Nego minha própria existênciaainda que não seja possível.
Deste lado que vivo,se é que posso dizer que vivo,não encontrei luz alguma,nem senhores, nem barbasfogo ou mármore.
Rasguei todas as roupas que tinha. Com a ponta dos dedos desfazendo todas tramas os fios dançam pesadamente caindo inúteis feito cabelos…
A morte não é o fim da vidaé o início da certeza de uma dúvidaA dúvida do início da vida.
Cabelos rarefeitos pela testa espichando para todos os lados.Uma garrafa de vinho cheia na mão,latas…
É tempo de recomeços.De me revirar do avesso,sair desta casca velhacriada com tanto apreço.
Navego em ventos fortescom direções diversasa dividir e a estraçalhar minhas partes, minhas peças.
Agora voltamos todos para casa seguimos nossas estradas.As que se cruzam e as que não.