The Infinity Saga — Vingadores Ultimato

Welbe
O Grotto
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4 min readApr 30, 2019

O como é complicado falar desse filme sem dar Spoiler…

Foram pelo menos 7 anos pra concluir o arco do Thanos desde a primeira aparição dele no final do primeiro filme dos Vingadores
Ou pelo menos 8 pra concluir o do Steve Rogers desde o primeiro vingador e a primeira aparição de uma Joia do Infinito (sem contar as notas do Howard Stark em Homem de Ferro 2)
Ou então 9 pra concluir o que o Tony Stark começou em 2008 ao som de Black Sabbath
Foram 11 anos e 21 filmes até que Endgame pudesse existir, sem os anteriores esse não era possível. Por isso falar desse filme como UM filme parece besteira, esse é um final, finais não existem sem os começos.

Por mais que o Kevinho diga que na verdade Homem Aranha Longe De Casa é o ultimo filme da fase 3, a gente sabe que Ultimato é o ultimo filme da saga do infinito, e é isso que o filme te entrega. Pode não ser extremamente surpreendente, até porque se trata de um final e você sempre sabe que no final… Acaba né? A diversão tava no caminho até la, não é porque você tem uma ideia do como vai acabar que toda a emoção de acabar deixa de existir…
(Toda a introdução pra esse texto pode ser usada do meu texto do ano passado falando sobre Guerra Infinita, o peso do filme é de uma forma o mesmo, a necessidade de bater na tecla dos 10 anos é a mesma.)

O filme começa onde Guerra Infinita te deixou, uma Terra assustada, desesperançosa que ainda tem problemas de superar o que o ‘estalo’ fez. Metade do universo ainda ta morto. Todo o primeiro ato do filme mantêm esse clima, por mais que as piadas e tom cômico que fez do MCU o MCU estejam la o tom é mais “sóbrio” consciente do que esta lidando e preparando as coisas com calma antes que tudo comece a se resolver, e quando elas começam o verdadeiro significado de Ultimato da as caras, é sim um final, mas é também uma carta de amor pra todo o caminho até ali. Cenas referenciam cenas feitas em filmes anteriores (não necessariamente com o mesmo final), falas puxam da memória as mesmas falas ditas anos atrás, personagens ganham outras chances de se resolver, outros ganham mais destaques na hora que menos parecia possível, até momentos dos HQs que nunca foram pras telonas são referenciados, todo fã ganha o seu service. São 3 horas de filme que sabe o que vai mostrar, se tem 3 horas é porque eles precisam de 3 horas pra contar tudo que precisava sem nada parecer corrido ou mal explicado.

É catártico do jeito que precisava ser, a ultima hora de filme foi o suficiente pra eu sentir o chão do cinema tremendo eram 3 da manhã e uma sala de cinema inteira tava gritando como se fosse final de copa. E com motivo, como eu disse e provavelmente vou repetir pra sempre: esse filme existe porque os últimos 10 anos também existiram, fazendo com que esse tivesse que entregar o que os últimos 10 anos prometeu, e entrega… Talvez de um jeito e numa escala que ninguém mais nunca vai ter a coragem de fazer, é mais do que só botar tudo na tela.

Os culpados disso devem ser Christopher Markus, Stephen McFeely (a dupla de roteiristas que também foram os responsáveis por todos os filmes do Capitão America e a criação da série de TV da Agent Carter), Joe Russo e Anthony Russo (Diretores dos mesmos filmes do capitão) que sabendo das expectativas fugiram de algo que pudesse ser comparado a um final de novela.

No final das 3 horas o misto de sentimentos, parece que ninguém nunca mais vai conseguir atingir esse nível do cinema pipocão, um marco foda na história do cinema você gostando ou não.
Você se sente grato te der visto isso acontecer, curioso pra saber o que tem por vim. Ainda mas depois de uma das cenas mais pro final do filme onde da pra ver claramente o manto sendo passado. Talvez Tony, Steve, Clint, Bruce, Natasha e Thor não sejam mais o centro das atenções, afinal parte da jornada é o fim, mas Peter, T’challa, Carol, Stephen e Scott ainda vão estar por aqui alguns anos. Sabe se la o que for, Kevin Feige deve continuar liderando o caminho enquanto a gente vai atrás tacando dinheiro pelo menos 3 vezes no ano.

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Welbe
O Grotto

Ninguém mais me aguentava falando das coisas que eu costumo falar, até que me mostraram o Medium pra eu falar sozinho.