Notas de uma viajante — parte 2
Mais um apanhado de notas sobre o que aprendi com as pessoas que cruzaram meu caminho e minhas experiências. (parte 1 aqui)
Na Bulgária existe a expressão “dois minutos de atraso podem salvar sua vida”, devido a história do Czar Boris III ter chego atrasado no funeral na igreja Nedelya, em Sofia. Seus dois minutos de atraso o pouparam de ser vítima da explosão à igreja, em 1925. Por isso, é comum as pessoas chegarem um pouquinho atrasadas nos compromissos.
Após o atentado a igreja ortodoxa foi reconstruída. Ela fica na chamada “Praça da Tolerância”, onde também estão uma igreja católica, uma mesquita e uma sinagoga. É um pedacinho do mundo cheio de diversidade que deu certo.
Tel Aviv, em Israel, também é um lugar onde se vê judeus, muçulmanos, católicos, ateus, etc, conviverem em harmonia num mesmo espaço, seja na praia que nas praças. Por sinal a praia é feita respeitando o modo de vida de cada um, então existe o espaço comum para todos, o espaço onde só podem ir mulheres, outro só para homens (geralmente para pessoas ortodoxas) e o espaço para curtir a praia com seu cão.
Gatos habitam cenários mundo afora. Em Israel, eles estão por todo o país e já fazem parte da rotina das pessoas. Em Atenas, na Grécia, gatos gordinhos circulam pela cidade, tomam a liberdade de sentar no seu colo. Em Havana, Cuba, gatos magricelas circulam pelos restaurantes a procura de comida, esticando a pata toda vez que se vê um movimento com talheres.
Sentei no chão da estação de trem em Verona, escorei minha cabeça na mochila e acabei tirando um cochilo, já que estava cansada e meu trem era só em uma hora. Fui acordada por um policial que chutava meu pé. Relógios despertadores são mais simpáticos. Aparentemente é proibido tirar cochilos no chão de estações.
Deitei no chão do aeroporto no Panamá para tirar um cochilo, já que não tinha dormido desde a noite passada e tinha tempo de sobra pro próximo voo. A mochila era o travesseiro, o moletom era a coberta. Mais pessoas fizeram o mesmo. Cada um acordou na sua hora. Aparentemente é tranquilo tirar cochilos no chão de aeroportos.
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