A skill número 1 dos Relações Públicas em 2020
Não há como substituir o valor de uma boa história
Guerras, revoluções e epidemias são fatores que aceleram a história, os negócios e os processos. A crise do novo coronavírus agilizou pautas que já estavam em curso e o que presenciamos hoje é uma sociedade hiperconectada.
Há muita informação disponível, há milhões de pessoas neste segundo em plataformas de streaming, de reuniões, de mensagens instantâneas ou pedindo um serviço por delivery. 95% dos consumidores afirmaram que com a Covid-19 o tempo on-line aumentou consideravelmente.
Muita coisa mudou nesse cenário. Flexibilidade e inovação surgiram como elementos essenciais e duradouros. Se antes já havia a sensação da agilidade do mercado, agora tudo parece mais urgente e não dá para esperar para lançar uma campanha, um novo produto ou serviço.
Outras características também vieram para ficar: adaptabilidade, perspicácia nos negócios e espírito colaborativo serão ainda mais cobrados dos profissionais de Relações Públicas.
A pesquisa da Ragan Communications, realizada em maio de 2020 para entender o futuro do papel do RP, mostrou que essas habilidades serão permanentes e farão parte dos skills desejados. Apenas 11% dos entrevistados acreditam que essas competências serão temporárias.
Em julho de 2019, a @tutinicola compartilhou 10 habilidades que todo RP deve desenvolver em novos tempos. Vamos relembrá-las?
- Construir relacionamentos
- Escrever bem
- Dominar o storytelling
- Ser estratégico
- Analisar dados
- Abraçar o digital
- Ser multidisciplinar
- Construir imagem e reputação
- Trabalhar o branding
- Vender
Os “novos tempos” previstos por ela há 1 ano estão super atuais e ainda mais relevantes. O storytelling ganha espaço e sobe o ranking. No cenário da hiperconectividade ele avança dois postos e agora é número 1 da lista com 73% de destaque. Social Media (61%) e Habilidade de Escrita (59%) estão logo em seguida com o segundo e o terceiro lugar:
Em abril passado, falei aqui no Fantástico Mundo RP sobre storytelling como uma estratégia para impulsionar mudanças positivas. E assim seguimos, boas histórias são fundamentais para fortalecimento de marca, reputação e cultura.
O mundo está mais conectado e há abundância de informações, entretanto isso não significa que meu público terá mais chances de me ver ou de conectar-se com a minha narrativa, marca ou produto, e sim que com o tanto de conteúdo disponível, ele ficará ainda mais exigente. O que temos visto é excesso de informações e escassez de significado.
A audiência tem o poder de consumir como ela quer e quando ela quer. As evoluções estão acontecendo, mas o humano será sempre o humano. É preciso pensar em histórias que sejam imbuídas de intenção e autenticidade.
Para a marca assumir um papel de relevância no mercado é importante utilizar -de forma genuína- a cultura como uma alavanca propulsora de mudanças ou como uma bússola para direcionar equipes e lideranças em cenários de crise. E só é possível consolidar uma cultura a partir de uma boa história.
Milhões de pessoas conectadas e milhões de marcas conectadas. Tenha um excelente storytelling.
E para encerrar, uma reflexão de Steve Jobs:
The most powerful person in the world is the story teller. The storyteller sets the vision, values and agenda of an entire generation that is to come.
Stay Safe!
Abraços virtuais e até a próxima!
