05 vezes em que Trump atacou os direitos da comunidade LGBTQ+ nos Estados Unidos.

Bruno Ferreira Botelho Lopes
oh, great! it’s bruno
3 min readSep 23, 2020

#1 NOMEAÇÃO DE JUÍZES LGBTQFÓBICOS

Desde que assumiu a presidência, Trump nomeou mais de 150 juízes federais, grande parte deles com posicionamentos contrários aos direitos da diversidade sexual e de gênero. Esses juízes ocuparão esses cargos de forma vitalícia.

Trump também cumpriu a promessa de nomear juízes para a Suprema Corte capazes de reverter direitos sexuais e reprodutivos, como o direito ao aborto legal, indicando para a vaga os juízes conservadores Neil Gorsuch e Brett Kavanaugh.

#2 OPOSIÇÃO AO EQUALITY ACT

A gestão Trump se opôs expressamente ao Equality Act, um projeto de alteração legal que prevê proteção em face da discriminação por orientação sexual e identidade de gênero — da mesma forma como a lei atual protege os cidadãos contra a discriminação por raça, idade, sexo e deficiência.

Vozes oficiais da Casa Branca chamaram o projeto de lei de “uma pílula de veneno” e que sua aprovação atacaria os direitos das famílias e a objeção de consciência.

#3 PERSEGUIÇÃO AOS DIREITOS DAS PESSOAS TRANSGÊNERO

Ao indicar grandes vozes contrárias à “ideologia de gênero” para importantes cargos na administração federal, Trump deu início a uma verdadeira perseguição aos direitos das pessoas transgênero no país.

Alterando o conceito de “gênero” em políticas federais para se tornar sinônimo de “sexo biológico”, Trump dificultou o acesso de pessoas trans aos serviços de saúde, acolhimento e moradia.

Mulheres trans em situação de rua, por exemplo, agora precisam se refugiar em abrigos masculinos.

#4 TRANSFOBIA NAS FORÇAS ARMADAS

Desde 2017, a gestão Trump tem atacado os direitos das pessoas trans nas forças armadas do país. A decisão de expulsar pessoas trans das forças armadas, exceto se concordassem em servir conforme seu “sexo biológico”, entrou em vigor em 2019 — com o aval da Suprema Corte.

Em 2016, quase nove mil militares nos Estados Unidos eram transgênero. Agora, congressistas democratas tentam reverter a decisão no Congresso, enquanto outras ações judiciais nesse sentido ainda estão tramitando.

#5 OPOSIÇÃO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES LGBTQ+ NA SUPREMA CORTE

Apesar de em 2020 a Suprema Corte dos Estados Unidos ter determinado a proibição dos empregadores demitirem os trabalhadores LGBTQ+ em função de sua orientação sexual e identidade de gênero, o governo Trump peticionou na Suprema Corte para que essa decisão não fosse tomada.

Além disso, o governo também anunciou que anunciaria uma normativa do “Ministério do Trabalho” que permite que instituições relacionadas a religiões possam recusar empregados LGBTQ+.

#EXTRA: LGBTQFOBIA INTERNACIONAL

A chegada de Trump ao poder nos Estados Unidos foi considerado um impulso para que outros presidentes e governantes de extrema-direita fossem eleitos ao redor do mundo — muitos mantendo estreitas relações com o presidente norte-americano.

A eleição de Jair Bolsonaro, no Brasil, e a reeleição do ultraconservador Andrzej Duda na Polônia são exemplos claros da ascenção desses regimes autoritários e contrários aos direitos das minorias sexuais.

Por esse motivo, é tão importante acompanharmos o desenrolar das eleições de novembro nos EUA — elas poderão impulsionar ainda mais (ou golpear fatalmente) o projeto político da extrema-direita global.

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Esse é um texto original de Bruno Ferreira Botelho Lopes.

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