Como as grandes empresas que controlam o acesso a internet estão matando a liberdade de expressão

Leandro Ruschel
Liberdade de Expressão em Debate
11 min readMar 25, 2017

No passado, a imprensa contava com um poder gigantesco, pois havia poucas estações de televisão e rádio que concentravam a maior parte da audiência, assim como poucos jornais e revistas mantinham uma fatia gigantesca dos leitores.

Além disso, a comunicação era unidirecional, sem muito espaço para debates. A única forma de atingir um público grande era através desses canais, fosse com fins comerciais ou políticos.

Com o crescimento da internet e das redes sociais, onde qualquer pessoa pode criar por esforços próprios canais com milhões de seguidores, o poder da imprensa diminuiu muito, apesar de ainda ser considerável.

A relação promíscua entre a grande imprensa e o establishment ficou mais escancarada do que nunca, com os vazamentos do Wikileaks mostrando que os principais veículos de mídia americanos trabalharam ativamente para eleger Hillary Clinton, ficando longe da sua função de informar e opinar.

Jornalistas que colaboraram ativamente para a campanha de Hillary Clinton segundo demonstrou o Wikileaks.

Na verdade a grande imprensa ocidental hoje é um quase monopólio da esquerda. Isso não aconteceu por acaso. Foram décadas de política de infiltração nas universidades e nesses veículos, através da Guerra Cultural levada a cabo pela antiga URSS e por outras correntes esquerdistas.

Após o fim da URSS, quem assumiu a dianteira do projeto político totalitário foi a esquerda socialista fabiana e o seu globalismo. O grande tubo de ensaio para o projeto de um Governo Mundial é a União Européia, onde as nações independentes dariam espaço a um mega Estado, sob controle de tecnocratas não eleitos e com forte regulamentação sobre tudo e todos, além de altíssimas cargas tributárias. O sonho dourado da elite socialista é expandir o modelo europeu para o mundo, através de órgãos como a ONU.

Obviamente que a URSS 2.0 está longe de ser o inferno que era a versão 1.0. Na verdade, a Europa ainda oferece um nível de vida muito bom aos seus cidadãos, mas já podemos ver os efeitos de uma política centralizadora de poder. O estado de bem-estar social já mostrou a sua inviabilidade, a eficiência econômica tem retraído rapidamente, assim como a própria riqueza. Pela primeira vez em 200 anos, observamos uma geração que é mais pobre do que anterior.

Outro efeito óbvio da concentração de poder é o cerceamento das liberdades individuais e das bases da democracia representativa. O Parlamento Europeu praticamente não tem poder, e as comissões que realmente tem o poder nas mãos são tocadas por desconhecidos, que ninguém elegeu. Na Suécia, deputados são condenados por alertarem sobre os riscos de islamização do país, na Alemanha pais são presos por tentar impedir a sua filha de participar de uma aula sobre ideologia de gênero. Enfim, a história mostra como quase sempre a concentração de poder representa uma estrada para o totalitarismo.

Se passou pela sua cabeça os regimes fascistas do século passado, não foi por acaso. O que era o fascismo senão a concentração de poder político e econômico pelo Estado?

Em busca da concentração de poder pela esquerda globalista requer um grande esforço de marketing, da conquista dos “corações e mentes”, o que é feito através da Guerra Cultural, que envolve a mudança profunda dos valores, das crenças individuais.

O maior inimigo da esquerda, desde a época da URSS 1.0, foi a Igreja. Especialmente a cultura judaico-cristã que é a raiz das instituições ocidentais, do seu código moral e da sua estrutura social.

Esse é o inimigo que precisa ser destruído para dar espaço ao socialismo globalista totalitário.

Aí surge o ateísmo com disfarce “científico”, o gayzismo, abortismo e feminismo para acabar com a família tradicional, usando como desculpa a “liberação sexual”, os movimentos de “defesa” dos negros, índios e qualquer outra “minoria oprimida” com o objetivo de dividir a sociedade e gerar votos para a esquerda, a necessidade de regular, controlar e taxar os empreendedores em nome da “igualdade”, enfim, tudo com o objetivo de destruir a ordem social vigente e construir uma nova, onde o Estado é o Grande Irmão, controlado por um punhado de iluminados que saberiam o que é melhor para a humanidade.

