Construindo um time de Ciência de Dados cada vez mais inclusivo

Ao longo da história do time de Data & Decision Science da Loft viemos nos dedicando cada vez mais em aprender e nos aprofundar no problema de Diversidade & Inclusão que existe no mercado de tech, tentando atuar para fazer a diferença. Entregamos o Loft School, abrimos vagas exclusivas, criamos um comitê de diversidade que define metas de D&I, e outros. Sabemos que estamos só começando, e gostaríamos de aumentar ainda mais a diversidade do nosso time. Se quiser saber mais sobre como estamos em questão de diversidade, dá uma olhada nesse post, lá você fica por dentro de como é nossa equipe hoje.

Nesse post eu gostaria de falar um pouco mais sobre Inclusão, o que temos feito e o porquê dessas ações. Quando falamos de Diversidade e Inclusão (D&I) tentamos sempre ter em mente que melhorar um dos quesitos não resulta necessariamente em melhorar o outro. Ser um time mais diverso é algo que buscamos e ao mesmo tempo queremos que todas as pessoas se sintam bem e confortáveis, sendo quem realmente são e sentindo-se incluídas no time. Contudo, com a equipe dobrando no começo da pandemia, chegamos a um momento em que a maioria das pessoas nunca tinham ido ao escritório ou conhecido presencialmente outras pessoas do chapter. Dessa forma, saber se estávamos atingindo nosso objetivo de inclusão ficou muito mais desafiador.

Para alcançar um time mais diverso e inclusivo criamos um comitê de D&I dentro do Chapter, com OKRs (Objectives and Key Results) trimestrais, um roteiro de ações e formas de medir nosso avanço.

Foram 3 objetivos criados no último trimestre:

1. Atração de público mais diverso e reconhecimento da comunidade: ser um time comprometido com D&I e atrair/inspirar pessoas.
2. Promover um ambiente em que o senso de inclusão seja unânime: queremos que todas as pessoas no time de DS sintam-se seguras e incluídas.
3. Uso de dados para promoção de D&I: contribuir para a discussão de diversidade de uma forma ampla e usando nossa expertise.

A seguir, contamos mais sobre que ações tomamos para atingir essas metas.

Forms do bem

A primeira ação que tomamos, muito relacionado com o segundo objetivo, foi para mensurar como estávamos. Criamos uma pesquisa anônima, carinhosamente chamada de Forms do Bem, na qual enviamos a cada quinzena para todas pessoas do time, medindo a temperatura de como cada integrante está se sentido em relação ao Squad e Chapter, estimando se existe abertura das pessoas em falar de problemas com a liderança, verificando se houve casos de alguém não conseguir falar na nossa reunião semanal por não se sentir confortável e finalmente se a pessoa se sente incluída no chapter. Este último ponto mensuramos por meio da pergunta abaixo, na qual buscamos que todos estejam entre 4 ou 5.

Um dos nossos primeiros resultados do Forms do Bem. Nosso objetivo aqui é atingir 0% de discordância (notas 3 ou abaixo).

Tendo esses dados em mãos, criamos reuniões quinzenais do comitê, para discutirmos quais ações poderíamos fazer para melhorar os índices medidos e acompanhar os avanços e dificuldades. A primeira delas foi o “What’s going on: Diversidade”, uma pauta fixa na nossa reunião semanal onde falamos sobre temas relacionados a D&I.

What’s going on, Diversidade

Visando mitigar dúvidas sobre D&I, no Chapter, criamos o “What’s going on: Diversidade” uma pauta fixa na reunião semanal de 10 a 15 minutos, sempre falando de algum tema relacionado. A pauta não é exclusivamente tocada por pessoas que se encaixam em grupos de diversidade, mas sim por todo o time, que está aprendendo junto sobre o tema. Discutimos sobre o que é ter participação ativa em D&I, como ter atitudes mais inclusivas e sobre os desafios de mulheres em tech, entre outros.

