Do embarque ao pouso: O case de sucesso do Vale do Início Tech, o programa de estágio de engenharia da RD

Bruna Lopes
Ship It!
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5 min readJul 26, 2021

Somos a Bruna e a Bianca, engenheiras de software aqui na RD Station. Embarcamos nesse foguete como estagiárias e hoje vamos descrever aqui como foi a aventura e algumas coisas muito legais que aprendemos na viagem.

0 - Arrumando as malas

No processo de arrumar as malas, é aconselhável pesquisar um pouco do destino e se preparar para, por exemplo, diferentes climas e situações que podem vir pela frente.

Nos preparamos para a viagem participando do Get Ready, que é o momento de conhecer mais a empresa, seus valores e o produto. Tivemos a oportunidade de participar de várias dinâmicas e desenvolver um projeto com as demais pessoas que estavam entrando, independente de seu nível de senioridade e área.

Logo depois veio o Get Ready de Produto, desta vez mais focado na engenharia. Conhecemos os times mais de perto e acompanhamos a realização de uma tarefa do início ao fim. A quantidade de informações novas, principalmente na parte técnica, trouxeram consigo a ansiedade que antecede o embarque para um lugar desconhecido e com muitas possibilidades.

1 - Embarque

Recém chegadas à estação, fomos alocadas num time exclusivo de estagiárias e, assim como num time já consolidado aqui na RD, tínhamos um Team Lead, um Product Manager e realizamos todas as cerimônias feitas por outros times: daily, review e report mensal da nossa evolução.

Mas antes de conhecermos nosso destino, fomos treinadas para garantirmos o sucesso da viagem. Aprendemos sobre Ruby, TDD, arquitetura, requisições web, banco de dados, documentações, métricas de saúde de uma aplicação, as ferramentas que utilizamos aqui, e outras coisas que cabem numa lista gigante.

Aprendemos também como a gente une todos os conhecimentos para obtermos um bom resultado. Por último, mas não menos importante, fomos ouvidas sobre qual método de aprendizado funcionava para cada uma e se as ferramentas escolhidas faziam sentido.

2 - Decolagem

O princípio de funcionamento dos motores de foguetes baseia-se na terceira lei de Newton, cujo princípio, resumidamente, diz que para se mover para cima os foguetes expelem jatos de gás no sentido oposto, atendendo à lei da ação e reação.

O nosso jato de gás aqui foi um projeto de estágio (nada trivial): construir um novo serviço de gestão de IPs, assim do zero.

Esse projeto foi atribuído para gente, pelo tipo de atividades envolvidas no desenvolvimento, por envolver vários tópicos e tecnologias utilizados aqui na RD e por permitir pequenas entregas que já saiam provando valor.

A entregabilidade sempre foi uma coisa muito importante aqui, e com um serviço dedicado a gerenciar nossos IPs, poderíamos elevar nossas métricas ainda mais e eliminar issues que estavam pelo caminho.

Tínhamos como objetivo eliminar uma série de execuções manuais que aconteciam e que não faziam mais sentido. Nosso primeiro projeto já nascia alinhado a um dos nossos quatro princípios de engenharia, o ‘Automate everything’, que nos diz, de maneira simplificada, para automatizarmos tudo o que pudermos, minimizando assim trabalho repetitivo e complexidade.

Uma das coisas que fez toda diferença nessa etapa foi conversar com quem estava por trás dos scripts e serviços manuais que eram realizados, para mapear a demanda que seria atendida pelo que iríamos construir. Ou seja, conversamos com os clientes — mesmo sendo nossos próprios colegas — para entender melhor o problema e planejar o desenvolvimento.

3 - Percurso

Com a decolagem feita, era hora de encarar o percurso. A execução do projeto levou cerca de um ano e contou com a aparição de alguns seres inesperados durante a viagem.

Tivemos que lidar com algumas tarefas e ajustes não previstos, mudanças de escopo e pequenos ajustes no time. Aqui um ponto que fez toda a diferença foi o apoio do Team Lead, e de pessoas dos times de engenharia e produto que se dispuseram a ajudar a aprendermos na prática a lidar com imprevistos, que quase sempre nos trazem muito aprendizado.

Outra prática crucial para o sucesso do nosso percurso foi o Pair Programming. Essa é uma técnica bem comum aqui e que contribuiu muito durante o estágio. Aprender na prática com outras pessoas desenvolvedoras acelerou o processo e deixou mais claro muitos conceitos desconhecidos que talvez levassem mais tempo no aprendizado solo.

Exercitamos muitos valores da RD: Lean, Excellence, Out-Teach. Mas o que mais praticamos foi o Ownership, que na teoria não faz parte dos valores, mas é algo muito presente por aqui.

4 - O Pouso e um novo embarque

Chegamos ao fim da viagem numa terra habitada mas ainda desconhecida por nós. O projeto deu muito certo, foi acoplado ao time de email, parte do core da plataforma e com isso viramos oficialmente engenheiras de software.

Com um novo time também veio uma nova missão, ganhamos mais responsabilidade e novos desafios para encarar. Passamos por mais um processo de rampeamento que trouxe alguns medos e incertezas de entrar em um novo foguete, a sensação era de que estávamos começando do zero. No entanto, rapidamente percebemos o quão importante foi a experiência como estagiárias e o quanto já conhecíamos do negócio da RD, dos nossos clientes e das ferramentas utilizadas.

No nosso atual time temos o que chamamos de troca de conhecimento, um slot fixo semanal para aprendermos juntos sobre algo novo, compartilhar algo interessante que aprendemos, etc. Esses momentos fizeram uma grande diferença na velocidade do rampeamento e na integração com os outros membros da equipe.

5 - Ao infinito e além

Seguimos fazendo novas viagens aqui no espaço sideral a todo momento, ainda existe um mundo de novas possibilidades e planetas para serem explorados. A cada nova entrega sentimos que podemos ir ainda mais longe e que sempre vamos encontrar inúmeras oportunidades à bordo da nave RD Station, voos mais altos e muito aprendizado.

Se você também curte área tech e está disposta(o) a embarcar nesse foguete, se aplica para nossas vagas e vem trabalhar com a gente!

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