Sobre ter coragem para agir… apesar do medo
Respire fundo, junte suas forças… e bora lá!
Você já esteve diante de uma situação desafiadora na vida, em que precisava ter uma conversa difícil com alguém muito querido, e não conseguia prever (por mais que calculasse) como seria recebida(o)? Não conseguia ter certeza sobre qual seria o possível desfecho dessa conversa?
Será que conseguirei ser assertiva(o) em minhas palavras? E dizer com verdade aquilo que precisa ser dito?
Serei paciente e amorosa ao receber a reação do outro com empatia e compreensão? Com “jogo de cintura”?
Todas essas indagações passaram pela minha cabeça. E por mais que eu me planejasse, me preparasse… percebi que haviam elementos nessa história que simplesmente não dependiam de mim, eram externos a mim, eu não poderia controlá-los.
Por dias fiquei reflexiva, pensava e pensava… até que a angustia de não ter aquilo bem resolvido ainda só crescia mim. E crescia… até atingir o auge!
Você já vivenciou alguma situação semelhante? Recobre rapidamente em sua memória e tente recordar como se sentiu nesse contexto.
Diante desse auge, após experienciar meu processo interno, após rever meus motivos, e compreender meus sentimentos — dentro das minhas possibilidades, claro — decidi qual ação eu iria tomar. Decidi finalmente qual seria minha postura naquela situação.
Sabe qual foi a pergunta interna que me fiz e foi capaz de me levar para a ação? Aquela que deflagrou a minha energia de ativação?
Bem, faço essa pergunta a você também:
Se eu for morrer em breve, tipo mês que vem (ainda que isso não esteja em meus planos, né?), como eu me sentiria em relação a esse fato? Eu desejaria ter resolvido quando tive a chance ou optaria por adiar mais?
Assim como diz Ana Cláudia Arantes, em seu singelo livro “A morte é um dia que vale a pena viver” (tem um TEDx de 18 minuto que resume bem o tema — clique para assistir), em minhas palavras eu digo:
É incrível como, ao falar de morte, a gente não está falando da morte de fato, mas sim de vida.
Ao olhar para a morte de frente, aqueles pequenos problemas, os medos menores, se tornam ainda mais frágeis, eles perdem força, dando lugar e valor àquilo que realmente importa.
Diante da finitude da vida, aquilo que for mais precioso e significativo para nós se agiganta em nosso coração, concedendo-nos uma maior clareza sobre qual é a atitude certa a ser tomada.
Você tem vivido como se nunca fosse morrer?
Foi assim que olhei para dentro de mim, e tive o insight. Essa angústia em meu peito, que só crescia, representava a atitude que eu já sabia que precisava ser tomada. Sim… eu já sabia o que precisava ser feito.
Assim eu me dei conta. Tomei coragem. Tomei folego. E orei.
Orei com sinceridade e lágrimas nos olhos, do fundo do coração.
Que o Senhor e a espiritualidade amiga possam me auxiliar e me intuir, pois sei que enfrentarei um desafio. Mas serei firme e forte, pois agora tenho clareza e não irei mais adiar isso, é preciso agir. Mesmo com medo. É preciso ter coragem, e agir apesar do medo.
De repente, o medo que até então me paralisava, paralisou a si próprio.
Muni a mim mesma de coragem, e dei os passos em direção ao diálogo desafiador que eu estava por enfrentar.
E ai? Como foi? Como me senti depois?
Bem, primeiramente, você pode ter imaginado:
Alívio! Ah! Como é bom! Eu falei o que precisava ser dito!
Depois, é claro que vieram as consequências potencialmente difíceis e complicadas associadas a esse momento, que eu sabia que poderiam vir, e algumas delas vieram.
Mas sabe o que eu pude compreender a partir disso?
Esses “monstros” e hipóteses que eu tanto temia, pareciam muito piores quando estavam apenas em minha cabeça. Agora que são reais, dispostos diante de mim, eu vejo a cara, a cor e o jeito deles, então está tudo bem (na medida do possível), agora sei com que preciso lidar de fato, de forma concreta.
Como enfrentá-los, afinal? Bem, nesse ponto, a vida já me mostrou com algumas lições sobre o tempo das coisas (clique para conhecer essa outra história) o grande poder da paciência… paciência.
Paciência é a ciência da paz. Como o tempo vem a cura. Tempoterapia. Isso também passa.
Aprofundando-me nessas reflexões, fui capaz de manter a minha serenidade diante da situação (a melhor serenidade que eu podia entregar). Tranquilizava-me saber que eu tinha sido íntegra. Eu havia respeitado os meus próprios valores. Fiz o que acreditava ser certo.
E essa sensação de estar em paz com a própria consciência… simplesmente não tem preço. Traz uma grande leveza na alma.
Bem, não sei se você já enfrentou alguma situação assim no passado. Ou se, quem sabe, exista algum contexto semelhante em seus dias atuais. Diante disso, fica aqui meu convite à reflexão. Olhe para o seu coração e se pergunte:
Do que eu tenho mais medo?
O que eu estou esperando para resolver essa questão?
Isso pode realmente ser adiado?
E lembre-se, como diz Nelson Mandela:
Aprendi que a coragem não e a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. A pessoa corajosa não é aquela que não sente medo, mas sim a que o conquista.
Bem, isso são apenas algumas reflexões baseadas em minhas vivências. E você? O que pensa sobre?
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