Crônica crônica
Enquanto estou sentado aqui neste banco, no alto, um sem número de pessoas passa diante dos meus olhos, distantes (fisicamente) não mais que alguns metros, mas distantes (conscientemente) anos-luz. Algumas estão indo, outras estão vindo. Imagino que todas elas têm nome. Cada uma tem um nome. Cada uma tem memórias, uma sucessão de batalhas já travadas e outras tantas por travar. Cada uma sente, prazer e agonia, felicidade e medo, esperança e queda. Cada uma delas sente. Quantas lágrimas já derramaram (derramamos) hoje? Quantas lágrimas seguraram (seguramos) por vergonha? Qual a proporção dos que odeiam o destino da rotineira viagem em relação às que anseiam por ele? Quantas estarão a fazer o mesmo que eu, a transformar o cotidiano em observação, pessoas reais em temas de pensamentos? E quantas estarão a cegar os próprios olhos, ainda que pareçam abertos, e a tapar os ouvidos com música num esforço para se ausentar?
Que sonhos realizar-se-ão, e que tantos se enterrarão metafórica ou (e) factualmente?
Entendo a imensa diversão em observar de longe.
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