Encontros, acasos, destinos — 1/2
viagem da viagem — belo horizonte
Foi de uma viagem que nasceu outra. E desconfio que, a partir de um certo ponto, seja sempre assim.
Li isso dia desses e fiquei relembrando minha última viagem, ou últimas.
Eu nem ia para lugar nenhum, essa era a verdade… Contudo, um comichão, daquele de viagem, apareceu e, quando vi, cogitava ir para n cidades.
Ao mesmo tempo, tudo era e não era possibilidade.
Dentre os lugares possíveis, decidir ir para beira-mar, visitar uma amiga. Convidei um amigo em comum para estradar junto; ele disse sim.
Quase de um dia para o outro, eu iria partir.
Acho que não pensamos muito em rotas e datas — elas que são tão flutuantes; mas sou meio assim mesmo, ou estou meio assim. Apenas idealizamos formas possíveis de se chegar cabíveis a um não-orçamento, e fim.
Antes de abeirar ao nosso destino, resolvemos passar por Belo Horizonte, pois imaginei que dali seria fácil pegar carona, ir para a estrada, coisa e tal.
Belzonte deixou de ser apenas uma parte do trajeto para se tornar destino também, e um lugar de muitos (re)encontros. Acolá, até então, tinha eu estado apenas uma vez, e, decerto, queria voltar.
Estou lá.
Combinei de dormir uma noite na casa de amiga; dia seguinte ela também viajaria rumo-norte, e eu seguiria sudeste-sul.
Primeiro reencontro: a conheci em outra viagem, ao sol do sertão mineiro; foi um dos pares-muitos que, ali, descobri.
Nessa mesma noite, conheci amiga outra, dela, que convidou para ficar mais dias, simples assim, em sua casa. Então, na manhã seguinte, recebi as chaves da casa. Encontro ou reencontro, nem sei, mas coração se faz feliz com acasos, cheios de amor e abrigo; se é que acasos são.
Nessa mesma manhã, combinei um café com outra amiga que, — e parece que essa era regra para estar em BH —eu havia visto uma única vez, até então. No caso, ela que estava em viagem na minha cidade quando a conheci: ocupação, político espaço! E assim foi. Depois do café fomos andar pelo mercado.
Nesse mesmo dia, fim de tarde, decido ir a um museu e combino de encontrar outra pessoa que, seguindo o padrão, eu havia encontrado somente uma vez, lá no sertão, caminhante-amiga; conversa-flanada vai e vem pelo museu-rua, enquanto procuramos algo para comer.
Entre passo e outro, nos deparamos com alguns amigos dela e eles também estavam com uma viajante — coincidentemente, da minha cidade. A gente se apresenta, pergunto em qual bairro ela mora, e seguimos. De quebra, revemos a amiga do café ali no centro: mais apresentações, papo rápido, bom te ver.
De lá, eu e meu amigo fomos para um boteco, beber com a nova e acolhedora amiga. Chegamos antes e, entre a espera e a cerveja, acabamos trocando ideia com alguns vendedores que passavam; a mocinha dos doces até sentou com a gente.
Dia seguinte fomos tentar a sorte na estrada, depois dela nos acompanhar por Belo Horizonte durante nossa estada.
Volto em breve, para um cafezin.
Parte II: aqui