Antero de Quental: o bardo dos novos tempos

Maria Luiza Rosa Barbosa
REVISTA MULTISSEMIOSES
15 min readFeb 15, 2023
“Antero de Quental e seus escritos”, de @ Maria Luiza Rosa Barbosa (2023) | Fotomontagem com fac-símiles e imagens do acervo digital da Biblioteca Nacional de Portugal (PORTUGAL, 2009)

As efervescentes transformações nas ciências e na política e as revoluções estéticas no campo da arte e da literatura não só provocaram rupturas, mas também encerraram uma continuidade ao longo do século XIX (cf. PAZ, 1984), período em que a poesia, notadamente, oscilou “[…] entre estes dois extremos: a tentação revolucionária e a tentação religiosa.” (PAZ, 1984, p. 58). É, pois, nesse contexto que surge a figura de Antero de Quental (1842–1891) no cenário da cultura portuguesa. Dotado de talento poético, de inteligência aguda, de vasta cultura e de um olhar perspicaz a respeito das questões de seu tempo, ele foi um dos principais integrantes da Geração de 1870, grupo literário que infundiu o espírito contemporâneo nas letras portuguesas. É considerado, tomando-se como base o ponto de vista filosófico, o “[…] maior vulto da Geração de 70, com uma obra que se estende da poesia à prosa, passando por um rico epistolário de grande importância para a delimitação das várias fases do seu pensamento.” (CALAFATE, 1998, não paginado).

Símbolo da Geração de 70, Antero tornou-se não só “[…] referência obrigatória na poesia, no ensaio filosófico e literário, no jornalismo, mas também nas lutas pela liberdade de pensamento e pela justiça social, onde se afirmou como ideólogo destacado.”, como sublinha Martins (2016, não paginado). Convém, igualmente, pontuar que, na qualidade de escritor, cidadão, filósofo, pensador oitocentista, Antero viveu

[…] na encruzilhada do seu tempo. A tragédia do fim do século português encontra-se com a tragédia que marca a sua vida e se torna essencial para compreender a sua obra e acção. A vida (e obra) de Antero é uma sucessão contínua de chegadas e partidas, um recomeço constante, caracterizado, como notou Oliveira Martins, por uma profunda e ambivalente conflitualidade dialéctica entre o sentir trágico que experimenta e racionaliza perante a impotência de não encontrar o que busca e o anseio renovado de retomar o caminho. (SECO; PEDROSA, 2012, p. 193).

O “bardo dos novos tempos” — epíteto que Eça de Queirós conferira a Antero — legou à posteridade uma vasta produção literária que inclui obras de intenção social, filosófica e política. Nessas obras, manifesta a angústia de uma vida atormentada, marcada pela dualidade (cf. GRÜNEWALD, 1991). De um lado, o homem combativo — fortemente influenciado por Hegel e Proudhon — e revolucionário que desejava transformar a sociedade. De outro, o sujeito marcado pela educação tradicional, formação religiosa, profunda tendência à contemplação e pela especulação metafísica (cf. SARAIVA; LOPES, 1975). A vasta produção anteriana foi traduzida em diversos países da Europa, o que lhe conferiu renome internacional, tornando-se um dos poetas portugueses que obteve maior projeção mundial e reconhecimento universal, sendo lido e admirado por grandes nomes da literatura, como Lev Nikolaevitch Tolstoi, Fernando Pessoa e Miguel de Unamuno — este último, inclusive, valeu-se de excertos de textos anterianos como mote para seus escritos, por exemplo (cf. VALDEMAR, 2018; LÁZARO, 2016).

Concebendo que a poesia era essencialmente revelação do ser, Antero costumava afirmar que o soneto era onde tinha posto mais verdade pessoal, sendo expressão exata do que seu íntimo sentia. Nesse sentido, sua produção poética pode ser considerada como síntese de sua trajetória biográfica e literária, como observa Nicola (1999). Ao analisar a produção anteriana, o referido estudioso afirma, por exemplo, que as

· […] primeiras poesias, anteriores à Questão Coimbrã, refletem uma postura ainda romântica, ora apresentando uma religiosidade à moda de Herculano, ora experiências amorosas idealizadas. Dessa primeira fase, temos os volumes Raios de extinta luz e Primaveras românticas.

· Os poemas de Odes Modernas representam um marco em sua obra: inauguram a fase da poesia revolucionária e dos agitados dias de Coimbra.

· Sonetos, o livro mais completo e revelador de Antero de Quental, é uma reunião de 109 sonetos de diversas fases, desde seus tempos de estudante até a fase metafísica, do final de sua vida. (NICOLA, 1999, p. 162).

