Você não é especial

Ricardo C. Thomé
O Conselho
Published in
4 min readJan 3, 2022

Publicado por Operation Werewolf (traduzido e adaptado)

Eu não sei quem te disse que você era especial, mas você não é. Você existe em um planeta lotado, um enxame de vida humana, respirando, reproduzindo, contorcendo, guerreando, construindo, espalhando, apodrecendo… Você é uma abelha sem rosto em um mar de abelhas sem rostos, quase tão igual ao resto que o seu estilo de vida se tornará quase indistinguível entre milhões de outros seres humanos. Lhe serão vendidos os mesmos produtos, a mesma música, as mesmas crenças…

Todos iguais. Todos se considerando especiais.

Quanto a genética? Ela serve apenas como desculpa. Você pode usá-la para explicar o porquê de você ter um corpo desproporcional e repleto de tecido adiposo; mas não a utiliza para identificar-se provindo de uma ascendência ou cultura de homens grandes que fizeram coisas memoráveis, você prefere focar naquilo que é deprimente…

Esse é o pesadelo do mundo moderno. Isso é o que eles querem te vender. Eles têm as suas opiniões, desejos, ilusões e distrações prontamente embaladas para serem forçadas goela abaixo desde o momento em que você nasce. Você não é um ser humano para eles, você é apenas um consumidor. Apenas uma porcentagem a mais nas estatísticas de consumo, reprodução e desintegração. No primeiro segundo que você exala a sua primeira respiração eles estão enchendo sua vida com comerciais, ideias, PRODUTOS. Seus pequenos olhos já estão observando cenas de como a vida “deve ser vivida” nas proféticas telas brilhosas da nossa Era. A televisão e o computador têm mais influência sobre qualquer pessoa viva neste mundo do que as palavras dos heróis, ou dos grandes exemplos.

APESAR DE TUDO, VOCÊ TEM A CHANCE DE NÃO SER IGUAL. VOCÊ NÃO NASCEU PARA SER UM ESCRAVO (APESAR DE SÊ-LO), A NÃO SER QUE ESTE SEJA O SEU DESEJO E QUE VOCÊ NÃO ESTEJA PREPARADO PARA A TAREFA DE SE TORNAR ALGO A MAIS NESTE AMBIENTE QUE VENERA A RUINDADE.

Seu papel não é consumir os grão envenenados da modernidade, amontoados em sua frente junto com o resto das pessoas que estão à espera do abatedouro, ligados à “Grande Máquina” alimentando-a com sua força vital, sustentando-a, tornando-a mais forte e maior à medida que você se torna mais fraco, uma coisa pálida, flácida e impotente. Uma larva se contorcendo, cuja vida é tão inútil e sem sentido como a de um verme cegamente tentando cavar uma pedra. Para escapar, você deve se livrar dos tubos de alimentação. Você deve se tornar o que eles mais temem:

UM HOMEM AUTÔNOMO, IRRASTREÁVEL E DISSENTE, DE IDEIAS À PARTE.

Quando você despertar do sono induzido pelo ópio do Império e ver com seus próprios olhos o que este mundo pestilento tem feito para você, no que ele te transformou, você ficará inundado com uma grande ira, mas contenha essa fúria, pois será através das disciplinas de Ferro e Sangue que você forjará sua mente e corpo em algo que seus antepassados iriam reconhecer como verdadeiramente humano e digno.

Quando esta está fúria se projetar para fora e começar a rasgar a superfície será justamente quando o enxame tentará enfiar seus ganchos sedados de volta na sua pele.

Quando a jornada for muito árdua, muito difícil, quando o fim da estrada não pode ser visto, ou imaginado, e quando o cansaço subjugar seus membros, nesse momento você sussurrará para si mesmo palavras de desistência, por entre lábios rachados e feridos, conforme a toxina do Império mais uma vez flui em suas veias e todas aquelas falsas imagens bonitas inundam sua mente você perceberá que este é o caminho mais fácil, e estar acordado é o mais difícil e solitário, mas a recompensa é o intangível…

O DESPERTAR.

Este “descanso momentâneo” pode te quebrar, destruir a sua determinação, à medida que você recair nos vícios do conforto, preguiça, prazer químico, ilusão após ilusão aquilo que os nossos ancestrais chamariam de “morte acamada”,

Mas continue, você está indo bem, no caminho bom. Não parar e ficar estirado no meio da trilha é o desafio.

A luta é constante, é brutal, é contínua e é combatida por dentro. Somos as únicas baixas desta guerra e não podemos nos dar ao luxo de perder. Há outros lutando também — e precisamos encontrá-los. Devemos acrescentar nossa força à deles ou sermos obliterados e esquecidos. Não devemos levantar mil bandeiras, mas apenas uma. Uma assustadora bandeira negra que significa nossa disposição para despertar, permanecer acordado e lutar até o último suspiro por nossa verdadeira Liberdade.

CORAÇÕES PUROS. MEMBROS FORTES. E AÇÕES CORRESPONDENTES ÀS PALAVRAS. ESSE DEVE SER O MOTE.

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Ricardo C. Thomé
O Conselho

Criador do projeto O Conselho. Professor e livre opinador sobre o homem, vida, morte e tradição | Instagram @ricardocthome