Vultos sobre as montanhas

O Talibã retorna ao trono afegão

João Pedro Sabino Frizzera
Revista Brado
13 min readAug 28, 2021

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*Este texto foi feito em parceria com o estudante de Relações Internacionais Arthur Soares de Oliveira

À esquerda, membros do Talibã erguem uma bandeira do grupo em possível alusão à famosa imagem americana da Segunda Guerra Mundial, à direita, que simboliza o triunfo dos Aliados sobre as forças do Eixo. A presença de equipamento bélico e tático modernos e a similaridade visual com a foto da direita nos fazem concluir que o intuito da foto é expressar o triunfo do Talibã sobre os americanos. Fotos: Divulgação/Talibã e JoeRosenthal/AP

Vale mesmo à pena retirar as tropas sabendo da possibilidade de um dia ter que enviá-las novamente para o mesmo lugar?”.

No dia 23 de abril, descrevi através de um texto para a Brado um pouco da situação complexa vivenciada pelo Afeganistão, que estava prestes a passar pelo seu mais difícil teste de sobrevivência desde a fundação de sua última república, em 2001. Ao final do texto, concluí que a situação era no mínimo inquietante, pois o anúncio de que as forças norte-americanas sairiam do país no momento em que o temível grupo Talibã se encontrava mais forte desde 2001 abria a possibilidade para que o conflito como um todo piorasse. Na frase com a qual concluí esse texto, questionei se há algum sentido nos Estados Unidos retirarem suas tropas do Afeganistão enquanto era bastante claro que eles poderiam ter de voltar atrás no futuro.

Como o leitor atento às notícias internacionais já deve saber, o Talibã de fato retornou ao poder no Afeganistão. Mas, ao contrário do esperado pela inteligência comum — que estimava o colapso do país para ao menos 30 dias depois da remoção total dos americanos, que só seria em meados de setembro — , ele aconteceu antes mesmo que o mundo pudesse dar conta. O mapa a seguir nos dá clara noção disso:

Comparação entre os territórios do governo afegão, em azul, e do Talibã, em laranja-escuro, em abril e agosto de 2021. As áreas laranja-claro são regiões de disputa e confronto. Fonte: https://time.com/6089775/taliban-offensive-afghanistan/

Como se pode ver, tudo aconteceu tão rápido que mal tivemos a chance de imaginar os possíveis cenários do ressurgimento do grupo. A realidade parece ter nos atingido antes que qualquer previsão clara pudesse ser feita, e agora o mundo terá que aceitar que o Talibã veio para ficar, enquanto o restante do mundo está ‘dando o fora’ de uma vez. Então, depois de 20 anos de luta, tudo parece ter voltado para o lugar onde se encontrava antes, sem que haja muito a se fazer para mudar a situação.

Isso gera duas novas perguntas: se o Talibã é agora uma realidade com a qual o mundo terá de lidar para os anos adiante, como podemos imaginar o futuro com um Talibã novamente fortalecido? E como exatamente o mundo está agindo ou reagindo a tudo isso? Para responder essas duas complexas perguntas, vamos por passos.

Primeiro, é necessário olhar mais atentamente para o próprio Talibã. No caso, o que exatamente é o Talibã? Ao contrário do que se pensa, não se trata de um grupo, e sim de uma coalizão. Acontece que por conta da natureza do conflito afegão, que prioriza o combate por guerrilhas, as células do grupo foram descentralizadas. Existem, é claro, algumas lideranças reconhecidas, mas no geral não há sequer uma estrutura hierárquica clara para aquilo que chamamos de Talibã. O pouco que se sabe sobre seu líder supremo, Akhundzada, é que ele se tornou líder da organização somente em 2016, após a morte de seu antecessor.