Tendo isso em vista, é importante sublinhar que os sonetos constituem “[…] o melhor conjunto da obra poética amadurecida de Antero.” (SARAIVA; LOPES, 1975, p. 933), uma vez que, neles, o poeta utilizou-se do verso decassílabo com grande mestria, fugindo à temática de cunho prosaico. Embora alguns enfoquem o amor platônico, fundamentalmente alegórico, nos demais o poeta se preocupou em discutir a existência ou não de Deus e questões de ordem social e política ou mesmo metafísica, como se pode observar no soneto “Tormento do Ideal”:

Conheci a Beleza que não morre
E fiquei triste. Como quem da serra
Mais alta que haja, olhando aos pés a terra
E o mar, vê tudo, a maior nau ou torre,

Minguar, fundir-se, sob a luz que jorre;
Assim eu vi o mundo e o que ele encerra
Perder a cor, bem como a nuvem que erra
Ao pôr do sol e sobre o mar discorre.

Pedindo à forma, em vão, a idéia pura,
Tropeço, em sombras, na matéria dura,
E encontro a imperfeição de quanto existe.

Recebi o batismo dos poetas,
E assentado entre as formas incompletas,
Para sempre fiquei pálido e triste.

(QUENTAL, 1991, p. 135).

Note-se que, nesse soneto, a beleza, a criação poética e a palavra estão em questão e traduzem toda a angústia em que o eu-poético se encontra, refletindo seu dualismo e sua incapacidade de se adaptar à realidade. Refugia-se, pois, em uma reflexão metafísica como forma de resistência ao mundo que o cerca, embora tenha noção de que é por meio da palavra que o homem é capaz de se libertar, isto é, por meio da “Idéia” o ser humano pode transformar o mundo. Assim, a criação poética seria o refúgio “Ideal” dotado de beleza e revestido dos mais altos valores do pensamento humano. Percebe-se que o poeta questiona, também, a falta de clareza nas ideias humanas em relação aos valores verdadeiros que deveriam guiar o homem, uma vez que os homens do século XIX negavam tudo o que poderia ser considerado clássico, como o bem, o belo e a verdade.

O homem moderno, portanto, pauta-se no materialismo e no utilitarismo. Com base nesse soneto — e em outros textos –, é possível inferir que Antero concebia o Belo ainda sob uma perspectiva neoplatônica, pautada no Bom/Bem e Verdade (cf. COELHO, 1965; SECO; PEDROSA, 2012; MARTINS, 2016). Além disso,

[n]esta ordem de ideias, o Belo assume-se como a expressão mais sublime do Bem, “porque introduz a ordem na diversidade, o todo nos elementos fragmentados, conferindo-lhes harmonia e equilíbrio” (Quental 1864: 14). Se a ética é mola propulsora para revolução social, a estética será a sua parceira ideal no vislumbrar do mundo novo. Unindo a dimensão ética com a estética num processo inclusivo, o poeta salienta a importância da primeira, pelo desenvolvimento dos valores e das virtudes que potencia e a imprescindibilidade da segunda, pelos estímulos à criatividade, sem a qual a ordem e a harmonia não passam de uma pura ilusão, “que lança o homem no erro e o afasta do caminho da verdade” (Quental 1864: 15). (SECO; PEDROSA, 2012, p. 205).

Cabe ressaltar, ainda, que é possível antever nos escritos poéticos e filosóficos de Antero a transferência de seu antigo fervor religioso “[…] para algo que oscila entre o panteísmo e a cosmologia idealista dialética de Hegel, o ideal de uma Revolução à Proudhon, norteada por uma Justiça imanente à Consciência.” (LOPES, 1983, p. 124). Outro aspecto a considerar, como sublinha Amorim (2009, não paginado), é o desejo latente de “modernizar” o discurso poético, a fim de “[…] afiná-lo com as novas ideias acerca da história, da ciência, da literatura.”; justamente por isso, Antero busca “[…] alterar o código estilístico tradicional e defende uma poesia utilitária, rejeitando a ideia de ‘arte pela arte’. Advoga para o poeta o lugar de apóstolo da verdade e inaugura um novo caminho na produção poética portuguesa […].” (AMORIM, 2009, não paginado, grifos da autora). O poeta propunha realizar, portanto, a revolução por meio da poesia, o que se pode depreender a partir da leitura de Nota sobre a missão revolucionária da poesia, posfácio às Odes Modernas, livro publicado em 1865, em especial quando afirma que a “[…] poesia moderna é a voz da Revolução.” (QUENTAL, 2009 [1865], p. 72). Nessa perspectiva, a poesia

[…] que quiser corresponder ao sentir mais fundo do seu tempo, hoje, tem forçosamente de ser uma poesia revolucionária. Que importa que a palavra não pareça poética às vestais literárias do culto da arte pela arte? No ruído espantoso do desabar dos Impérios e das Religiões há ainda uma harmonia grave e profunda para quem a escutar com a alma penetrada do terror santo deste mistério que é o destino das Sociedades! (QUENTAL, 2009 [1865], não paginado).