O ataque às religiões ocidentais sempre teve como desculpa a necessidade de “libertar” os seres humanos de um sistema rígido de crenças que impedia o progresso. A falsidade desse propósito pode ser provada facilmente, a partir do momento que a esquerda não só defende, mas viabiliza a verdadeira invasão de milhões de muçulmanos nos países ocidentais.

Se o pai cristão conservador não quer que a sua filha saia por aí transando com todo mundo e usando drogas, dê valor ao trabalho e a família e tenha uma vida minimamente regrada, isso é retrógrado, segundo a esquerda. A mulher que dedica boa parte da sua vida para criar os filhos é vista como atrasada ou vítima da exploração masculina.

Por outro lado, quando uma muçulmana é obrigada, com 9 anos de idade, a casar com um senhor de 60 anos de idade, tenha que se cobrir da cabeça aos pés para sair na rua e pode ser surrada legalmente ou mesmo ser executada por cometer adultério, tais fatos fazem parte de uma tradição que precisa ser respeitada pelo Ocidente.

Casamento islâmico.

Na verdade, o único objetivo da esquerda é destruir o mundo ocidental, mesmo que para isso seja necessário defender o barbarismo islâmico. Nunca esqueça disso.

Voltando a questão do papel da imprensa, ou da sua perda de importância, podemos observar claramente o aumento do poder da internet, em especial aos grupos que controlam o acesso a internet.

Se os americanos dependessem da imprensa tradicional apenas para se informar, provavelmente teriam eleito uma das famílias mais corruptas da história americana e aberto as portas para a imigração islâmica, replicando o desastre europeu, além de dar continuidade ao projeto obamista de socialização dos EUA.

A imprensa alternativa teve um papel fundamental para o Brexit e para a eleição de Donald Trump, apresentando um contraponto a narrativa oficialista.

O primeiro ataque a tal imprensa veio com a invenção do termo “fake news”, ou seja, pela versão da imprensa tradicional, tais veículos alternativos de imprensa ajudaram a eleger Trump através de notícias falsas. O ataque rapidamente foi repudiado e passou a ser um pesadelo para a grande imprensa, que foi pega mentindo descaradamente, como por exemplo na apresentação de Hillary como candidata virtualmente eleita nos dias anteriores a eleição. O próprio Trump passou a se referir a CNN, a mais mentirosa emissora americana, como “fake news” network.

De qualquer forma, Google e Facebook, as principais portas de acesso a internet da esmagadora maioria dos usuários, utilizaram essa desculpa para impor maiores controles ao conteúdo acessado pelas suas redes. O objetivo não seria a censura, segundo as empresas, mas sim garantir a “veracidade das informações e a qualidade do conteúdo a disposição dos usuários”.

Tal postura é no mínimo assustadora, por melhores que fossem as intenções. E os primeiros passos para essa implementação sinalizam que as intenções são as piores possíveis.

O Facebook, o Twitter e o Google já tem um longo histórico de viés esquerdista. No ano passado, houve uma série de denúncias dos próprios funcionários que produziram um artigo no Gizmodo sobre como tópicos conservadores eram suprimidos da lista de trending topics e como os tópicos esquerdistas eram impulsionados. Além disso, tanto nos EUA como no Brasil, há vários relatos de como páginas e perfis conservadores são sistematicamente bloqueados e o mesmo não acontece com páginas esquerdistas. Uma ONG israelense provou isso recentemente, quando abriu duas páginas ao mesmo tempo, uma pró-Israel e outra pró-Palestina, ambas com retórica extremista. A pró-Israel foi tirada do ar em poucos dias, a pró-Palestina ficou meses no ar, mesmo recebendo denúncias de incitação a violência.

No Twitter, o viés é ainda mais escancarado. O CEO da empresa é praticamente o co-fundador do movimento racista Black Lives Matter, chegando a criar um emoticon para apoiar a causa. Personalidades conservadores são bloqueadas e até expulsas da rede com frequência, o mesmo não ocorre com outros usuários, até mesmo fundamentalistas islâmicos tem mais liberdade no Twitter que conservadores.

“Por favor Alá, me dê forças para não amaldiçoar/matar esses homens brancos por aí hoje. Por favor.” Fundadora do Black Lives Matter no Canadá. A autora não foi banida da rede de mensagens.

Mas agora a censura chega a um novo patamar. O Facebook começou a implementar um “filtro de spam”, onde usuários podem sinalizar um conteúdo que teria como objetivo gerar tráfego para o seu site através de chamadas sensacionalistas ou falsas, com isso gerando receita através de anúncios nesses sites. De fato existem sites desse tipo, mas o sistema do Facebook abre espaço para utilização do “filtro de spam” como censura. Por exemplo, grupos organizados de esquerda podem marcar conteúdos como spam e retirá-los do ar. Alguém poderia argumentar que o inverso é verdadeiro, grupos de direita podem derrubar conteúdos esquerdistas, mas o problema é o seguinte: a grande imprensa já é dominada pela esquerda e os conteúdos produzidos pelas CNNs da vida não serão bloqueados pelo Facebook, por mais falsos que sejam.

Além disso, o Google já iniciou o processo de proibição do uso da sua ferramenta de monetização AdSense através de retirada da sua rede de sites considerados propagadores de “fake news” ou que possuam conteúdo “ofensivo”, a critério da empresa. Na prática, isso mata a capacidade de manutenção de boa parte da imprensa alternativa, com o corte do seu principal gerador de receita.

Nos últimos dias ficou um pouco mais claro como o Google pretende impor a censura. A empresa conta com um exército de pessoas pagas para fazer a sua avaliação de sites por uma série de critérios, para que a partir das revisões humanas os seus algoritmos possam ser treinados para identificar conteúdos ofensivos ou falsos.

No site searchengineland.com há uma matéria bem completa sobre o assunto, com um exemplo extraído do próprio manual do Google sobre como os revisores humanos devem categorizar as páginas.

No primeiro quadro, há claramente um conteúdo ofensivo contra negros, com a absurda e racista comparação entre negros e macacos. Ou seja, faz todo o sentido caracterizar o site como ofensivo.

Já no segundo quadro, quando o tema é o Islã, onde no site apontado a autora mostra através de trechos dos próprios livros sagrados do islamismo como há um forte componente violento e intolerante, o Google sugere que “o propósito da página é explicar a crença da autora que o Islã é perverso, promovendo a intolerância ou ódio, podendo ofender algumas pessoas”. Ou seja, o site deve ser marcado como “ofensivo”.

Em seguida, é apresentado um artigo do site da PBS, a rede pública de televisão americana, voltado para professores! Ali pode ser lida uma leitura completamente edulcorada do Islã, chegando em alguns pontos ao puro escárnio.

Por exemplo, “contrariamente à forma como a cultura popular retrata os direitos e privilégios das mulheres muçulmanas, o Islã dá às mulheres muitos direitos, incluindo o direito de herdar, trabalhar fora do lar e ser educada. Como em todas as culturas e comunidades, esses direitos são freqüentemente violados. Este é o resultado da interseção do Islão com as normas culturais existentes, que podem refletir as sociedades dominadas pelos homens.”

Ou seja, a religião que permite que homens casem com meninas de 9 anos, que mulheres apanhem dos pais, irmãos ou maridos ou que sejam apedrejadas até a morte em caso de adultério, oferece “vários direitos”, vejam só. Sobre o direito de herdar, o artigo esconde que a mulher pode herdar 50% do que o seu irmão homem herda, sobre trabalhar fora, não é comentando sobre a segregação entre homens e mulheres no ambiente de trabalho. Mas veja, segundo o texto, utilizado por professores para ensino sobre o Islã, se há algum traço de tratamento desfavorável à mulher, a culpa é da sociedade machista!

