Qual o impacto eleitoral das mídias sociais?

Vilãs ou salvadoras na política?

Graziela Bezerra
Revista Brado
3 min readJul 9, 2022

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Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Na época dos meus avós e até mesmo dos meus pais — quando a tecnologia não era tão avançada nem acessível como é hoje — a troca de ideias entre candidatos e eleitores era feita principalmente através de comícios, reuniões, carreatas. Conquistar o eleitor era uma tarefa árdua para os candidatos que na época tinham literalmente que ir em busca de seus eleitores em todas as direções.

Com a evolução das tecnologias — o aumento na quantidade de pessoas que tem acesso às mídias sociais, principalmente através de seus aparelhos celulares –, o trabalho cansativo de conquista e busca por eleitores tornou-se cada vez mais fácil, graças ao alcance que essas mídias permitem.

Em dois toques de botões, qualquer pessoa consegue apresentar suas propostas em uma live que pode ser assistida por qualquer pessoa que tenha acesso à internet em qualquer lugar do mundo. Se antes era necessário tempo e dinheiro para o deslocamento entre cidades, onde os candidatos conseguiriam apresentar suas propostas para poucas dezenas de pessoas, hoje é possível fazer o mesmo com menos custo e tempo e alcançar milhares de pessoas.

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Mas como nem tudo são flores, essa facilidade na comunicação faz como que a fofoca “corra solta”. Com isso, as fake news se tornaram cada vez mais presentes nesse ambiente favorável das mídias sociais. E assim como falei em meu artigo anterior, “Eleitor brasileiro!”, essas notícias falsas têm o poder de manipular opiniões e causar danos irreparáveis.

Assim como nas eleições anteriores, nessa — como em todas as futuras — também haverá uma corrida para estar em evidência por meio das mídias sociais, que serão campos minados repletos de desinformação. A situação precária da comunicação é ainda mais acentuada com a utilização de bots que aceleram a disseminação dessas desinformações.

Em meio a tudo isso, só nos falta esperar que os candidatos façam bom uso das mídias sociais e evitem utilizá-las para manipular a opinião dos eleitores através de conteúdos sabidamente falsos e de fato utilizem essas ferramentas para divulgarem suas propostas e conhecerem a realidades das pessoas que irão representar — e que motivos temos para acreditar que eles farão isso? Pois é. Para o eleitor, reforço o que já pedi antes: busque checar as informações antes de compartilhar.

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Graziela Bezerra
Revista Brado

Bacharel em Ciências Econômicas, Mestranda em Desenvolvimento Econômico e Colunista na Revista Brado.