Os últimos dias de NaNo são os piores: Reta final

Gabs
metaWriMo
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3 min readNov 28, 2015

Faltam 60 horas para o fim do NaNoWriMo e eu estou há menos de 6 mil palavras de concluir o desafio. Parece fácil, né? Então deixa eu te contar como está sendo esse meu último fim de semana de NaNo.

1- Na última semana eu fui tão mal quanto é humanamente possível na prova final de uma disciplina da faculdade e por causa disso as minhas chances de não reprovar nela são mínimas. Isso implica em passar mais uma vez por uma das experiências mais angustiantes e desmotivadoras dos meus vinte aninhos de vida;

2- Por ter perdido tempo para estudar para essa prova, me atrasei bastante na wordcount do NaNoWriMo e nos últimos dias eu precisei bater a cabeça no teclado para me recuperar do prejuízo, o que abalou um pouco a confiança com a qual o início do NaNo havia me presenteado (como eu vou falar para vocês em outra publicação que deve sair amanhã ou depois);

3- Passei a semana inteira planejando trabalhar na minha wordcount na sexta-feira, já que eu estaria mais tranquila, mas a sexta-feira chegou e foi embora e eu me distraí com mil outras coisas;

4- Na segunda feira, que é o último dia do NaNo, eu preciso entregar um trabalho daquela matéria em que eu estou a um fio de reprovar e esse trabalho é a minha única chance de fugir dessa furada (e, diga-se de passagem, eu ainda nem comecei a fazê-lo);

5- Na mesma segunda-feira eu vou apresentar uma palestra a noite e não sei nem se chego em casa antes de dezembro, então preciso concluir e comprovar minha wordcount até o fim da tarde.

Com todos esses fatores conspirando contra mim, as chances de que eu não consiga escrever as míseras 6 mil palavras que faltam para concluir o desafio são bem grandes.

Fiquei bem chateada com isso a princípio, mas passou. Porque no fim das contas, o que importa não é o certificado de vitória do site do NaNo, nem o desconto de 50% que os vencedores ganham na compra do Scrivener (ainda que eu vá ficar muito triste por perder isso porque o Scrivener é maravilhoso, mas também é caro demais para o meu orçamento). O que importa é que eu realizei um dos meus objetivos de vida e minha meta pessoal do NaNo, que era apenas completar uma história, independente do número de palavras que ela tivesse. E eu cheguei muito, muito perto das sonhadas 50 mil palavras.

Pela primeira vez em anos, eu me dediquei à escrita quase todos os dias durante um mês e isso significa muito para mim. Eu me esforcei muito, não entreguei os pontos, e essa experiência me lembrou de como escrever me faz bem.

Tão bem que eu estou tentando um emprego como jornalista.

Então se você está triste porque não vai conseguir completar o desafio do NaNo, não fica, não. Eu tenho certeza de que você ganhou alguma coisa com a sua participação. Talvez tenha servido para você ganhar experiência e aprimorar suas habilidades de escrita, talvez tenha te dado boas dicas do que não fazer em novembro do próximo ano, ou talvez só tenha sido divertido enquanto durou.

Ei, se eu — uma pessimista inveterada — sou capaz de ver o copo meio cheio, você também é! Força nessas últimas horas, nos vemos na linha de chegada, seja lá com quantas palavras tenhamos escrito até lá.

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“There is no aspect, no facet, no moment of life that can’t be improved with pizza” — Daria Morgendorffer