E como está o mercado de comunicação?

Insights de mais uma live da quarentena.

Rafaela Richter
Fantástico Mundo RP

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Toda semana um novo texto sobre reflexões da pandemia. Depois de quase quatro meses, a gente até já começou a “normalizar” alguns dados, mas eles ainda são muito alarmantes. E mesmo com tudo isso, em algumas regiões do país o processo de retomada já começa a virar realidade.

A gente já falou de relacionamentos, de formatos de trabalho, de gerenciamento de crises… mas e como anda o mercado de comunicação de forma geral? Também já iniciamos essa retomada? Quais os principais movimentos nesse momento? Tentando responder algumas perguntas, o Meio & Mensagem está promovendo algumas lives na série “Conectando o Mercado”.

Ontem eu assisti o Marcio Santoro, copresidente da agência Africa, falando sobre “A revisão do papel das agências perante os clientes”, e trouxe insights bem legais, não só sobre a relação das agências e empresas, mas desse movimento que o marcado já está fazendo, pensando em uma possível retomada nos anúncios e de como ele imagina que serão esses novos relacionamentos, então decidi compartilhar alguns pontos por aqui.

Vamos lá?

#Home office vai ser definitivo?

Segundo pesquisa da Cushman & Wakefield, realizada em maio, 74% das empresas do Brasil disseram que sim. Empresas como Facebook já se manifestaram que esse modelo será permanente para seus funcionário, outras, como o Nubank, anunciaram que usarão esse modelo até o final do ano, mas a grande verdade, é que ainda estamos aprendendo com tudo isso, e nem todas têm a resposta.

Para ele, isso vai depender muito do tipo de empresa, do tipo de serviço que a empresa presta, e acredita muito no formato “home office voluntário” para o nosso mercado, acha que algumas pessoas podem mesmo ter se descoberto mais produtivas trabalhando em casa, mas que o olho no olho não deve deixar de existir.

Assim como as lives, não é que elas existirão o tempo todo e esse será o principal formato de comunicação. Ainda teremos os sites, as revistas, mas criamos esse espaço, e daqui para frente devemos ter um mix dessas opções.

#Revisão das relações

“Tudo isso vai gerar um grande processo de reflexão, não só no pessoal, mas no profissional também.”

E quando falamos em relações profissionais, precisamos falar também da relação empresas x cliente. O que o Marcio trouxe na fala dele sobre essas relações, foi algo que sempre tive pra mim como uma verdade. Quando falamos de relação empresa x cliente, estamos falando de “relações de pessoas”, e não friamente de CNPJs, e que a pandemia veio para testar essas relações e saber o quanto as empresas estavam preparados para agir, e agir digitalmente. Se antes o digital era uma questão de diferencial, agora é uma questão de sobrevivência.

Para ele, precisamos nos perguntar “o que esse parceiro fez por mim quando eu mais precisei?”, e é com essa resposta que poderemos responder como serão esses relacionamentos no pós pandemia.

E essa relação vai além de uma relação entre empresas. As empresas passaram a ter um papel de participação na vida das pessoas também. Um exemplo são as instituições financeiras que, com o fornecimento de crédito ou outros produtos, apoiaram pequenas empresas a se manter nesse momento de crise. E o reflexo disso vai além de um empréstimo. As pessoas também se farão perguntas como “E essa empresa, o que ela fez por mim? O que ela fez pela sociedade?”.

As empresas que souberem responder às necessidades, serão as empresas mais fortes daqui pra frente, pois geraram conexão com o público.

#Retomada da publicidade de produtos

Em maio, trouxemos alguns dados que indicavam que muitas empresas optaram por cortar seus gastos com publicidade, enquanto outras investiram em linhas institucionais e de promoção das suas ações. Agora, segundo ele, muitas empresas já estão procurando as agências para retomarem as suas publicidades de produto, mesmo que aos poucos. Marcio comentou ainda sobre a problemática de conseguir produzir um filme hoje, que demanda mais tempo, que eles realizam testes em toda a equipe antes e depois das gravações, além de diversos outros cuidados. Não é uma visão de futuro, esse é o nosso novo presente.

#E-commerce

Além disso, ainda falando sobre o cenário econômico, para o entrevistado, o e-commerce foi para um patamar que não volta mais. Em abril, segundo dados da Copre&confie, o e-commerce no Brasil cresceu 81% em relação ao mesmo período do ano passado. As pessoas aprenderam a realizar algumas compras básicas, como as de supermercado, pelo aplicativo, e, assim, terão mais tempo para outras coisas. Mas, mesmo com tudo isso, a experiência do olho no olho com o produto ainda vai existir.

#Diversidade nas campanhas

Para finalizar, ao falar desse movimento pela cobrança de maior diversidade nas campanhas, ele diz que a diversidade deve começar dentro da empresa, e que só uma equipe diversa, com pessoas diversas, pensamentos diversos, pode entregar uma campanha diversa para seus clientes.

A diversidade é uma resposta aos problemas de comunicação que devemos solucionar para os nossos clientes. É assim que chegaremos com soluções diferentes, com respostas que eles nunca iriam imaginar.

Resumindo: o que fica de tudo? Para ele, o que fica é o papel social das empresas. E é para gerar esse valor que a gente gosta do que faz né?!

E se você, assim como a gente, quer saber quer saber como está o cenário da comunicação nos novos tempos, elaboramos uma pesquisa e contamos com a sua participação! Você pode participar até o dia 14 de julho, é só clicar aqui.

Se ficou com vontade, confere a live aqui na integra 😉

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Rafaela Richter
Fantástico Mundo RP

Relações Públicas | MBA em Marketing Estratégico | gaúcha | estudante de Ciências Sociais.