De volta para o futuro: on-prem in da house!
A migração para a nuvem revolucionou o mundo de negócios nos últimos 10 anos, mas após uma década de transformações na nuvem, as empresas agora estão dando o próximo salto: desenvolvendo verdadeiras estratégias híbridas para dar suporte a iniciativas de ciência de dados cada vez mais críticas para os negócios e migrando seus workloads da nuvem para on-premises. As empresas que ainda não iniciaram esse processo já estão atrasadas.
A grande migração para a nuvem
Dez anos atrás, a nuvem era usada principalmente por pequenas startups que não tinham recursos para construir e operar uma infraestrutura física e por empresas que desejavam migrar seus serviços de colaboração para uma infraestrutura gerenciada. Esse ambiente permitiu que startups nativas da nuvem, como Uber e Airbnb, escalassem e prosperassem nos negócios.
Na década seguinte, as empresas migraram em massa para a nuvem porque ela reduziu os custos e acelerou a inovação. Esta foi realmente uma mudança de paradigma, com empresas criando estratégias “cloud-first” e transferindo seus workloads para serviços de nuvem.
Quando a nuvem vale a pena?
A nuvem se destaca em dois contextos bem específicos:
- Quando seu aplicativo é tão simples e com baixo tráfego que você realmente economiza em complexidade começando com serviços totalmente gerenciados. Isso permite que você comece novos negócios com um baixo custo de entrada e pode permitir você escalar sua empresa até que, mais tarde, você se deparará com um problema bom quando as contas da nuvem crescerem na estratosfera à medida que o uso aumenta, mas essa é uma compensação razoável.
- Quando sua carga é altamente irregular, ou seja, se você tem oscilações demasiadas, com altos picos e vales que você não tem ideia se precisa de dez ou cem servidores. Não há nada como a nuvem quando isso acontece, pois ela te oferece escalabilidade e garante a disponibilidade do seu aplicativo, a um preço que, talvez, você esteja disposto a pagar.
No entanto, as estratégias que priorizam a nuvem podem estar atingindo os limites de sua eficácia e, em muitos casos, os ROIs estão diminuindo. A adoção onipresente da nuvem deu origem a novos desafios, como custos fora de controle, complexidade cada vez maior e lock-in do fornecedor. Neste recente artigo do TechCrunch, eles explicam porque o #bigdata tem provocado a volta da nuvem para on-premises.
Em resumo, pode-se dizer que a grande quantidade de workloads na nuvem está fazendo com que as despesas disparem. Os grandes volumes de armazenamento na nuvem, sem mencionar programas de ML, IA e aprendizado profundo que exigem dezenas ou até centenas de GPUs e terabytes ou até mesmo petabytes de dados exigem uma rígida gestão financeira dos custos em nuvem.
Em outros artigos, David Heinemeir Hansson — CTO of 37signals (Basecamp & HEY) — descreveu os motivos que os levaram a voltar para uma infraestrutura on-prem, além de quantificar que essa migração vai economizar cerca de $7 milhões nos próximos 5 anos. Ainda em jan/23, o Fernando Álvarez, SRE Ops do 37signals, detalhou o custo que tiveram em 2022 com serviços em nuvem — $3,2 milhões — por tipo de serviço e onde estão no processo de migração para on-prem.
Nem tudo está perdido!
A ideia central do post é compartilhar as tendências que vemos no mercado americano, uma vez que a maior parte das inovações tecnológicas surgem nesse contexto e são disseminadas para o mundo.
Então, vamos começar a migração para on-premises? Depende!
Se o seu negócio se encaixa em um dos cenários descritos acima, onde o serviço em nuvem é um habilitador que permite você focar no seu cliente, ainda não é tempo de migrar da nuvem. E, talvez, você nunca precise fazer esse movimento.
No entanto, é sempre importante entender e aprender como gerir com eficiência e eficácia os seus custos em nuvem, uma prática conhecida como FinOps. Neste artigo, eu comento sobre os pilares e como implementar FinOps de forma a ter sucesso na gestão financeira dos serviços em nuvem que habilitam o seu negócio.
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