Percebe-se, portanto, que Antero esteve — tanto como poeta quanto como militante do socialismo português — atento às questões sociais e políticas de seu tempo, infundindo as ideias socialistas e as novas concepções científicas e filosóficas na mentalidade portuguesa do século XIX. Dessa forma, deixou assinalado nos anais da História sua contribuição em distintos campos do saber, justamente porque o fazer literário já é em si mesmo uma forma de denúncia. O poeta escreve porque tem algo a dizer; e a seleção dos temas por ele abordados também exprime sua posição perante o mundo. Assim, transmite-se uma realidade ao leitor, para que este, ao conhecê-la, também se posicione e queira modificá-la (cf. SARTRE, 2004 [1948]). Dado o exposto, é possível inferir que Antero “[…] se reconhece na Revolução. Ela o atrai porque é o tempo em que a literatura se faz história. Ela é a sua verdade.” (BLANCHOT, 1997, p. 309).

Embora Antero não tenha conseguido promover mudanças estruturais ou sociais que viabilizassem libertar miseráveis e oprimidos, é inegável seu papel de destaque no âmbito das letras portuguesas; esse papel, inclusive, começou a se desenhar quando ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1859. Além de ser aclamado como líder e porta-voz dos estudantes, também foi “[…] autor de vários manifestos contra o conservadorismo intelectual e sócio-político do tempo.” (MARTINS, 2016, não paginado). Os sonetos anterianos não apresentam, contudo, inovação significativa, uma vez que ainda guardam pontos de contato estilísticos e temáticos com os sonetistas clássicos, tanto no vocabulário, especialmente o uso de adjetivos, e na musicalidade, quanto na universalidade, isto é, na análise das eternas questões que afligem a humanidade. Em relação aos sonetos, Saraiva e Lopes (1975) argumentam, por exemplo, que

[…] faltam a Antero imagens, apelo à experiência sensorial mais imediata, e faltam-lhe cambiantes humorais — qualidades tolhidas por uma atenção mais firme ao travejamento conceptual, e sobretudo por um fundo, algo inflexível, de exemplaridade moral, que também lhe não permitiu aceitar o realismo de O Crime do Padre Amaro, nem assimilar senão uma caricatura de Baudelaire. (SARAIVA; LOPES, 1975, p. 934).

Apesar dessa crítica contundente, é relevante considerar que, se a linguagem literária se caracteriza tanto pela inquietude quanto pelas contradições (cf. BLANCHOT, 1997), a trajetória de Antero, considerando-se sua vida e sua obra, parece “[…] representar, emblematicamente, a micrometáfora do destino coletivo, aprisionado às malhas do idealismo imobilizador, que almeja a perfeição absoluta e se recusa a conviver com o erro, a incerteza, a imperfeição. (MOISÉS, C. F., 2001, p.154). Por certo, expor apenas as concepções de cunho mais filosófico poderia parecer, àqueles que se debruçaram sobre a vida e a obra de Antero, uma forma grandiloquente de apresentá-lo para a posteridade. Nesse sentido, cabe lembrar que, no entendimento de Lourenço (1978), Antero

[…] se tornou, a justo título, a figura mítica da Geração é porque nele, e só nele, sob todos os planos, desde o vital ao poético, se revelou o carácter trágico e mesmo esquizofrênico ou pelo menos neurótico dessa interpelação do ser matricial, maternal. […]. A cisão verificada entre o Portugal real e o Portugal sonhado e exigido, torna-se forma mental e é elevada a uma espécie de dignidade ontológica. Antero é primeira consciência portuguesa separada de si mesma, irredutivelmente dual. A dualidade sentimental ou psicológica já tivera expressão no romantismo e procedia de longa tradição lírica, mas não existia ainda sob forma metafísica e vivencial que Antero lhe conferirá. Há uma exacta correspondência entre a forma como ele concebe e vive a ruptura com a realidade pátria e o seu célebre dualismo. (LOURENÇO, 1978, p. 92–93).

