5 coisas que você precisa saber sobre blockchain

Texto publicado originalmente em: YOUPIX

Amanda Costa
Amanda Costa
3 min readMay 13, 2020

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Considerados como a nova revolução digital, o Blockchain é conhecido principalmente por causa de suas aplicações em BitCoin e criptomoedas. Essa tecnologia chamou a nossa atenção e estamos mergulhando cada vez mais no assunto para trazer novas descobertas que vai revolucionar o universo de conteúdo. Isso porque, essa ferramenta é totalmente distribuída e pode ajudar creators e empresas a não dependerem de um intermediário. Ela fornece uma trilha digital estável de transações, diminui o monopólio das plataformas já conhecidas de vídeo e pode ser usada para verificar a integridade dos dados de maneira mais barata. Incrível, né?

“ A economia criativa não tem mais dono. Pertence, de pedacinho em pedacinho, a quem se entregar a ela primeiro. Diz um livro antigo que a nobreza não está em ser servido, mas sim em servir. Pois a web descentralizada coloca o ideal em prática. Quem aos outros serve, enobrece. Quem aos outros explora, não serve mais” (Felipe Pereira, co-funder Paratii)

Pensando em todo esse potencial, o tema do próximo YOUPIX TALKS é sobre como essa tecnologia muda a forma que produtores de conteúdo e suas audiências se conectam e como creators podem financiar seus conteúdos sem depender de marcas. O economista e estrategista digital Wagner Martins estará conosco nessa conversa e esclareceu algumas dúvidas, em primeira mão, sobre o tema.

Segue abaixo CINCO coisas que você precisa saber sobre blockchain:

YOUPIX: Blockchain sempre foi conhecido por bitcoin e por ser uma tecnologia distante do nosso universo. Por que estamos falando de blockchain e conteúdo agora? O que uma coisa tem a ver com a outra?

WM: Trata-se de uma tecnologia distribuída. E é louco que as pessoa comprem Bitcoin sem nem se ligarem que ela é a representação de uma visão anárquica de mundo. Uma aposta (ou um seguro) contra autoridades financeiras monopolistas e centralizadoras.

A aplicação deste mesmo conceito de distribuição em redes de conteúdo é um movimento natural. Uma vez que com blockchains não há mais necessidade que as plataformas tenham um dono, que elas podem ser hospedadas e mediadas pelos seus próprios usuários, começam a aparecer diversas propostas “anarquistas” questionando monólitos como YouTube e Facebook.

YOUPIX: Quais plataformas atuais estão usando a tecnologia de Blockchains e como essas plataformas estão inovando?

WM: Acredito que a Steem seja a blockchain de conteúdo com projetos mais relevantes. Nela é possível encontrar plataformas que emulam o Reddit (Steemit) e o YouTube (Dtube), por exemplo.

YOUPIX: Como Blockchains pode ajudar em demandas de creators e empresas?

WM: Uma vez que não é mais necessária a existência de uma figura central para garantir que tudo aconteça como acordado, tira-se o intermediário da jogada. Hoje as plataformas ficam com uma grande fatia do bolo. Em breve, creators e empresas vão poder negociar e fazer estas transações diretamente.

YOUPIX: Sobre monetização, como acontece dentro das plataformas que utilizam Blockchain?

WM: Os usuários de uma plataforma ganham fichas (Tokens) de acordo com a sua atividade. Quando publicam algo que faz sucesso ou quando fazem a curadoria de conteúdo. Estas fichas são conversíveis para outras criptomoedas e dinheiro.

YOUPIX: Como sites e mídias sociais podem se apropriar e se conectarem por meio do Blockchains?

WM: Hoje qualquer comunidade online pode emitir as suas próprias fichas (Tokens) usando uma blockchain (Steem ou Ethereum, por exemplo) e decidir as regras pelas quais essas fichas são distribuídas e convertidas em dinheiro.

Imagine um Facebook que cobra R$10 por mês e toda essa receita seja dividida entre os próprios usuários de acordo com a quantidade de likes que cada um conseguir nos conteúdos que postarem ao longo do período.
Com as Smart Media Tokens da Steem já dá para implementar coisas assim com uma certa facilidade. O desafio é criar um modelo de governança que possibilite a criação de um mercado e atrair uma comunidade engajada.

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