WEHACK – Hackathon QuintoAndar
O QuintoAndar é uma startup brasileira que está revolucionando o mercado imobiliário, há pouco menos de dois anos eu me juntei ao time e de lá para cá o número de funcionários quase triplicou, por conta disso recentemente mudamos de prédio, o antigo já não cabia mais :)
O novo escritório proporcionou mais espaço para trabalhar, fazer reuniões, comer e além disso, para a comunidade, eventos e para conhecer outros profissionais maneiros. Estou empolgado em poder participar da organização de meetups e outras iniciativas, a exemplo do primeiro hackathon do QuintoAndar, que rolou esse mês.
O Bruno Barreto Rosa, do time 2AoQuadrado, contou aqui um pouco de como foi sua experiência como participante, já esse artigo foca na organização do evento.
Porquê um hack?
Antigamente era comum encontrar competições estritamente técnicas, as 30 horas eram basicamente desenvolvimento e os times eram formados por pessoas proficientes na mesma disciplina, codar.
Os hacks mais recentes são multidisciplinares, as equipes geralmente são compostas por designers, product managers, além dos próprios desenvolvedores. Dessa forma, o produto final vai além de um sistema, funcionalidade ou tecnologia, muitas equipes estão inclusive fundando startups, criando modelos de negócio e explorando oportunidades de mercado.
O coding que costumava ser iniciado no momento zero da competição, tem ficado para bem depois na timeline do evento, etapas de ideação e mentoria de produto são tão importantes quanto todo o restante. O cenário do Hackathon atual é um microcosmo de uma startup como o QuintoAndar, nós passamos por etapas similares, porém demoram bem mais :P
Tá, mas quem sou eu para falar disso?
Nesse evento atuei como mentor, porém já estive do outro lado, em agosto desse ano participei do grupo vencedor do HackingRio, o maior hackathon da América Latina, com mais de 700 participantes e mais de 100 projetos. Quatro mulheres extraordinárias e eu ganhamos a competição que era formada 70% por homens.
O que rolou?
Nós entedemos que para criar uma solução inovadora, é preciso estudar e validar o mercado, uma das maneiras de se fazer isso é conversando com profissionais e players da industria, nós somos especialistas no mercado de aluguel, no entanto sabemos que existe espaço para soluções de problemas que a maioria de nós nem sabe que tem, portanto bolamos o desafio que melhor poderiamos ajudar a resolver: 'Como melhorar a maneira como as pessoas vivem no Brasil'.
Para a organização do evento, contamos com a super ajuda da Luana Silva que tocou o tudo perfeitamente, já a dinâmica do hack foi definida pela shawee, startup especialista no gerenciamento e execução de hackathons.
A mecânica do negócio foi mais ou menos assim: 38 participantes divididos em 10 grupos com uma premiação de 8K para o primeiro lugar. Os grupos contaram com mentores de desenvolvimento, produto e design, eles foram jurados por outros profissionais convidados e do próprio QuintoAndar.
Rodadas de mentoria
A metodologia da shawee é bem interessante, a ideia é mentorar as equipes em rodadas, uma rodada funciona da seguinte forma: duplas ou trios de mentores visitam juntos alguns grupos e entendem o que está acontecendo, eles ajudam com dúvidas, emitem opiniões e apontam problemas, em seguida, os mentores dão notas para critérios diferentes, como energia do time, avanço na idéia ou tecnologia.
Ao fim da rodada, os jurados se reúnem e compararam o agregado das notas, além de falar sobre o que eles viram, eles comentam sobre em que pé está a ideia, se as pessoas estão se dando bem ou não e pontos de atenção em geral.
Na próxima rodada, os mentores visitam outros times, porém dessa vez com insumos da dupla anterior.
Acompanhamento geral
Por conta do processo organizado do hackathon, nós notamos que 7 grupos estavam tentando resolver problemas parecidos e decidimos tomar uma atitude sobre isso, a ideia e execução poderiam até ser muito boas, mas as chances de alguém ganhar uma competição fazendo algo que muitas outras pessoas também estão fazendo é mínima. Portanto usamos as rodadas de mentoria para demonstrar isso para os participantes, a ideia era tentar fazer com que eles focassem no diferencial da solução, caso houvesse, ou mudar para outra ideia mesmo.
Pitches | oficina, pré-pitch e real deal
No domingo as 9 AM, como era de se esperar, todo mundo estava bem cansado, alguns dormindo nos sofás, been there :D
Descobri que a grande maioria dos projetos estava pronta, um ou outro precisava de um ajuste aqui, consertar uma lib ali, mas no geral, o foco era a preparação da apresentação para a banca de jurados, o famoso pitch.
A Shawee criou uma agenda com uma oficina de pitch para ajudar a galera, o Ricardo Queiroz, Head de marketing, fez uma apresentação topzera para os participantes responsáveis pelo pitch de cada time.
Após a oficina, os participantes retornaram para suas salas e retomaram a preparação da apresentação. Do 12:00 à 13:00, oferecemos uma banca de pré-pitch onde os mentores se revezaram novamente, porém dessa vez para avaliar o pitch da galera. A experiência ofereceu uma prévia do que eles encontrariam com os jurados reais, algumas apresentações ainda não estavam muito legais e a galera levou umas porradas construtivas.
Por volta das 15:00, os jurados se posicionaram e os pitches começaram, foi nítida a melhora do pessoal, tomando como base desempenho do pré-pitch. Eles realmente se dedicaram e estão todos de parabéns, no fim, nenhum projeto ficou muito parecido com outro como temíamos inicialmente.
Os ganhadores
O time vencedor foi o CampSP com a plataforma Homing, solução que agiliza a contratação de serviços essenciais para a moradia de qualquer pessoa, o serviço criado por Nicoli Oliveira, Mayara Trindade, Francisco Nardi Filho e Guilherme Antunes possibilita que pessoas já tenham wifi instalado no momento de entrada no apartamento recém alugado, o roadmap do projeto prevê outras facilidades, como rede de proteção nas janelas, por exemplo. Esperamos que o grupo continue o projeto e estamos disponíveis para ajudar no que for possível.
Mentoria futura
Após a premiação, tivemos um happy hour para relaxar (finalmente!) e trocar uma idéia com os participantes, fiquei com a impressão de que alguns grupos gostariam de continuar com o projeto, senti nos outros mentores a mesma sensação que eu tive, queremos ajudar no que for possível, seja recebendo as pessoas de novo aqui para trocar uma ideia sobre os próximos passos, ou de qualquer outra forma que faça sentido.
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