O artigo vai mais longe, apresentando a obrigatoriedade das mulheres de se cobrir da cabeça aos pés como algo positivo para elas: “…muitas muçulmanas vêem o hijab como libertador do olhar masculino”.

Nenhuma palavra sobre a violência praticada contra não muçulmanos, sobre os milhares de atentados terroristas praticados nos últimos anos por muçulmanos, sobre a autorização que os livros sagrados islâmicos dá para mentir, enganar, fustigar, estuprar, torturar ou matar infiéis. Nada sobre como para o islamismo não deve haver separação entre Estado e Igreja, sobre a Sharia, o bárbaro código criminal islâmico, sobre como a liberdade de opinião ou a democracia representativa é vetada.

Isso ocorre porque nos EUA, seguindo o padrão do que ocorre em outros países ocidentais, escolas públicas e universidades só podem apresentar textos aprovados por clérigos muçulmanos. No Reino Unido, as autoridades aprovaram o uso de tribunais islâmicos, baseados na Sharia, para julgar muçulmanos, numa total demonstração de submissão voluntária do país a uma cultura estrangeira retrógrada. Para quem não sabe, a tradução de Islã é exatamente submissão.

O resultado já é perceptível a olhos vistos. Os atentados terroristas já fazem parte da rotina das grandes cidades europeias. Especialmente as mulheres sofrem como assédio sexual constante nas ruas, o número de estupros aumentou consideravelmente. Em muitas cidades, há locais que nem a polícia pode entrar, pois são controlados por milícias islâmicas, que promovem badernas e crimes quando são contrariadas.

Como as pessoas terão a consciência do que está acontecendo se a imprensa e agora os principais serviços de acesso às informações, como Google, Facebook e Twitter promovem sistematicamente a censura às críticas ao Islã? Há uma camisa de força mental sendo imposta e a maioria das pessoas nem percebe.

A liberdade de opinião da imprensa é uma condição necessária para a manutenção de um regime político que promova e garanta os direitos individuais e a criação de riqueza.

A internet representou um duro golpe ao establishment, que sempre teve um controle maior sobre os meios de comunicação. Na verdade, é difícil imaginar nazistas ou comunistas chegando ao poder e mantendo o poder se não fosse pelo controle absoluto do fluxo de informações.

A contraofensiva do establishment, hoje representado pelo socialismo fabiano globalista, envolve justamente o controle do acesso a internet, facilitado pelo domínio que poucas empresas tem desse acesso.

O domínio da esquerda na educação e na cultura facilita o trabalho, pois temos já duas ou três gerações de pessoas dependentes do Estado e educadas em colégios e universidades socialistas, chegando ao ponto de um candidato claramente comunista como Bernie Sanders ter chance real de chegar a presidência dos EUA.

Cabe aos conservadores, por todos os meios possíveis, propagar a verdade e lutar para manter as liberdades individuais, apontando os seus inimigos e indo para a linha de frente da guerra política e cultural em curso.

A eleição de Trump mostrou que ainda temos chances, apesar da gigantesca oposição ao que ele representa, por todos os meios, mostrar como a sua vitória foi apenas uma batalha no meio de uma guerra brutal.

P.S: ao finalizar esse artigo, tomei conhecimento de uma nova estratégia de censura por parte do Google, forçada por grandes empresas e pela grande imprensa. Essas empresas suspenderam anúncios no Youtube porque eles estariam sendo veiculados em vídeos com conteúdo “ofensivo”. O Youtube passou então a tratar qualquer vídeo com opinião politicamente incorreta como potencialmente ofensivo, retirando esses vídeos dos resultados das buscas e obrigado usuários a logar na sua conta para poder acessar tais vídeos. É mais um capítulo da imposição da censura na internet.

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Leandro Ruschel
Liberdade de Expressão em Debate

Especialista em investimentos. Apaixonado por filosofia e ciência política. Empreendedor. Admirador da excelência. Conservador.