Rancid: uma jornada até o fim da East Bay
Um show memorável em casa e as referências espalhadas pelas ruas de Berkeley e São Francisco
Por Rodrigo Alves
Nos últimos 26 anos, o Rancid despejou nas nossas orelhas uma dezena de discos e quase duas centenas de músicas. As letras vão se espalhando pelo mapa da Califórnia, cheias de referências que às vezes passam batidas, principalmente para quem mora longe. Que diabos é essa Telegraph Avenue? Quem foi esse tal de Harry Bridges? Para onde vai o Daly City Train? O que é Tenderloin? As respostas estão lá, nas esquinas de Berkeley e São Francisco.
Em Berkeley, a coisa fica ainda mais simbólica. Ficou claro quando a turnê com o Dropkick Murphys chegou à cidade natal da banda. Logo depois de executar “Olympia WA” diante de uma plateia ensandecida, o guitarrista Lars Fredericksen foi para o microfone e comentou com Tim Armstrong:
“Você já esteve num show que você não queria que acabasse nunca? É esse show aqui. É bom estar em casa, né? Somos um bando de sortudos desgraçados!”
Da abertura com “Radio” e “Roots Radicals” ao encerramento com “Time Bomb” e “Ruby Soho”, foram 19 pancadas sem erro, além do bis com o Dropkick Murphys no palco e um punhado de covers incluindo uma bola de segurança como Ramones e uma aposta insólita como Johnny Cash.
O mapeamento dos rastros do Rancid no norte da Califórnia está no vídeo acima. Nas fotos a seguir, mais detalhes sobre as histórias.
Seguem alguns registros em vídeo que eu fiz durante os shows daquele dia e um bônus com duas músicas do Rancid no It’s Not Dead Festival, em San Bernardino, última parada da turnê com o Dropkick Murphys:
Os outros quatro capítulos da viagem: