Nana: uma visão dupla

Anna Clara Lôbo
Lôba no Covil
Published in
6 min readFeb 3, 2018

OI.

CLARO que eu ia trazer outra obra da Ai Yazawa (resenha do mangá de Paradise Kiss aqui). A dona dos traços maravilhosos (desculpa, eu gosto muito dos traços dela, por mais esticados a la One Piece que eles sejam), e NANA é muito apaixonante, vai por mim.

Fonte: Manga

Gênero: Comédia, drama, música, romance, shoujo, slice of life

Diretor: Morio Asaka (Sakura Cardcaptor, No Game No Life)

Estúdio: Madhouse (Death Note, One Punch Man)

Episódios: 47

Estréia: 5 de abril de 2006 até 28 de março de 2007

MAL

Sinopse: Nana Komatsu é uma implacável e ingênua de 20 anos que facilmente se apaixona e torna-se dependente e apegada àqueles à sua volta. Embora ela nutra sonhos ambiciosos de se retirar de suas raízes provinciais e encontrar sua verdadeira chamada, ela acaba viajando para Tóquio com a humilde razão de perseguir seu namorado atual, Shouji Endo.

Nana Osaki, por outro lado, é uma vocalista de punk rock orgulhoso e enigmático de um fundo similarmente rural, que nutre o desejo de se tornar um cantora profissional. Indo atrás de sua carreira (e de um amor por um dos ex-membros) ela embarca em um trem para Tóquio com Nana Komatsu.

Através de um encontro fatídico em sua jornada em direção à metrópole, as jovens mulheres com o mesmo nome são reunidas, provocando uma cadeia de eventos que eventualmente resultaram em compartilhar um apartamento. À medida que sua amizade se aprofunda, as duas tentam se apoiar mutuamente, suas vidas profundamente entrelaçadas cheias de romance, música, desafios e corações partidos que, em última instância, testarão seu vínculo aparentemente inquebrável.

Nana trata-se de uma história cheia de laços, mostrando principalmente a amizade. Ai Yazawa criou duas personagens totalmente diferentes e excêntricas cada uma em sua forma que se juntam e fazem um arco dar muito certo. Juntando a diretora Morio Asaka com um studio de peso não poderíamos esperar uma obra fraca.

Komatsu Nana(Hachi) é uma estudante que vai para Tóquio atrás do namorado. Ela sempre foi do tipo que se apaixona muito rápido por homens e eu diria que é mais como um “cachorrinho”, igual ela é apelidada posteriormente. Sempre seguindo seus pensamentos imprudentemente sem ter muita noção da realidade, ela é humilhada pelo namorado assim que chega na capital e percebe que precisa fazer algo quanto à sua imaturidade diante de uma situação que ela não pode contar com o dinheiro dos pais para qualquer momento.

Komatsu Nana (Hachi)

Osaki Nana é uma vocalista de punk rock que sempre trilhou seu caminho sozinha desde quando foi abandonada pela sua mãe enquanto criança. Ela passou por maus momentos quando seu ex-namorado e guitarrista da banda de sua cidade natal abandonou os integrantes para entrar em outra banda de Tóquio. Depois de um tempo ela resolve seguir os passos do ex-namorado e vai para Tóquio em busca da fama, planejando ultrapassar a banda na qual ele entrou e mostrar para todos os poder de Osaki Nana.

“Não brinque comigo” — Osaki Nana

As duas acabam se unindo no mesmo trem para Tóquio e lidando com as coincidências de possuírem o mesmo nome e idade, além de acabarem alugando o mesmo apartamente. É aí que as duas começam a se aproximar e criar uma amizade com laços tão profundos com um amor inquebrável (as vezes eu chegava a pensar que elas iam terminar juntas).

Ai Yazawa trabalhou em torno dessa relação colocando diversos vínculos que fizeram a história se aperfeiçõar em vários aspectos. Hachi é traída pelo namorado que a fez ir para Tóquio e se vê reconstruindo sua vida enquanto se envolve com outros. Nana luta para manter sua banda unida (Black Stones), conseguindo trazer todos para a cidade e detonando com sua voz maravilhosa (trazida da cantora Anna Tsuchiya).

https://www.youtube.com/watch?v=SYtLk2GwLLs

Como Nana engloba diversos gêneros, é incrível como todos se encaixam perfeitamente e nos momentos exatos, entretanto, as partes engraçadas por vezes se colocam entre as sérias e tiram um pouco do valor da cena, dando um aspecto mais “leve” em partes que, em minha opinião, deveriam ser levadas mais a sério.

Desenvolvendo-se periodicamente e mantendo seu foco, Nana e Ren (seu ex-namorado) acabam se reencontrando e quando pensamos que ela vai dar um fim à relação (com o coração na mão, claro), eles reatam e tudo passa a ser normal novamente.

Honjo Ren se encaixa perfeitamente no estilo de Nana, guitarrista punk que nos faz apaixonar junto com ela (exceto pelo fato de tê-la deixado, mas eu não o culpo. A gente nunca sabe o que faríamos para seguir um sonho). Ele segue com um pouco de mistério até que o encanto quebra e sua história vai sendo revelada aos poucos, junto com suas antigas amizades com os membros do Trapnest assim como sua história com Yasu (que aparentemente tem uma certa paixão por Nana, também).

Um casal desses.

No final tudo acaba sendo uma mistura entre Hachi e seus amigos antigos, os membros do Black Stones e do Trapnest.

Eu queria falar também que são muitas personalidades engraçadas que nos fazem dar altas risadas enquanto acompanhamos. Por carregar o genero Slice of Life, Nana traz também diversos aprendizados para a vida. Situações que a gente não pode imaginar mas que acontecem no nosso cotidiano, nos fazendo tomar escolhas que são as melhores para o nosso futuro mas as vezes não são o que o coração pede.

E, por fim. Eu queria falar que eu não fiquei nada satisfeita com o final. Claro que o mangá ainda está rolando e eu vou acompanhar, mas ainda acho que eles poderiam muito bem ter fechado o anime com um final que não fazem as pessoas correrem para ler o mangá e entender o que aconteceu (já que nem todo mundo lê as histórias e gosta de ter um final fechado e sem perguntas para serem feitas).

Até a próxima.

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Anna Clara Lôbo
Lôba no Covil

Jornalista que se apaixonou pela área de experiência do usuário.