As pioneiras reservas da primeira coleção do Sistema Natus

Flávio Ojidos
Natus
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4 min readJun 11, 2021

Flávio Ojidos — Co fundador do Sistema Natus

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Foto de Guilherme Perez. Descrição: Marcelo Haddad, Cris Kellyns, Pedro Lobão, Flávio Ojidos, Caio Bellinati e Levy Dantas visitando a RPPN Gigante do Itaguaré.

Uma ideia com visão de futuro e quatro pessoas decididas a tornar isso uma realidade. Essa foi a semente do Sistema Natus, cujas primeiras reuniões aconteceram no mês de abril de 2019. Desde então, foram diversos os encontros presenciais e virtuais e inúmeras as horas dedicadas ao estabelecimento de todos os arranjos e mecanismos necessários para que o sistema fosse concebido.

A primeira coleção de Natus Unity conta com a participação de cinco reservas naturais, sendo que duas, a Neivo Pires e a Gigante do Itaguaré, pertencem a dois dos fundadores da iniciativa, respectivamente Laercio Sousa e Flávio Ojidos. As outras três reservas naturais participantes da primeira coleção são de proprietários que acreditaram nas pessoas por trás da ideia e colocaram suas reservas à disposição para o projeto. Vamos conhecer um pouco mais de cada uma delas!

A RPPN — Reserva Particular do Patrimônio Natural La Figueira pertence ao Thomas Brieu e ao Rodrigo Vieira. Ambos residem na propriedade que abriga a reserva em Piracaia, no interior de São Paulo. Thomas é um francês apaixonado pelo Brasil e Rodrigo é um artista do mundo da dança, ambos com fortes características empreendedoras e que confiam seus caminhos à sabedoria das árvores. Uma vez que conheceram a iniciativa, ainda pouco estruturada, não pensaram duas vezes em apoiar e colocar a reserva à disposição. Essa reserva protege 33,53 hectares do bioma Mata Atlântica.

A RPPN Morro das Aranhas tem um perfil diferente, pertence ao Hotel Resort Costão do Santinho, em Florianópolis, Santa Catarina. Seu gestor, Ciro Couto, grande parceiro do movimento conservacionista no Brasil, foi o responsável pela inclusão dessa reserva na primeira coleção do Natus Unity. O Costão do Santinho recebe milhares de turistas todos os anos e tem um trabalho muito sério na área ambiental, de modo que a participação dessa reserva traz consigo o potencial de comunicar a iniciativa ao grande público. Essa reserva protege 43,63 hectares do bioma Mata Atlântica.

A RPPN Sítio Bons Amigos, de propriedade de Marcos Antônio dos Santos, localizada em Manaus, no Estado do Amazonas, é a representante do bioma amazônico na primeira coleção do Natus Unity. Marcos é um estudioso e grande conhecedor do mundo dos morcegos, sendo que a RPPN promove uma série de atividades e iniciativas de educação ambiental em torno da proteção dessa espécie. Além disso, a reserva faz parte da Rede Latino-americana e do Caribe para a Conservação dos Morcegos. Essa reserva protege 31,93 hectares do bioma Amazônia.

A RPPN Neivo Pires, de propriedade do cofundador Laercio Sousa, fica localizada no município de Miranda, no Mato Grosso do Sul. Laercio é administrador de empresas e um conservacionista com mais de 20 anos de história de atuação no terceiro setor do Brasil em prol das RPPNs. Com grande carisma entre os RPPNistas, desde há muitos anos Laercio advogava pela necessidade de criação de uma “moeda verde”. Foi ele o responsável pela aproximação com Ranulfo e Karla, os outros dois fundadores da iniciativa. Essa reserva protege 461,91 hectares do bioma Pantanal.

Por fim, a RPPN Gigante do Itaguaré, de propriedade de um grupo de amigos, aqui representada pelo cofundador Flávio Ojidos, está localizada em Cruzeiro, no interior de São Paulo. Essa reserva protege um dos picos mais altos do Estado e faz parte de um grande corredor ecológico na Serra da Mantiqueira. Flávio Ojidos é um empreendedor da área ambiental que se dedica a projetos de geração de recursos para a conservação, o que deu origem ao livro “Conservação em Ciclo Contínuo”, cuja metodologia está sendo aplicada na prática na RPPN onde é gestor. Essa reserva protege 356,98 hectares do bioma Mata Atlântica.

Essa é a diversidade que alavanca o Sistema Natus. Essas cinco reservas são pioneiras em mobilizar seus ativos ambientais em um sistema que pretende marcar um divisor de águas na forma como a conservação em terras privadas é valorizada em todo o mundo.

A diversidade de perfis dos proprietários é também encontrada na diversidade de vida presente em cada uma dessas reservas. E assim é com as quase duas mil RPPNs existentes no Brasil e com as dezenas de milhares de Áreas sob Proteção Privada em todo o mundo. Cada uma com sua história, suas peculiaridades e vocações, mas todas com uma coisa em comum: ativos ambientais preservados para sempre provendo serviços ecossistêmicos para todo o mundo!

O Sistema Natus de criptoativos ambientais é uma iniciativa inovadora que une empreendedores, proprietários de Reservas Ambientais Privadas (PPAs) e pessoas usando o melhor da tecnologia blockchain para fortalecer a rede mundial de PPAs.

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Flávio Ojidos
Natus
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Consultor Ambiental. Head da Jataí Capital e Conservação. Cofundador do Sistema Natus de Criptoativos Ambientais.