Corro o suficiente pra achar que não me canso
Você está em todos cantos da casa
Da sala, da cama
Dos espaços que eu queria ocupados por você
Não me cessa a vontade de te ver
MORRE A DIGNIDADE DA NAÇÃO NOVAMENTE
MORTA novamente
MORTA
Com bala nas costas
Jovem, pequena, pronta para ser tudo
porém
nasce. cresce. reproduz, talvez. morre. no meio do caminho, quantas decepções. e alegrias, também, sejamos justos, além de tudo que deixamos de dizer.
acabo de receber alta de um câncer. o câncer e o médico me deram alta; o segundo feliz por ter curado…
O processo se deu de tal forma que até eu fiquei confusa.
Só para explicar o que não é simples, moro no vazio. Acho que tentar falar dele, quando não tenho meios de senti-lo, é o mais complicado. Aqui deve ser frio e tem mesmo muito espaço. Espaço demais…
Tua hipocrisia te transforma em cobra
Mas do tipo que a pele não troca
Só craquela mais, fica mais dura e com mais brechas
Brechas por onde a vida insiste em existir
Placas duras por onde o ego resiste em te matar
Minha mente se confunde nela mesma;
Parece que não há muito o que fazer
Veia corpo pele mão cabeça
Eu em você descendo por o onde mais os braços desejarem.
O mundo é feito
Meio assim
De encontros e desencontros
Já dizia ele
De meios e receios
De pertencencimentos e reconstruções
Você é parte aqui
Meu vazio te infiltra pelos poros
Talvez seja o contrário
Eu sou parte inveja, parte perdição
Mas não loucura
Essa me falta, me deveria sobrar
Certeza que os loucos são mais felizes
Há um buraco.
Se joga, se desconstrói,
Você não é feita de nada mesmo
Opera nos vácuos, nas brechas,
Nos vazios do mundo
E deles faz seus