Sobre ter coragem para agir… apesar do medo

Respire fundo, junte suas forças… e bora lá!

Luana Reis
Releituras da Vida
5 min readApr 12, 2020

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Você já esteve diante de uma situação desafiadora na vida, em que precisava ter uma conversa difícil com alguém muito querido, e não conseguia prever (por mais que calculasse) como seria recebida(o)? Não conseguia ter certeza sobre qual seria o possível desfecho dessa conversa?

Será que conseguirei ser assertiva(o) em minhas palavras? E dizer com verdade aquilo que precisa ser dito?

Serei paciente e amorosa ao receber a reação do outro com empatia e compreensão? Com “jogo de cintura”?

Todas essas indagações passaram pela minha cabeça. E por mais que eu me planejasse, me preparasse… percebi que haviam elementos nessa história que simplesmente não dependiam de mim, eram externos a mim, eu não poderia controlá-los.

Por dias fiquei reflexiva, pensava e pensava… até que a angustia de não ter aquilo bem resolvido ainda só crescia mim. E crescia… até atingir o auge!

Fonte: https://br.pinterest.com/chellelins/imagens-leitora/

Você já vivenciou alguma situação semelhante? Recobre rapidamente em sua memória e tente recordar como se sentiu nesse contexto.

Diante desse auge, após experienciar meu processo interno, após rever meus motivos, e compreender meus sentimentosdentro das minhas possibilidades, claro — decidi qual ação eu iria tomar. Decidi finalmente qual seria minha postura naquela situação.

Sabe qual foi a pergunta interna que me fiz e foi capaz de me levar para a ação? Aquela que deflagrou a minha energia de ativação?

Bem, faço essa pergunta a você também:

Se eu for morrer em breve, tipo mês que vem (ainda que isso não esteja em meus planos, né?), como eu me sentiria em relação a esse fato? Eu desejaria ter resolvido quando tive a chance ou optaria por adiar mais?

Assim como diz Ana Cláudia Arantes, em seu singelo livro “A morte é um dia que vale a pena viver” (tem um TEDx de 18 minuto que resume bem o tema — clique para assistir), em minhas palavras eu digo:

É incrível como, ao falar de morte, a gente não está falando da morte de fato, mas sim de vida.

Ao olhar para a morte de frente, aqueles pequenos problemas, os medos menores, se tornam ainda mais frágeis, eles perdem força, dando lugar e valor àquilo que realmente importa.

Diante da finitude da vida, aquilo que for mais precioso e significativo para nós se agiganta em nosso coração, concedendo-nos uma maior clareza sobre qual é a atitude certa a ser tomada.

Você tem vivido como se nunca fosse morrer?

Foi assim que olhei para dentro de mim, e tive o insight. Essa angústia em meu peito, que só crescia, representava a atitude que eu já sabia que precisava ser tomada. Sim… eu já sabia o que precisava ser feito.

Assim eu me dei conta. Tomei coragem. Tomei folego. E orei.

Orei com sinceridade e lágrimas nos olhos, do fundo do coração.

Que o Senhor e a espiritualidade amiga possam me auxiliar e me intuir, pois sei que enfrentarei um desafio. Mas serei firme e forte, pois agora tenho clareza e não irei mais adiar isso, é preciso agir. Mesmo com medo. É preciso ter coragem, e agir apesar do medo.

Fonte: https://br.pinterest.com/pin/740631101201459795/

De repente, o medo que até então me paralisava, paralisou a si próprio.

Muni a mim mesma de coragem, e dei os passos em direção ao diálogo desafiador que eu estava por enfrentar.

E ai? Como foi? Como me senti depois?

Bem, primeiramente, você pode ter imaginado:

Alívio! Ah! Como é bom! Eu falei o que precisava ser dito!

Depois, é claro que vieram as consequências potencialmente difíceis e complicadas associadas a esse momento, que eu sabia que poderiam vir, e algumas delas vieram.

Mas sabe o que eu pude compreender a partir disso?

Esses “monstros” e hipóteses que eu tanto temia, pareciam muito piores quando estavam apenas em minha cabeça. Agora que são reais, dispostos diante de mim, eu vejo a cara, a cor e o jeito deles, então está tudo bem (na medida do possível), agora sei com que preciso lidar de fato, de forma concreta.

Como enfrentá-los, afinal? Bem, nesse ponto, a vida já me mostrou com algumas lições sobre o tempo das coisas (clique para conhecer essa outra história) o grande poder da paciência… paciência.

Paciência é a ciência da paz. Como o tempo vem a cura. Tempoterapia. Isso também passa.

Aprofundando-me nessas reflexões, fui capaz de manter a minha serenidade diante da situação (a melhor serenidade que eu podia entregar). Tranquilizava-me saber que eu tinha sido íntegra. Eu havia respeitado os meus próprios valores. Fiz o que acreditava ser certo.

E essa sensação de estar em paz com a própria consciência… simplesmente não tem preço. Traz uma grande leveza na alma.

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Bem, não sei se você já enfrentou alguma situação assim no passado. Ou se, quem sabe, exista algum contexto semelhante em seus dias atuais. Diante disso, fica aqui meu convite à reflexão. Olhe para o seu coração e se pergunte:

Do que eu tenho mais medo?

O que eu estou esperando para resolver essa questão?

Isso pode realmente ser adiado?

E lembre-se, como diz Nelson Mandela:

Aprendi que a coragem não e a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. A pessoa corajosa não é aquela que não sente medo, mas sim a que o conquista.

Bem, isso são apenas algumas reflexões baseadas em minhas vivências. E você? O que pensa sobre?

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Luana Reis
Releituras da Vida

Releituras da vida. A arte da busca pelo equilíbrio entre o que importa e o que é necessário.