Na verdade, acredita-se que seu controle sobre o grupo como um todo seja um tanto limitado: Akhundzada nunca foi um líder militar ou político importante, sempre tendo muita influência apenas como líder religioso. No contexto de uma religião de tamanha pluralidade interpretativa como o Islã, lideranças religiosas podem, e são, constantemente questionadas, de forma a deslegitimar um determinado ator. Interpretações contrárias às de Akhundzada podem acabar sendo facilmente levantadas, com o intuito de substitui-lo por outro ator ou grupo de atores menos substituível ou com maior gama de habilidades.

Existe ainda a possibilidade de que Akhundzada não esteja saudável ou sequer vivo, e não seria a primeira vez que um Emir (nome dado à autoridade máxima do Emirado) teria a morte ocultada para evitar possíveis crises até a definição clara de liderança (mesmo que simbólica), e isso seria ainda mais provável em tempos de transição, principalmente com a vontade demonstrada pelo Talibã de dar continuidade à gestão do Estado de forma ininterrupta. De qualquer maneira, quem quer que se torne Emir a partir de agora vai passar a reinar sobre um quase moderno modelo de Estado, que só peca (ou pecava, agora com a queda da capital Cabul) em infraestrutura e ausência de constituição para definição formal de zonas de poder, algo que para a maioria dos líderes do Talibã é algo completamente novo.

Assim sendo, é importante reforçar que o Talibã está longe de ser uma organização unificada e se trata na verdade de uma grande organização dividida entre diversos clãs e seitas, cada um com diferentes prioridades, capazes de exercer poder e influência sobre as demais, e eventualmente até disputando recursos entre si, uma vez que determinados interesses dessas células podem ser divergentes. Essa ausência de definição clara na repartição do poder é capaz de causar rachas e disputas internas dentro da organização, o que explicaria a até então ausente figura de Akhundzada, que se encontraria numa posição de liderança simbólica, tendo que organizar os interesses de diversos atores que podem ou não estar dispostos a cooperar e reconhecer sua legitimidade. O período que o grupo passa é extraordinário para todos e para o próprio grupo. Se encontrar na quase súbita função de governo não é algo que qualquer organização seja capaz de enfrentar.

Agora, um fato a se considerar sobre um novo governo Talibã é justamente que o Afeganistão de hoje já não é o mesmo país dos anos 1996–2001, quando eles governavam. A sociedade afegã, composta em sua maioria por jovens, é em grande parte formada por pessoas que passaram suas vidas inteiras em um país que teve por um bom período liberdades individuais, coletivas, religiosas e de gênero, a despeito das enormes dificuldades e limitações práticas.

É de se esperar duas reações vindas desse cenário: que a população se organize para resistir à consolidação do grupo no governo — quem sabe com colaboração estrangeira — e que o próprio Talibã busque se moderar em alguns aspectos. Enquanto a primeira hipótese pode se tornar verdadeira — tendo em vista o caso da região do Vale do Panjshir, que se recusou a cair nas mãos do Talibã — , a segunda hipótese parece incerta. Não é possível dizer ainda se essa “moderação” irá de fato se concretizar em direitos e garantias para a população — mesmo que somente para facilitar o poder dos Talibãs — , e, no caso dessa ocorrência, os direitos concedidos à população podem não ser equivalentes aos direitos perdidos com a queda da república. Esses direitos ganhos podem também ser somente uma forma de iludir o povo e a comunidade internacional através do discurso, mas tomar essa postura poderá dar muitos ganhos ao grupo, que serão explicados mais à frente.

Outro fato é que o Afeganistão é um país extremamente diverso em termos de língua, etnia, religião e mesmo estilo de vida. Deve-se lembrar que o grupo Talibã é uma coalizão formada principalmente por membros das tribos pashtuns, que vivem no sul do país, próximo do Paquistão, o que pode gerar maiores resistências ao grupo em regiões com língua e etnia diferentes, já que o Talibã não encara com bons olhos manifestações culturais que não sejam ligadas ao Islã.

