal que você flutua, mesmo “em pé”. Isso permite “caminhar”, já que a água fica na altura do peito, mesmo que você vá até o ponto de maior profundidade.

Algumas pessoas relatam algum desconforto quando o sal entra em contato com mucosas ou couro cabeludo. E por favor, não permita que a água do mar morto entre em conto com os seus olhos, a ardência pode acabar com a experiência e até com a sua visão.

Tirando esses detalhes é um dos lugares mais bonitos e fantásticos que já visitei!

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Mitzpe Ramon

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Na beira do grande deserto existe uma cidadezinha. Depois dela um grande espaço árido.

Mitzpe Ramon, apesar da distância dos centros e da vizinhança sem vida, abriga um festival de jazz! Um lugar de beleza exuberante com música boa, segurança e essa combinação traz um pouco de magia.

No dia seguinte, andando pelo deserto, é possível encontrar conchas…um dia tudo aquilo fez parte do oceano e se vê os sinais pelo chão.

Nossa hospedagem foi em um camping, dormindo em barracões, havia pessoas de todo o mundo viajando e se hospedando por lá. Durante o dia há lições de arco e flecha para crianças.

Aqui eu acredito que imagens valem muito mais do que palavras.

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Arquivo e Munike Ávila
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Eilat

No extremo Sul, fazendo fronteira com o Egito e Jordânia há Eilat. Além disso é banhada pelas águas do mar vermelho.
Cassinos, tax free, hotéis, shoppings dão ideia sobre a velocidade que vibra Eilat! Se tudo isso não bastasse, abriga a baía dos golfinhos e um dos lugares mais incríveis que tive a oportunidade de mergulhar. Mas também é um lugar para a prática de qualquer esporte aquático.

Aluguéis de barcos, stand-ups próximo aos parques de diversões recheados de brinquedos radicais próximos a areia da praia. Lojas de grife ao lado de marinas com embarcações milionárias. Mas com hostel cheio de jovens sempre por perto.

Como de praxe, restaurantes excelentes a beira-mar. Eilat é um local de descanso com possibilidades quase infinitas para se gastar dinheiro. Ou apenas sentar na areia e ficar observando os golfinhos. Depende do seu estilo de viajar!

Aqui se encerra a série sobre Israel! Muito obrigado pelo seu tempo e interesse!

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