Venture capital, polêmica e mudança

Querida comunidade Kria,

O quão previsível é o Venture Capital? Seja por meses fora da curva, inserções de players externos em novos mercados ou aquisições polêmicas, a mudança é rápida por aqui. Talvez seja apenas uma característica de investir em inovação — e talvez seja isso que convenceu uma parte das pessoas que estão em VC a virem para VC.

Seja como for, é sempre importante se manter bem informado. E o meu papel aqui é justamente esse. O seu, você já sabe: pegar seu cafézinho (ou chá, ou suco) e separar cinco minutos para saber as novidades do mercado.

Vem com a gente!

Notícias

Novidades do mercado e da comunidade Kria

LatAm em foco

Nas últimas semanas, dois dos mais importantes fundos de Venture Capital do mundo, o Softbank e o Andressen Horowitz (a16z), deram declarações à imprensa brasileira sobre o quanto ainda acreditam no mercado Latino Americano.

No caso da a16z, o foco são fintechs e healthtechs em busca de cheques de até 5 milhões de dólares. Já o Softbank tem um time de 50 pessoas dedicadas aos investimentos na região e deve dedicar 2,4 bilhões de dólares às empresas latinas em diversos mercados e fases de maturidade.

Por trás desse crescente interesse dos grandes fundos pela região, há uma série de fatores: a existência de grandes mercados consumidores com boa abertura para soluções digitais (casos de Brasil, México e Colombia, principalmente), a maior abertura que vem sendo demonstrada por órgãos reguladores (sobretudo no setor financeiro, com iniciativas como o Open Finance e a criação do Pix) e a instabilidade dos mercados europeu, (com suas rígidas políticas antitruste e a guerra na Ucrânia,) e chinês, (que ainda sofre com o forte controle estatal para o desenvolvimento de novos negócios).

Além disso, a região ainda tem uma representatividade pequena no volume de aportes realizados em todo o mundo (1,9%, segundo o último relatório da CB Insights) em comparação com o tamanho de seu mercado total (5,26% do PIB global).

A consolidação desse movimento pode trazer novas oportunidades para empreendedores e investidores da América Latina, mas traz também alguns questionamentos importantes, sobretudo se as novas apostas na região serão feitas com base nos ensinamentos da crise mais recente do setor ou se há riscos de repetirmos velhos erros por conta do dinheiro farto.

Boas vindas, Question Mark!

Quando investimos em uma empresa, investimos no propósito dela. E é por isso que estamos muito felizes em anunciar que a The Question Mark Co. se tornou oficialmente parte do portfólio Kria! A rodada chegou em R$1.770.500,00 de 184 investidores que, conosco, acreditaram na proposta de um mundo mais sustentável (e saboroso!).

Em nossa entrevista, Pedro Campos, o CEO, contou que o produto veio de um ano sabático: “Meu desejo era resolver alguns dos grandes problemas da indústria da alimentos, como a saudabilidade, a integração com os desafios ambientais e aumento da velocidade de lançamento de produtos”. Para entender mais sobre o modelo da empresa, você pode também ouvir nosso podcast com a TAO Investimentos. =)

“Agora somos mais de 200 investidores unidos através da The Question Mark Co. para impulsionar nosso propósito massivo transformador de um mundo com mais saúde e consciência socioambiental,
Para que este objetivo seja atingido, cada um de nós será parte integrante da mudança e da energia vital transformadora!”
— Pedro Campos.

Agora, vamos aos agradecimentos finais:
Pedro, José, Ju e toda a equipe Question Mark: é uma honra ter vocês conosco. Nunca se esqueçam que podem contar com o Kria e com nossa comunidade para o que precisarem!
Aos 184 investidores: agradecemos muito pela confiança e pelo carinho. Sempre estamos dispostos a ouvir vocês e sanar suas dúvidas, é só dar um alô na nossa central de investidores!
E, em especial, à Equity Rio, que iniciou nessa rodada uma colaboração de grande potencial com o Kria, ao ser co-investidora da rodada: é incrível ver o Venture Capital unido e selecionando com propósito. Que a nossa parceria só cresça!

Destaques da comunidade Kria

• Sua empresa tem benefícios de saúde? A Lincon está levantando informações sobre os benefícios ofertados nas empresas brasileiras. A resposta deve ser enviada por C-levels ou pelo RH, e darão os seguintes benefícios: recebimento antecipado do relatório com todas as conclusões exclusivas, participação na live de lançamento para debater os resultados e o mapa de risco de saúde completo da sua empresa
• A fábrica da Razor recebeu visita dos jovens participantes da #TeuFuturo, um programa investido por eles que ensina ciência da computação para diversos jovens. Contou até com palestras do CEO, o Gregóry Reichert, e o COO, o André Reichert. Veja mais aqui!