Compreendido tudo isso, o próximo passo para compreender os impactos do Talibã no globo é observar justamente o restante do mundo. No caso, é preciso se perguntar como exatamente a comunidade internacional está reagindo ao colapso do governo afegão e ao retorno do Talibã? Particularmente, é possível enxergar diferentes abordagens.

De todos os que se pronunciaram sobre os recentes eventos, Rússia, China e os países da região (Paquistão, Tajiquistão, etc.) parecem ter encarado tudo da forma mais pragmática: o diálogo do Talibã com aqueles dois países é um tanto antigo e parece que eles já entendem que quem tem o poder de facto no país é o Talibã, considerando que a chance do antigo governo democrático voltar ao controle é mínima. Não faz sentido, para eles, continuar com a ilusão de que a democracia poderia retornar para o país, ao menos em um primeiro momento. Portanto, nessas condições, se eles reconhecerem o governo Talibã como legítimo de uma vez, russos e chineses poderão trazer o Afeganistão para suas esferas de influência e evitar que os Talibãs iniciem hostilidades.

Dito, isso é importante que fique claro que nem os russos nem os chineses são simpáticos à causa do Talibã e muito menos tolos. Meses atrás, quando ficou clara a possibilidade do Talibã ressurgir, os dois países começaram a posicionar tropas próximas na região e realizar treinamentos militares na eventualidade de um conflito. Isso é uma forma de deixar claro que não há o menor desejo de permitir que o Talibã se expanda além das fronteiras do Afeganistão, por mais que os dois países não busquem uma guerra aberta em si.

Tropas russas participando de um exercício próximo da fronteira afegã do Tajiquistão no início deste mês, em antecipação à tomada de poder pelo Talibã. Foto: Didor Sadulloev/Reuters

O segundo grupo de países são aqueles que já são velhos inimigos do Talibã. Além dos EUA, países como Reino Unido, França, Alemanha, Turquia, dentre muitos outros que apoiaram a invasão ao Afeganistão há 20 anos, naturalmente já se posicionam em oposição a um novo governo desse grupo, ao mesmo tempo que correm contra o tempo para evacuar seus cidadãos do país enquanto durar uma trégua com o Talibã, marcada para encerrar no dia 31 de agosto (próxima terça-feira).

Soldado norueguês carrega um bebê afegão durante a evacuação em Cabul. Em meio ao caos que se instalou na cidade, civis afegãos foram deixados de fora dos aeroportos enquanto as forças internacionais evacuavam. O bebê desta foto é um dos poucos que tiveram a sorte de ser levados para fora do país. Foto: Reprodução

No momento, essa coalizão se recusa em conceder o reconhecimento a um novo governo formado pelo Talibã, mas ainda não é claro se ocorrerá apoio de alguma forma ao antigo governo do ex-presidente Ashraf Ghani a retomar o controle do país. Essa última opção é bastante improvável por diversos fatores, especialmente porque ninguém deseja provocar o Talibã novamente, por ser uma ação extremamente custosa e pelo fato do presidente americano já ter feito um discurso condenando a fuga de Ghani quando o grupo tomou Cabul, no último dia 15. Se eventualmente esses países reconhecerem o Talibã como legítimo, mas tentarem isolá-lo internacionalmente, correm o risco de ampliar a percepção de que os EUA e a OTAN (organização militar comandada pelos EUA) não são parceiros confiáveis — já que basicamente admitiriam a derrota. Para eles, isso é algo a ser evitado a todo custo, pois na política internacional nunca é um bom sinal demonstrar fraqueza, já que isso cria desconfianças sobre o poder dos Estados.

Outra questão a ser avaliada é o próprio efeito que a queda do governo afegão causou sobre os países ocidentais. Enquanto nos EUA muito se discute que os últimos 20 anos de guerra, apoiados tanto por republicanos quanto por democratas em seus respectivos governos, foram um total desperdício; países europeus como França e Alemanha já discutem formas de lidar com uma potencial crise de refugiados no continente, similar à que ocorreu em 2015.