Eu particularmente sou muito fã dessa iniciativa, porque sinto que ela traz alguns benefícios com grande impacto no Chapter:

• Ter pelo menos 10 minutos reservados para falar de D&I toda semana mostra que sim, nós nos importamos com o tema e estamos constantemente comprometidos na mudança, o que pode trazer um sentimento de inclusão maior, principalmente para as pessoas de grupos sub-representados. Por sinal, já tivemos feedbacks muito positivos de novos integrantes do time.
• O Amir Kabel fala no post What Kind of Ally Are You? que precisamos aprender, desaprender e reaprender o que sabemos para ser um agente ativo na mudança. E agora temos um tempo semanal para aprendermos juntos, compartilhando diferentes temas, dúvidas e vivências.
• Por último é que estamos fortalecendo nossa cultura. Para uma pessoa fazer parte do time de Data & Decision Science da Loft ela tem que estar ciente que D&I é um dos nossos valores e vamos ajudá-la a caminhar na trilha de ser uma aliada no tema, basta ela estar aberta a isso!

Abaixo estão alguns exemplos do que já levamos nesse momento e as referências! ;D

Guia para liderança inclusiva.

• Referência: The Manager’s Guide to Inclusive Leadership — Small Habits That Make a Big Impact

Dicas para criar um ambiente mais diverso e inclusivo.

• Referência: The diversity and inclusion revolution

Desafios das mulheres em tecnologia.

• Referência: If you think women in tech is just a pipeline problem, you haven’t been paying attention

Como ser uma pessoa aliada a D&I.

• Referência: What Kind of Ally Are You?

Dicas de ter participação ativa em D&I.

• Referência: 10 Ways Employees can Support Diversity and Inclusion

Incentivo à participação nas iniciativas da Loft

Sabemos que cada pessoa teve um contato diferente com o tema de D&I, desde de quase nunca ter ouvido nada sobre, estudado um pouco o tema, ter a vivência em si ou até mesmo ser muito ativo na causa. Para ajudar a todos a aprenderem mais, conhecer outras experiências e se desenvolvendo culturalmente, incentivamos a participação nas iniciativas de diversidade da Loft.

Na Loft existem iniciativas a níveis de empresa (que você pode saber mais aqui), algumas delas são as células de grupos diversos (pride_at_loft, colors_at_loft, girl_power) e eventos trazendo palestrantes com representatividade ou até mesmo Clube do Livro na qual já debatemos o Pequeno Manual Antirracista.

Em uma das pautas do “What’s going on: Diversidade” comentamos como podemos ser uma pessoa aliada, mostramos que independente do contato que tivemos é possível ser parte da solução e um dos pontos principais é estar sempre buscando conhecimento, aprendendo cada vez mais.

Recrutamento com maior empatia

Queremos nos tornar uma equipe mais inclusiva antes mesmo de alguém entrar na Loft, por isso começamos a tomar ações voltadas ao nosso fluxo de recrutamento:

• Quando recebemos a aplicação de uma pessoa de grupos sub-representados, tentamos trazer para pelo menos uma etapa da processo outra pessoa que tem identificação com a mesma diversidade da pessoa candidata
• Fizemos uma revisão da comunicação das vagas e da comunicação entre as etapas do processo, visando um linguajar mais inclusivo
• Para as pessoas que não são aprovadas no processo, tentamos enviar feedbacks construtivos e materiais de estudo, para tornar o processo seletivo uma experiência positiva e de aprendizado para elas também
• Estamos aumentando a nossa dedicação de tempo ao funil de recrutamento, para manter consistência na experiência da pessoas candidatas e entregar todas essas ações

Tudo isso é pensado a partir de feedbacks internos e de pessoas candidatas que passaram pelo nosso funil anteriormente. Portanto, se você tiver alguma outra ideia que possa nos ajudar a ter um recrutamento mais humano, estamos ouvindo! :)

Outros projetos no forno

Existem outras iniciativas que estão em andamento:

• Projeto de ML para auxiliar a linguagem neutra que está no forno.
• Criação de conteúdo técnico escrito por pessoas de grupos sub-representados, para aumentar a representatividade na comunidade.
• Criação de uma trilha sobre D&I, colocando o que já estudamos e adicionando temas que ainda precisamos aprender, com o objetivo de criar uma base de conhecimento mais sólida para todos.

Essas foram as principais atitudes que tivemos nos últimos meses e já com essas iniciativas pudemos ver onde estão os pontos a desenvolver, montamos planos de ações, aprendemos mais culturalmente e conseguimos expandir nosso leque de pequenos comportamentos que impactam na inclusão de todos.

Se você tem outras dicas de como podemos ter um ambiente mais inclusivo, por favor, deixe em um comentário ou se puder entrar em contato! Sugestões são sempre bem vindas!

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#TransformeComAGente #OJeitoLoft.