A era da voz

Fernanda Hack
Fantástico Mundo RP
3 min readDec 13, 2019

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Por que cada vez mais precisamos prestar atenção nela

O meu último texto do ano aqui no blog é sobre um assunto que ao longo da semana chegou até mim por três diferentes caminhos: no trabalho, ao ouvir o relato de uma colega; na televisão, ouvindo uma premiação (sim eu disse ouvindo), e na minha estande de casa, buscando a minha próxima leitura.

Por isso, quero dividir com vocês as minhas percepções em relação a força das palavras, da voz, da entonação e de como o nosso posicionamento verbal no dia a dia pode fazer a diferença na nossa vida, na nossa comunicação.

Não foi a primeira vez que eu ouvi falar sobre a “era da voz” mas foi a primeira vez que me dei conta do impacto que isso pode ter no nosso jeito de viver e se comunicar. Em uma reunião mensal, já tradicional na empresa que trabalho, alguns colegas que participaram do RD Summit (tb já escrevemos aqui sobre o evento), trouxeram as principais mensagens do evento e, uma delas era esse alerta para um novo tempo na comunicação.

Um tempo onde não temos espaço na nossa agenda para ler um livro, mas conseguimos tranquilamente ouvir um podcast dirigindo, a caminho do trabalho por exemplo.

Um tempo em que a gente talvez “desaprenda” a escrever pois já gastamos praticamente o mesmo tempo ouvindo e falando do que escrevendo as nossas queridas mensagens instantâneas. Sem contar as intervenções tecnológicas que vêm sendo desenvolvidas com um simples comando da nossa preciosa voz.

Será que as empresas estão preparadas para todas essas mudanças?

O segundo impacto eu tive em relação ao tema nessa semana veio de um jeito diferente, quando eu estava ocupada com outras coisas, mas a televisão estava ligada e eu ouvia a premiação do Campeonato Brasileiro de 2019. O que me chamou atenção foi o quanto o cerimonial “foi engessado” e sabe como eu notei isso? Pela entonação da voz dos apresentadores, que não pareciam assim tão confortáveis em ter que decorar cada palavrinha de um texto, a impressão que tive foi de pouca espontaneidade. Pode ser apenas uma percepção, mas entendo que o assunto se conecta com a era da voz, quando cada vez mais a expressividade importa, a naturalidade importa. Mas isso quer dizer acabar com roteiros?

Jamais (eu ❤ um cerimonial)!

Isso quer dizer deixar as pessoas a vontade para usarem sua voz, com responsabilidade mas acima de tudo com naturalidade. Esse “simples” fato traria àcerimônia muito mais alegria, como deveria ser um evento de premiação, certo?

O terceiro ponto relacionado ao tema e que me fez conectar tudo isso, é o livro que comecei a ler, chamado “Líderes e Discursos que revolucionaram o mundo”, ainda não li muito dele, mas já pude notar que tudo ali gira em torno de como as pessoas, das melhores às mais perversas, usaram sua voz para persuadir e influenciar multidões.

Cada um desses impactos que eu tive me fizeram enxergar, por diferentes ângulos como uma das formas mais antigas de comunicação provavelmente também seja a mais promissora, e anteriormente eu perguntei sobre as empresas, mas e você, está preparado para dar cada vez mais importância a comunicação por meio da voz?

Partiu preparar-se para uma nova era?

Beijos e bom 2020 pra gente! ❤

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