Um outro problema em reconhecer o Talibã é que isso privilegia o grupo em alguns quesitos. Todos os Estados possuem uma série de direitos à luz do Direito Internacional — imunidade diplomática dos membros no exterior e respeito à soberania, por exemplo –, mas o reconhecimento, acima de tudo, simbolizaria o abandono da comunidade internacional ao apoio por um governo democrático no Afeganistão. Novamente, a mensagem que isso pode passar para o mundo é de que regimes antidemocráticos como esse podem sim ser aceitos na ordem internacional. Portanto, o Ocidente se encontra sobretudo em um difícil dilema, entre escolher o que ou quem sacrificar em nome de determinados valores e interesses. Nessas condições, fica difícil saber o que surgirá nos próximos anos.

Curiosamente, não existe a princípio a expectativa de que o Talibã comece a realizar atos terroristas em nações ocidentais, como o Estado Islâmico fazia há alguns anos. A percepção desses governos é de que eles possuem objetivos muito mais centrados na região e capacidades mais limitadas para realizarem ataques. Além disso, sabe-se que a aliança com outros grupos já não existe há algum tempo, exemplificada pelos embates com o Estado Islâmico desde 2016, o que pode significar que o Afeganistão não deve se tornar uma base para outros grupos fundamentalistas, como foi o caso da Al-Qaeda até 2001 — o motivo central da invasão pelos EUA. Mas, é claro, isso ainda são especulações e expectativas que, como vimos, podem se reverter rapidamente.

Por fim, um terceiro grupo de países envolvidos nessa situação é formado pela Arábia Saudita e pelo Irã, cujas relações de disputa foram tratadas num outro texto da Brado no ano passado. Como dito antes, a moderação do Talibã poderá ser boa no longo prazo para o grupo, pois favorece a estabilidade. Caso isso ocorra, podemos esperar uma aproximação Saudita-Afegã, o que seria natural pois ambos os Estados têm como base a interpretação de Abd Al-Wahhab do Islã, também conhecida como wahabismo, que é veementemente oposta à filosofia seguida pelo Irã, que se veria cercado por múltiplos lados de Estados filosoficamente hostis. Essa aproximação seria tão benéfica para ambos os Estados que é a provável razão do Irã já ter retornado o comércio de petróleo com seu vizinho afegão, no intuito de mitigar qualquer aproximação entre os dois Estados wahabistas.

A Arábia Saudita, no entanto, é hoje liderada por uma figura modernizadora, o príncipe Mohammed Bin Salman (MBS), que se esforça para desvincular a imagem de ditadura retrógrada e conservadora de seu Estado, com níveis variados de sucesso ao longo de sua gestão. Apesar da agressiva atuação de MBS no comando das relações externas do reino (como visto pelos embates do preço do petróleo e a guerra civil do Iêmen), é improvável que ele vincule ou apoie publicamente o Estado do Talibã antes de qualquer percepção de moderação no governo de Cabul por parte da comunidade internacional.

Como ficou evidente ao longo do texto, ainda há muita incerteza acerca do que pode ou não acontecer. Há um ditado clássico em relações internacionais que diz que “guerra é névoa”, ou seja, não importa o quanto você se prepare ou planeje, o que acontece na guerra é simplesmente imprevisível. Se não podemos saber o que irá acontecer no futuro, talvez possamos olhar para o passado e buscar por lá algumas respostas. Para isso, valemo-nos de uma breve aula de história:

Entre 1949 e 1975 os Estados Unidos se empenharam em construir as bases para um Estado vietnamita que replicasse o modelo de democracia liberal no chamado “Vietnã do Sul”. Um “Vietnã americano”, digamos assim, que no fim de sua vida fracassou amargamente em seu projeto de unir as concepções filosóficas e instituições do Ocidente com as particularidades da sociedade vietnamita, produzindo em seu lugar um Estado policial, instável e ignorante às necessidades dos mais pobres.

