Dia internacional da Visibilidade Trans: Uma luta por oportunidades, direitos e inclusão
O Dia Internacional da Visibilidade Trans foi instituído pela ativista trans Rachel Crandall em 2009, sendo repercutido pela “Trans Student Educational Resources”, sediada nos EUA, como marco importante na conscientização e importância da visibilidade trans ao redor do mundo.
A data tem como objetivo valorizar a existência e a integração de pessoas trans, travestis e não-binárias em uma sociedade justa, diversa e igualitária.
Transgênero, Cisgênero, Travesti e Não-Binário — entenda as diferenças:
Transgênero é a pessoa que não se identifica com o gênero atribuído no nascimento. Por exemplo, um homem trans é uma pessoa que foi identificada com o gênero feminino ao nascer, mas que se reconhece a partir do gênero masculino.
Cisgênero, por outro lado, é quem se identifica com o gênero atribuído no nascimento.
Travesti é um termo que está no espectro feminino, mas tem identidade própria de gênero. Por exemplo, a pessoa não necessariamente se identifica como uma mulher, mesmo que pareça feminina. Além disso, muitas travestis adotam o termo como forma de ativismo político, já que ele é geralmente utilizado de forma pejorativa. Aqui vale reforçar que o termo “traveco’’ não é correto. Quando utilizado, o sufixo “eco” pode indicar inferioridade (timeco, jornaleco). Nesse contexto apresenta um valor pejorativo e diminutivo, sendo uma chacota que ironiza e adiciona qualidades negativas. O correto é “travesti”, uma identidade de gênero transfeminina latino americana e digna de respeito.
O termo não-binário refere-se às pessoas que não se identificam com um gênero exclusivamente. Isso significa que sua identidade de gênero não é limitada ao masculino e feminino, podendo, inclusive, transitar entre as diferentes identidades de gênero ao longo da vida.
Segundo a cartilha conjunta da organização TODXS Brasil e da UNAIDS, parte da Organização das Nações Unidas (ONU), o termo identidade de gênero se refere à maneira como reconhecemos o nosso gênero, que não necessariamente corresponde com o gênero atribuído ao nascimento.
Números no Brasil:
Dados da União Nacional LGBT apontam que o tempo médio de vida de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos, enquanto a expectativa de vida da população em geral é de 75 anos.
Mercado de trabalho:
Será que todas as pessoas da comunidade LGBTQIA+ têm a mesma oportunidade?
Sabemos que em todas as minorias ainda assim existem privilégios e, com a população trans, isso não é diferente. Segundo dados do projeto Além do Arco-Írís, da Afroreggae, apenas 0,02% da população trans está na universidade e 72% não concluiu o ensino médio.
Você já se questionou sobre o impacto dessa realidade na sociedade?
Conheça mais sobre o tema:
O Diversifica, comitê de diversidade do Olist, reuniu alguns conteúdos com protagonismo trans para quem busca se aprofundar no tema. Confira abaixo!
📚 livros:
- Viagem solitária: memórias de um transexual 30 anos depois
- Trans: Histórias reais que ajudam a entender a vida das pessoas transexuais desde a infância
- Nossos Corpos Também Mudam
- Vidas Trans: A Coragem de existir
- Transresistência: Pessoas Trans no Mercado de Trabalho
📚 filmes e documentários:
📚 séries:
Expressões e comentários que não devem ser direcionados a pessoas trans:
- “Você é operado(a)?”
- “Traveco” (o correto é “travesti”)
- “Qual o seu nome de verdade?”
- “Esse(a) aqui é o(a) meu(minha) amigo(a) trans”
- “Se você não me contasse ia continuar achando que era mulher de verdade”
- “Pessoas trans tem nojo do próprio corpo”
- “Mas você nem parece trans!”
- “Mas você virou trans e é gay/lésbica? Não era mais fácil continuar sendo mulher/homem como antes?”
- “Não tem essa de não ser nem homem nem mulher”
- “Você nunca vai entender o que é ser mulher/homem”
Transfobia é crime
A criminalização da homofobia pelo STF, em junho de 2019, se estende a toda comunidade LGBTQIA+ e também equipara atos transfóbicos ao crime de racismo.
O Olist apoia essa luta!
Como gente de verdade, oferecemos uma empresa segura para as pessoas trans, prezamos pelo respeito às diferenças, utilização do nome social e acreditamos que inovação só existe com diversidade.
Pensando nisso, trouxemos alguns depoimentos de pessoas trans do #teamOlist. Confira abaixo:
Yuri Costa — Analista de Suporte
O meu gênero importa, pois minha vivência é parte fundamental do profissional que eu sou hoje.
Trabalhar no Olist me ajudou a construir e entender minha posição na sociedade como homem trans.
Essa ajuda vem de um ambiente saudável e acolhedor, com uma equipe incrível e um comitê diversidade ativo em engajar e conscientizar toda a empresa.
Nathan Tatsch, Analista de Sucesso do Cliente
No Dia da Visibilidade Trans é ótimo saber que sou respeitado em meu local de trabalho, o Olist. Respeito é o mínimo que qualquer colaborador merece, mas é importante lembrar que emprego formal é minoria para a nossa população.
A oportunidade de demonstrar a minha capacidade também não veio como um ‘apesar de ser trans’, mas da valorização da minha identidade como um todo. Ser trans não é um demérito e muito menos privilégio, e ao mesmo tempo em que devo ser tratado como qualquer pessoa, carrego minha história e minhas especificidades.
Não há nada a perder com diversidade, mas agregar à equipe realidades diferentes, afinal, somos gente de verdade e um só time.
Além de oferecer um ambiente acolhedor, o olist também apoia a iniciativa EducaTRANSforma, um projeto que visa a formação de pessoas trans para o mercado de tecnologia.
O projeto representa uma conexão entre pessoas, organizações, qualificação profissional, diversidade e inclusão.
Seguimos lutando pela construção de um mundo melhor para todas as pessoas!
👉Curtiu o artigo? Venha fazer parte do #teamOlist!
Por aqui, valorizamos as diferenças e respeitamos a liberdade de ser quem você é. Confira as nossas oportunidades abertas e candidate-se em: olist.gupy.io.