Brasileiros veem IA com otimismo, mas advogado quer proibir

Daniel Bichuetti
Intelijus
Published in
3 min readMay 5, 2023

Em um recente estudo da KPMG, 84% dos entrevistados disseram que consideram a Inteligência Artificial confiável. O estudo foi realizado em 17 países e conversou com 17 mil pessoas.

“Dados os muitos benefícios potenciais que essas soluções podem proporcionar, o investimento nessa ferramenta continua a crescer em todos os setores”, diz em comunicado o sócio-líder de análise de dados da KPMG no Brasil, Ricardo Santana.

No Brasil os números são ainda melhores, com 93% dos mil brasileiros entrevistados demonstrando otimismo com a tecnologia. E, na Intelijus, também estamos otimistas com o cenário de desenvolvimento de IAs especializadas — como a LIVIA.

Apesar do crescente otimismo e confiança nas ferramentas, ainda vemos grandes desafios pela frente que precisam ser superados para continuarmos avançando.

No último artigo falamos sobre o Ministro Benedito Gonçalves categorizando conteúdo gerado pelo ChatGPT como “fábula” e multando o advogado que decidiu usar a Inteligência Artificial genérica como apoio na elaboração de um ajuizamento de petição.

O que demonstra a necessidade de uso de ferramentas especializadas para cada atividade que ela se proponha realizar. Realmente, para a elaboração de material jurídico, acreditamos que o ideal seja a utilização de uma IA especializada em assistência jurídica. E assim para cada setor profissional.

Outro caso mais recente envolve um advogado recorrendo ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para impedir juízes de utilizarem o ChatGPT como auxílio na tomada de decisões jurídicas. Essa batalha legal protagonizada pelo profissional já acontece desde janeiro deste ano.

O advogado disse que “tudo o que o ChatGPT pode produzir em termos de argumentação jurídica é fabulação”, e que “a análise de provas em um caso jurídico depende de fatores humanos, que nunca poderão ser dominados por IA”.

Pode surpreender alguns, principalmente aqueles que são contra o uso da Inteligência Artificial, mas concordamos plenamente com a segunda afirmação de Fábio Ribeiro (o advogado).

Ao desenvolver a LIVIA, nosso objetivo não é o de criar uma entidade que irá dominar o meio jurídico e substituir o fator humano. Pelo contrário!

Acreditamos que o fator humano é de extrema importância para o bom exercício da profissão e jamais poderá ser substituído por Inteligências Artificiais. A IA deve ser uma aliada do bom profissional, potencializando ainda mais suas boas qualificações — auxiliando nos processos, trabalhos, atividades complexas, na tomada de decisão e na democratização do acesso à justiça.

Como uma calculadora que auxilia o bom engenheiro que aprende a usá-la corretamente.

E, neste cenário, novamente ressaltamos a necessidade de que as ferramentas de IA especializadas sejam priorizadas em relação às ferramentas genéricas, como o ChatGPT — que pode ser excelente para amadores e hobistas, mas não consegue apresentar o mesmo índice de precisão que softwares desenvolvidos especialmente para suprir os desafios de cada setor e profissão.

Ao falar de Inteligência Artificial especializada, na Intelijus desenvolvemos a LIVIA para o meio jurídico, com 92% de precisão, sem “fabulação”. Honrando a confiança que brasileiros e usuários do mundo todo já vêm colocando na tecnologia.

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