Relatos
Uma história sem fim…
A cadeia de Montanhas chamada Vida
Aeroporto Internacional Afonso Pena, São José dos Pinhas (Curitiba) — 05 de maio de 2021, 09:39 da manhã
Esta foi nossa última foto antes de partirmos…
Pensamentos e emoções misturam-se e, assim como um um processo de infusão do chá em contato com água quente, rastros de reflexões transformadoras são dissolvidos.
Profundo como o ar puro respirado sobre as montanhas.
Sim… esta é a sensação.
Apesar das lágrimas e o peso no coração, está foi a sensação… a sensação de paz.
Os Ventos Sopram para o Leste novamente…
Para os que acompanham o blog há um tempo, sabem que venho planejando uma grande mudança do meu verde e amarelo Brasil para a terra dos grandes desbravadores do passado, Portugal.
Foram dois anos de planejamento e disciplina de um samurai para chegar até aqui, passando por trabalhos em restaurantes de alta gastronomia, navios de cruzeiro e sacrifícios que — para mim — enxerguei mais como a busca pela liberdade.
Contando as moedas, vivendo com o mínimo possível e, principalmente cuidando de minha saúde física e mental (eis um aprendizado que venho tirando com a pandemia… prezar pela saúde).
Não somente de sofrimento vivem os protagonistas
Não sei se já percebeu como um romance é estruturado, mas existe um protagonista (vulgo herói/heroína) pelo qual sempre almejou alcançar um objetivo, mas algo sempre o prendeu.
Até que acontece uma situação pelo qual é obrigado a tomar uma decisão ligada ao seu objetivo e que gerará diversas situações desafiadoras para que, ao final, finalmente alcance esse objetivo.
Se for bem sucedido, missão cumprida! Caso contrário… acaba-se tornando uma tragédia.
E por que estou compartilhando todas essas coisas com você?
Oras, porque a nossa vida é exatamente a mesma coisa! A diferença é que os protagonistas somos nós mesmos, com objetivos em mente - limitados a certas situações - até que chega um momento que precisamos (ou resolvemos) tomar uma decisão para mudar o rumo das coisas.
Pois bem, cara alma guerreira…
Como tem sido sua jornada? O que está a limitar você? Qual decisão deves tomar?
Bem filosófico e narrativo, mas assim é!
Do lodo nasce o lótus
Ainda não sentia-me à vontade em partilhar isso em público, mas a verdade é que desde dezembro aconteceram diversas situações que me desestabilizaram por completo.
Assim como um castelo feito de cartas soprado por alguém, um efeito cascata de quedas iniciou-se e jogou-me para baixo.
A começar por questões de saúde em minha família por conta da COVID onde, apesar de não terem ocorrido mortes, internamento foi uma realidade jamais imaginada.
Imagine-se preparando as malas de uma pessoa que você ama muito, pensando que talvez ela possa partir e nunca mais voltar…
Foi horrível… um desastre. Para piorar, também fiquei doente e tudo isso causou-me estresse e mal estar.
O mestrado o qual havia começado em outubro parecia não fazer mais sentido por conta de tantas notícias terríveis e cancelamentos frequentes de nossas viagens (minha e de meu irmão) a Portugal.
Por dias fiquei sem dormir, com uma insônia jamais vivida. As vezes pegava-me perguntando se um dia me tornaria louco e diversos outros pensamentos negativos.
A frustração era tanta que havia esquecido de como era sorrir.
Quem sou eu? O que está acontecendo comigo? Quando isso irá acabar?
Era o fim da linha… o próximo capítulo seria positivo ou tornar-se-ia uma tragédia? E agora, José?
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Uma luz batera em minha alma e bastou aquilo para que começasse - ainda que colericamente - a cuidar de mim novamente:
- Contratei uma nutricionista e um psicólogo para minha saúde, além de visitar diversos médicos;
- Passei a colocar-me em primeiro lugar;
- etc.
E o mais curioso disso, caros e caras, é que a vida SEMPRE é assim!
Algumas vezes, sobre a montanha, outras vezes sob o lodo. Se até mesmo a mais bela das flores nasce do lodo, por que nós não poderíamos aprender com ela e fazer o mesmo?
3º e Último Ato
Eis que - percebendo as limitações, decidindo tomar outro rumo e aceitando todos os seus desafios, finalmente chegamos ao último ato ou - tecnicamente falando - o clímax.
Até chegar nele, ainda há história para mais uma publicação. No entanto, finalmente estar aqui em Portugal é uma vitória.
E posso garantir que ao mesmo tempo que há montanhas escaladas hoje e no passado, vejo que há outras em minha frente.
E novamente corre a vida, seja nas ruas da Freguesia do Bonfim, no Porto; seja nas pequenas ruelas das comunidades nas diversas cidades do meu querido Brasil; seja nas estrelas há anos-luz de distância.
Uma verdadeira história sem fim…
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Abraços de Falcão,
Pablo Gauna
Escritor do blog O Chamado do Guerreiro.
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