De olho no ecossistema

• Dois bilhões. Esse foi o valor investido em startups brasileiras no mês de outubro, 159% a mais que o mês anterior e a maior alta desde julho. A grande surpresa é o retorno do apetite por rodadas de empresas mais estruturadas, como séries Cs. A notícia vem como um alívio aos mais temerosos, mas já era prevista por aqueles que vêm sendo vistos como otimistas nos últimos tempos. Cheers!
• E em VC, o que não falta é dinheiro: só durante o primeiro trimestre de 2022, os fundos levantaram U$151bi, mais que em todo 2021. O motivo pela confiança no investimento não é tão surpreendente: mesmo em épocas de crise, o Venture Capital tende a dar melhores retornos — a política de high risk, high reward.
• Quando começaram a ser criados, apps pagos não eram tão populares — afinal, vivíamos a era de pirataria digital, época em que sites como o PirateBay estavam entre os com mais usuários. Muito mudou, desde então — e é o que mostra o estudo sobre a receita que os aplicativos estão fazendo a partir de seus usuários, promovido pela Sortlist. E os números não são baixos:

• Ah, o Twitter. A gente já mencionou as negociações aqui antes e tudo aquilo de compra-não-compra do Elon Musk. No fim, o acordo foi fechado: valendo U$44bi, dos quais U$400 milhões foram arrecadados em parceria com a a16z. Desde então, muito aconteceu: seja a demissão da diretoria, os polêmicos lay-offs (que geraram um processo legal contra o passarinho) e a promessa de que o criador do Twitter vai lançar um novo aplicativo, o Bluesky. Fora isso, é claro, a preocupação com o crescimento de discursos de ódio na rede, impacto da política de “liberdade de expressão” de Musk. Muita coisa — e vem ainda mais por aí.
• E seja investindo na compra do Twitter, seja investindo na Flow — o unicórnio em pré-operação do criador da WeWork, que já falamos sobre algumas news atrás –, a Andressen Horowitz (a16z) se mantém no centro da conversa. O The Information tentou entender como estão os partners da operação e quais são seus pensamentos, em uma matéria que você pode ler aqui.

⚠️ Se quiser saber mais movimentações do mercado enquanto espera a próxima news, não esqueça de nos seguir no LinkedIn — estamos postando diversas notícias do mercado por lá.

O que estamos lendo

• Business model. Afinal, qual o melhor? É claro que não existe uma resposta universal e elas dependem muito de cada negócio, mas as perguntas feitas pela Rita McGrath, da Columbia Business School, são certamente muito boas para entender qual o melhor — e pode ser útil tanto para empreendedores quanto para investidores, que podem se basear melhor na hora de tomar uma decisão de onde investir.
• Como correr atrás dos seus sonhos — sem se esgotar por isso? A mais recente edição da Sunday Drops, newsletter de Lucas Abreu, trouxe um resumo das cinco lições de Bill Gurley, investidor da Benchmark, sobre como criar padrões de sucesso.

O mais importante para o investidor, por Howard Marks.

Os livros do Howard já são conhecidos por aqui. Esse é um must read, principalmente por abordar as armadilhas dos investimentos.

30 segundos (2022)

Olhando para cinco décadas da propaganda brasileira, a série da HBO traz profissionais-chave do mercado para abrirem suas opiniões e destrincharem a indústria brasileira de publicidade.

Da comunidade para VC

Boas histórias para inspirar quem quer se engajar como comunidade Kria

#ExperiênciadeKriator ❤

“Entrei no Kria como estagiário e fiquei 2,5 anos trabalhando com análise de investimentos, entre outros projetos paralelos. Foi um lugar onde aprendi muito em pouco tempo, resultado das oportunidades que uma cultura de senso de dono e responsabilidade me proporcionaram. O Kria se fortalece no poder das redes, e durante meu tempo pude conhecer e trabalhar com pessoas incríveis, com quem aprendi muito e me instigaram a ser melhor.
Eu já disse para muitas pessoas que o Kria para mim foi uma escola. Analisar ativos de risco sob uma tese de investimento em rede foi desafiador e rico. Essa rotina me permitiu construir tanto capacidades objetivas como subjetivas, qualidades que julgo muito importantes em qualquer profissional interessado em conhecer e crescer no mercado de Tecnologia.”
— Pedro Teixeira, product manager na Flourish
(e ex VC do Kria)

Obrigada por ter me acompanhado até os créditos finais de mais uma edição! Lembre-se de, caso haja qualquer dúvida, sugestão ou questionamento, meu canal está sempre aberto. Você pode optar por responder esse e-mail ou me chamar em outra conversa, como preferir. :)

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