Vingadores: Guerra InfinitAAAAAAAAAAA

Welbe
O Grotto
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4 min readApr 26, 2018

6 anos de espera. 10 de construção.

É muito complicado falar de vingadores assim, ainda no hype ja que fazem 4 horas que eu sai da sessão quando comecei a escrever. É difícil organizar as ideias quando parece se ter tanto pra falar e ao mesmo tempo pouco pra acrescentar.

A Marvel construiu durante 10 anos a maior franquia de filme da história, cada dia é mais difícil achar alguém que não saiba da existência de algum dos personagens.
Depois desses 10 anos coube aos Irmãos Russo (Anthony e Joe) terminar o que começou com mais exatidão no primeiro filme dos Vingadores la nos últimos segundos, Thanos (Josh Brolin) precisava chegar e encerrar o primeiro arco dos vingadores depois de fechar o arco de seus componentes.

Por sorte (Você não faz mais do que a obrigação Marvel) Guerra Infinita cumpre o proposito sem perder a essência do que fez o MCU ser o MCU ao mesmo tempo que parece assumir a responsabilidade de amadurecer quando não se via outra escolha. Como eu ja disse quando falei de Pantera Negra, a formula funcionar não significa que não possa ser melhorada.

O senso de urgência dessa vez é muito maior que os antecessores, desde seus primeiros minutos o filme faz questão de te mostrar que ninguém ta salvo e qualquer coisa pode acontecer, por mais que algumas coisas pareçam obvias quando acontecem a tensão que levam elas a acontecer são valiosas.

O acerto principal esta onde precisa acertar, Thanos tinha que funcionar pra que todo o filme funcionasse, tornar ele o protagonista da história se provou ser o movimento certo. Aqui ele é carismático, com motivações críveis, no tom certo pra não parecer bobo e nem deslocado do universo construído a tanto tempo, ele é mau, muito mau, cara brabo e ainda consegue ter bom humor e ser amável de um jeito meio fudido (Em uma cena eu até me senti torcendo pro Thanos de forma genuína. Talvez ainda esteja). A Marvel vem acertando nos vilões de uns tempos pra ca né?

A trama é guiada pela busca do Thanos pelas jóias que ainda faltam, durante a procura que a “humanização” (Não sei se da pra usar isso quando o cara é um alien) faz peso. O Gigante roxo mostra relações que faz com que ele se torne algo mais próximo de quem assiste, criando empatia graças a Gamora (Zoe Saldana) que faz com que o vilão tenha carga emocional.

Josh Brolin mostra que não é só de Andy Serkis que vive a captura de movimento

Mesmo que Thanos roubando a cena, existia ainda o desafio de conciliar tantos personagens de uma vez. O resultado é manter pequenos núcleos agindo ao mesmo tempo, fora do formato de 3 atos o filme se torna muito energético e faz com que as quase 3 horas de filmes pareçam 40 minutos.

Atenção especial para Mantis (Pom Klementieff) que se rouba todo fundo de cena em que ela participa e ainda se prova poderosa.

Tony Stark (Robert Downey Jr.) e Peter Parker (Tom Holland) repetem o que ja dava certo e agora acrescentam Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) que funcionam como “a parte terráquea” do que ainda adicionaria boa parte dos guardiões da galaxia na mistura.

Porém o ritmo e construção não é acompanhado pelo restante dos personagens, Capitão (Chris Evans), Viúva Negra(Scarlett Johansson), Banner(Mark Ruffalo) e todo a parte de Wakanda servem pra protagonizar cenas de ação, mas que pouco influenciam na história, todos parecem meio de lado a não ser Wanda (Elizabeth Olsen) e “Vis” (Paul Bettany) que recebem, por comparação, mais atenção do que nos filmes anteriores.

Guerra Infinita é sem duvida alguma um ponto de virada no universo da Marvel, o filme deixa isso incontestável.
Seu maior acerto é fazer do vilão a melhor coisa do filme quando tudo parecia apontar pra um palco cheio de heróis.
Seu maior erro pode nem ter sido durante o filme, saber que ano que vem tem outro filme (Que por mais que os Irmãos Russos falem que não, É SEGUNDA PARTE SIM.) tira um pouco do peso de algumas decisões que, por enquanto, parecem reversíveis. Ao mesmo tempo que me deixa na fila de ingresso pelos próximos 365 dias…

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Welbe
O Grotto

Ninguém mais me aguentava falando das coisas que eu costumo falar, até que me mostraram o Medium pra eu falar sozinho.