Ainda em se tratando dos sonetos anterianos, é importante sublinhar que, neles, Antero “[…] conseguiu transfigurar em sínteses poéticas as suas ricas e complexas experiências de vida.” (COELHO, 1965, p. 66); oscilando entre a poesia “realista” e a “metafísica”, trilhou uma trajetória filosófica e moral que está, em grande medida, documentada em seus sonetos, os quais se caracterizam pela complexidade temática (cf. MOISÉS, M., 1985). É, ainda, importante considerar que o poeta, como argumenta Massaud Moisés (1985, p. 312–313), “[…] percorreu, num sentido acronológico, várias fases ou modos, não raro desencontrados ou colidentes.”. Esses sonetos viabilizam, por conseguinte, “[…] descortinar em Antero uma insopitável visão romântica do mundo, romântica na medida em que era generosa, metafísica e sonhadora.”, ressalta Massaud Moisés (1985, p. 313). Assim, Antero — ou o “Príncipe da Mocidade”, epíteto que também lhe fora atribuído por Eça de Queirós — consubstancia-se como o arauto do futuro (cf. SARAIVA, 1999), como se depreende no poema “A um poeta”:

(Surge et ambula)

Tu que dormes, espírito sereno,
Posto à sombra dos cedros seculares,
Como um levita à sombra dos altares,
Longe da luta e do fragor terreno.

Acorda! É tempo! O sol, já alto e pleno
Afugentou as larvas tumulares…
Para surgir do seio desses mares
Um mundo novo espera só um aceno…

Escuta! É a grande voz das multidões!
São teus irmãos, que se erguem! São canções…
Mas de guerra… e são vozes de rebate!

Ergue-te, pois, soldado do Futuro,
E dos raios de luz do sonho puro,
Sonhador, faze espada de combate!

(QUENTAL, 1994, p. 53).

Ao analisar o poema, observa-se que, embora o poeta mostre-se, inicialmente, em uma posição passiva em relação ao mundo que o cerca, em especial às questões sociopolíticas, o eu poético exorta o “Tu” (“soldado do futuro”) a mudar de atitude e a agir, usando a poesia como arma revolucionária, de modo a promover o advento de um mundo novo. Para isso, vale-se do emprego do vocativo, de formas verbais no modo imperativo (“Acorda!”, “Ergue-te”, etc.), de figuras de linguagem, como metáfora, personificação, antítese, aliteração, gradação, apóstrofe, entre outras , e de palavras do campo lexical relacionado à “guerra”. Cumpre destacar, ainda, que é em sonetos como esse que Antero se imortaliza em âmbito nacional e universal, uma vez que eles condensam

[…] as indagações em torno da angústia metafísica e o desespero físico que o torturaram e conduziram, numa tarde cinzenta, húmida e opressiva de Setembro, e numa praça pública da sua ilha de S. Miguel, ao trágico encontro com a morte. […]. Foi, portanto, na concisão lapidar do soneto, que Antero manifestou as crises de incerteza, as dúvidas pertinentes, os fantasmas interiores, as derrocadas sentimentais que exacerbaram o pessimismo em que mergulhara. O suicídio acabou por ser o desfecho para se libertar de uma vida insuportável.(VALDEMAR, 2018, p. 9).

Importa, enfim, considerar que, no entendimento de Hess (1999), embora as primeiras obras de Antero apresentem significativas diferenças temáticas e estilísticas, as características da produção inicial do poeta se presentificam em suas obras posteriores, inclusive em “sua fase de maturidade”. Ademais, as imagens poéticas anterianas “[…] não são plásticas e descritivas, mas resultados concretos de idéias. Cada uma visa atingir a perfeição de uma verdade e não a fria limitação das linhas de um contorno; são verdadeiramente expressões de um mundo interior e não impressões da realidade exterior.” (COELHO, 1965, p. 67, grifos da autora).

Galeria

Fotomontagem: @ Maria Luiza Rosa Barbosa / Multissemioses (2023)

Referências

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Texto autoral : Maria Luiza Rosa Barbosa [1]

Nota

[1] A primeira versão deste texto foi produzida em 2010, mas não foi submetida para publicação naquela ocasião. O texto ora publicado é fruto da referida versão, porém revista e modificada em alguns pontos, com acréscimo, inclusive, das fotomontagens produzidas pela autora.

Como citar este texto:

BARBOSA, Maria Luiza Rosa. Antero de Quental: o bardo dos novos tempos. Multissemioses, Florianópolis (SC), não paginado, 15 fev. 2023. Disponível em: https://medium.com/multissemioses-belas-artes/antero-de-quental-o-bardo-dos-novos-tempos-402b8aa11597. Acesso em: 18 abr. 2023.

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Maria Luiza Rosa Barbosa
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Linguista | Pesquisadora | Professora | Assessora de Linguagem | Designer Educacional | Editora