O fracasso no Vietnã condenou a posição americana em toda a região da Ásia-Pacífico a um papel secundário em plena Guerra Fria e serviu como uma sombra para gerações de militares, civis e políticos nos EUA, que jamais conseguiram superar o amargor da derrota. Em particular, a cena dos funcionários da embaixada americana em Saigon, que fugiam amedrontados dos comunistas, cristaliza a imagem de um país derrotado militarmente, desestimulado socialmente e desmoralizado internacionalmente, cujo ídolo de defesa da democracia derreteu após anos de propagação da violência no país asiático.

Nas décadas posteriores, o trauma no Vietnã motivou os EUA a adotarem uma postura muito mais cautelosa e moderada, como uma forma de reconstruir sua imagem. A defesa da democracia, dos direitos humanos e das liberdades individuais voltaram a ser valores defendidos pelo país no exterior, mas não como uma forma de justificar intervenções estrangeiras, e sim de buscar mudanças mais profundas na sociedade internacional, que caminhassem para a concretização daqueles valores. Daí surgiu a cooperação com a União Soviética para mitigar os efeitos da Guerra Fria, bem como as pressões para que regimes ditatoriais da América Latina, como do Brasil, passassem a abandonar o aparato de repressão. Inegavelmente, foi um dos períodos mais responsáveis em termos de governança global da história moderna.

Acima, um helicóptero evacua a embaixada americana em Saigon em 1975, após o colapso do regime local. Abaixo, um helicóptero de modelo similar faz o mesmo na embaixada americana de Cabul, em 2021. 46 anos de diferença, a mesma história: quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem iguais. Fotos: Reprodução

Pouco a pouco, o país tentou reconstruir sua imagem e, décadas mais tarde, após os ataques do 11/09, recuou para a posição de antes do Vietnã. A defesa desses valores voltou a ser a justificativa para uma invasão a outro país asiático e o resultado não poderia ser outro senão este que assistimos agora. A falta de compreensão quanto à realidade dessas sociedades, somada à forma irracional de agir como um policial global, gerou somente conflitos indesejados e intermináveis. O Talibã não é de forma alguma um agente mais desejável do que os EUA no contexto afegão, mas é inegável que ele pode ser visto como a resposta de parte de uma sociedade que não suporta ser submissa ou aceitar valores e costumes tão diferentes dos seus. Acredito que foi através desse sentimento, mais do que da própria doutrina fundamentalista, que eles sobreviveram todo esse tempo até atingir a vitória.

Por fim, já que eu fiz uma comparação com o caso do Vietnã, relembro o seguinte trecho do comunicado do chefe da estação da CIA no Vietnã do Sul, Thomas Polgar, em 30 de abril de 1975:

“Esta será nossa última mensagem vinda da estação de Saigon.

Foi uma longa luta e nós a perdemos…

Aqueles que fracassam em aprender a história serão forçados a repeti-la.

Esperamos que nunca mais tenhamos uma experiência como a do Vietnã e que nós aprendamos nossa lição.

Saigon desligando”.

Que a lição do fracasso no Afeganistão seja finalmente aprendida. Os norte-americanos foram capazes de enxergar seus erros uma vez e fizeram de sua tragédia uma esperança para o planeta por alguns anos. Depois, se esqueceram de tudo e voltaram à loucura de invasões a nações distantes. Que agora, com o desastre no Afeganistão, não apenas os americanos, mas toda a nossa geração e até além jamais repita isso que vivemos. Como no texto sobre a retirada das tropas estadunidenses, finalizo aqui com uma pergunta ao leitor: depois de tudo o que foi feito, valeu a pena? Acredito que nós todos sabemos a resposta.

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João Pedro Sabino Frizzera
Revista Brado

Estudante de Relações Internacionais pela Universidade Vila Velha | Colunista de Política da Revista Brado.