Crônica crônica

Guilherme Zanoni
Medium Brasil
Published in
2 min readDec 4, 2015

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Enquanto estou sentado aqui neste banco, no alto, um sem número de pessoas passa diante dos meus olhos, distantes (fisicamente) não mais que alguns metros, mas distantes (conscientemente) anos-luz. Algumas estão indo, outras estão vindo. Imagino que todas elas têm nome. Cada uma tem um nome. Cada uma tem memórias, uma sucessão de batalhas já travadas e outras tantas por travar. Cada uma sente, prazer e agonia, felicidade e medo, esperança e queda. Cada uma delas sente. Quantas lágrimas já derramaram (derramamos) hoje? Quantas lágrimas seguraram (seguramos) por vergonha? Qual a proporção dos que odeiam o destino da rotineira viagem em relação às que anseiam por ele? Quantas estarão a fazer o mesmo que eu, a transformar o cotidiano em observação, pessoas reais em temas de pensamentos? E quantas estarão a cegar os próprios olhos, ainda que pareçam abertos, e a tapar os ouvidos com música num esforço para se ausentar?
Que sonhos realizar-se-ão, e que tantos se enterrarão metafórica ou (e) factualmente?
Entendo a imensa diversão em observar de longe.

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