Olhando para 2019

Aline Webber
Fantástico Mundo RP
5 min readNov 22, 2018

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5 tendências de comunicação para o próximo ano

Chegando no fim de 2018 a mudança do foco do RP tradicional para o RP digital é evidente, ela está impactando todas as formas de atuação de relações públicas, desde a comunicação corporativa, pesquisa, eventos, tudo!

Leia: Retrospectiva do Digital em 2018

Velocidade, mudança, adaptações constantes, redes sociais e excesso de informações…Tudo isso já está há algum tempo batendo à nossa porta.

Mas o que podemos esperar para 2019?

Fiz uma pesquisa e separei 5 tendências para vocês:

#1 — Tenha uma causa

O estudo global Edelman Earned Brand 2018 revela que 69% dos brasileiros compram com base no posicionamento das empresas sobre questões sociais. Marcas bem-sucedidas possuem algo mais, elas ligam seu propósito as necessidades da sociedade.

“Os sujeitos desse novo contexto estão mais conscientes sobre a sua própria atuação no mundo, sobre o seu poder em fazer a diferença e em cobrar das organizações a preservação do meio ambiente, a proteção da saúde, a qualidade de vida, a manifestação de posicionamentos; além de reagirem contra práticas inaceitáveis como corrupção, transações ilícitas, remunerações injustas e o desrespeito à diversidade.”

Ênfase na comunicação inclusiva. É preciso atentar para a representatividade.

Fontes: Edelman, Aberje

#2 — Seu público quer falar

O empregado, o cliente, o fornecedor, todos eles usam redes sociais, onde eles podem curtir, comentar e compartilhar. E é assim que eles querem se comunicar com você. Seu público quer interagir com a sua empresa! Aproveite a onda e incentive!

Incentive os clientes felizes a participar de pesquisas, a fazer um review da sua marca e de seus produtos online. Empodere seus empregados para escrever em blogs ou no linkedin sobre seus trabalhos na sua empresa. Cada menção positiva acumula pontos para sua reputação resistir a comentários negativos que possam surgir. Lembre-se também que críticas negativas e perguntas devem ser esclarecidas e erros reconhecidos. Nosso papel, além de sermos geradores de conteúdo, é sermos curadores e facilitadores de conteúdos.

Mas lembre-se sempre da boa e velha comunicação “face a face” ela sempre vem em primeiro lugar!

Fonte: Forbes

#3 — Hora dos micro influenciadores

Celebridades e grandes influenciadores estão perdendo espaço, hoje seguimos muito mais a indicação de pessoas da nossa cidade, familiares, amigos — aqueles com público inferior a 15.000 seguidores.

Os profissionais de relações públicas têm, na sua essência, feito marketing de influência antes mesmo que o marketing de influência existisse. Nossa missão é escolher o melhor influenciador, entender a persona da marca. Clientes reais são automaticamente verdadeiros defensores.

“Destaque para o Instagram como nova mídia para a prática de RP: ele vem crescendo desde o ano passado, sendo que os seus participantes com idade média de 32 anos (60% feminino e 77% formado na faculdade) ficam uma média de 3 horas por dia no aplicativo. A cada dois usuários, um segue pelo menos um perfil empresarial.”

Mas é preciso muito cuidado, você deve analisar os níveis de engajamento (comentários, curtidas e compartilhamentos), qualidade de seguidores e os tipos de interação que o influenciador exerce nas redes sociais. É sempre um risco para sua marca.

Estudos já mostram que a bolha do influenciador online está preparada para o colapso: “o custo do engajamento do influenciador não parece corresponder ao seu valor subjacente. As grandes marcas estão começando a desviar seus orçamentos para táticas mais garantidas, como anúncios programáticos, pesquisas e postagens pagas.”

Fontes: Aberje, Marxcommunications

#4 — Vídeos, vídeos, vídeos… quem sabe faz ao vivo!

De acordo com uma pesquisa realizada pela Cisco Forecast, em 2017, 69% do tráfego da internet será composto por vídeos, e a mesma previsão para 2019 é de 80%.

As transmissões ao vivo, popularizadas pelas redes sociais, já estão transformando a forma como as pessoas e empresas se comunicam. Estima-se que o engajamento na transmissão ao vivo chega a ser até 10x superior às interações geradas por vídeos gravados.

Com as “lives” você pode expressar seus pensamentos e ideias, assim como cobrir algum evento ou bastidores, esse recurso permite interagir, integrar e aproximar cada dia mais os usuários do público. Para nós RPs essa é uma das principais tendências para o mercado de feiras e eventos.

O que continua em alta também são os vídeos dos “stories”, este conteúdo efêmero gera uma alta taxa de engajamento. É um conteúdo passageiro e cria o fenômeno “medo de perder” além do “senso de urgência”. Assim, se você põe uma promoção no stories, apenas quem viu vai ter a chance de comprar. Esse pensamento de exclusividade balança muito os consumidores.

Fontes: Netshow, Nomadan, Netoangel

#5 — Inteligência artificial … sempre ela!

Inteligência artificial ou AI é o termo genérico que abrange amplamente as várias maneiras pelas quais as máquinas tentam replicar funções do cérebro humano como: aprendizado, solução de problemas e previsão. Ela está lentamente permeando tudo o que fazemos, seja como nos comunicamos em uma rede social, como priorizamos nosso trabalho ou como a trilha de dados que criamos está sendo analisada para determinar o que podemos fazer a seguir. Ela faz com que o trabalho de relações públicas possa ser muito mais orientado a dados, otimizando nosso fluxo de trabalho e nos ajuda a amplificar a mensagem em uma escala muito além do imaginável.

Ela impacta desde as atividades básicas de RP, como pesquisa, análise e mapeamento de mídia, como também você pode integrar a AI em várias outras atividades. Por exemplo, usando a segmentação automática de audiência , ou introduzindo a tecnologia Chatbot.

Chatbots podem mudar toda a forma como navegamos na web. Você pode dizer “Será que vai chover hoje?” e um chatbot sabe sua localização e é capaz de responder em forma de conversa se você deve pegar um guarda-chuva. Não é necessário abrir nenhum aplicativo e nenhum site de pesquisa. Vamos voltar a usar nossos celulares para conversar novamente, mas não chamando as pessoas, e sim usando a busca por voz. Este relatório do Wordstream.com, fornecido por Gayle Lynn Falkenthal, prevê que até 2020, 50% de todas as buscas online serão feitas via voz. Como isso afetará a estratégia de conteúdo do cliente, eventos, atendimento ao cliente, SEO e muito mais?

Isso ainda não é uma realidade, e sei que você provavelmente já usou alguns “robôs bobos”, onde você pode dizer claramente que está falando com um computador. Mas, eles com certeza têm evoluído bastante e várias marcas têm investido em chatbots para atendimento ao cliente.

Fontes: Holmesreport, Soloprpro, Entrepreneur

Essas são apenas cinco tendências a serem consideradas, existem inúmeras mudanças acontecendo. Fique de olho!

❤ Bjs Aline

Veja os texto do blog sobre tendência dos anos passados: 2018, 2017

Painel de tendências no evento RD Summit

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