O que é logos?

Emanuel Ribeiro
Plus Ultra Revista
Published in
4 min readDec 24, 2019

Termo originário do grego antigo, muito utilizado pela filosofia, religião, psicologia e até na retórica. Em suas origens, entre os gregos, era utilizado de várias maneiras diferentes, como aquilo que é dito, pensado, uma narrativa. Entre os cristãos, o conceito passou a ser associado à sabedoria, palavra e a Jesus Cristo (Fonte: Wikipedia).

Em seu livro O Quarto Logos, Jan Val Ellam associa o termo a quatro personalidades, suas atuações e desdobramentos destas atitudes. A tabela abaixo sintetiza os principais elementos citados nesta obra relacionados ao termo em questão:

Síntese dos 4 logos

O primeiro logos, associado à figura do Criador, é conhecido por diversos nomes nas tradições espirituais: Brahma, Caos, Javé e Alá são alguns exemplos. Ellam resgata esses elementos considerados mitológicos hoje pela humanidade e acrescenta revelações em torno do fator Javé: a partir de seus primeiros momentos após ser tragado por sua criação, numa tentativa de se reconstituir a qualquer custo, teria gerado os primeiros seres, os anjos-clones, que eram meras extensões de seu corpo mental decaído. Totalmente robotizados, sem liberdade para pensarem por si mesmos e evoluírem, estes seres vivem desde a criação deste universo como meros fantoches do Criador. Desde então, as cores que caracterizam ainda hoje este universo podem ser verificadas como herança do primeiro logos: instinto de sobrevivência a qualquer custo, roubo energético (alimentação), reprodução, sentimentos de exclusividade e outras esquisitices.

Continuando o processo, Shiva é o associado ao segundo logos. A partir daqui, as figuras associadas aos logos se caracterizam por terem planejado mergulharem nesta criação, diferente do primeiro, que teria sido tragado contra sua vontade. Shiva teria surgido como anjo-clone, porém, percebeu que Brahma não parava de gerar clones de forma tresloucada, após despertar minimamente e perceber que algo estava errado. Passado algum tempo, o mesmo teria chegado à conclusão de que a alternativa mais sensata era acabar com tudo aquilo. Então, este anjo-clone atacou Brahma, como narrado nos Vedas, e a partir dali Brahma perde uma de suas cabeças, fato narrado por Ellam como o fim da reprodução por clonagem de forma desenfreada. Após sua recomposição, Brahma revida o ataque destruindo violentamente toda a família daquele anjo-clone que o atacou. Pela violência do impacto, as mentes destes seres não conseguiram retornar à espiritualidade nem alinhar suas personalidades numa só. Eis que surgem os demos. Capitaneados por Shiva e imitando Brahma, os mesmos desenvolvem suas próprias faixas de realidades, lokas, e inúmeras disputas passam a ocorrer. Deste processo surge a diversidade na criação universal, marcada pela variedade de demos afetados de toda ordem, com os primeiros traços de polaridades sexuais e emocionais.

Vishnu, o terceiro logos, programou seu mergulho para acontecer como demo. Com o objetivo de atenuar as disputas entre estes seres, aquele que na tradição grega ficou conhecido como Eros, proporcionou alívio para os demais e iniciou todo um processo daquilo que hoje chamamos de amor. Para aliviar as dores dos demais demos, Vishnu inseriu alguma suavidade na criação. A partir de sua atuação foi possível semear nos mundos várias raças que desencadeou em um processo aqui na Terra chamado de evolução: a partir da aproximação dos primeiros seres unicelulares, surgiram seres pluricelulares que evoluíram gerando seres cada vez mais complexos. Além disso, características como sentimentos (percepção além da emoção), fraternidade e refinamento da adoração foram atingidas a partir da atuação do terceiro logos.

Por último, o quarto logos, associado a Olm, o velho codificador, como Ellam costuma a ele se referir, seria o primeiro a mergulhar na criação indevida de Javé sem se vincular ao DNA do Criador. Olm seria o responsável pelo aumento da complexidade na criação e o afastamento da fé cega em prol do esclarecimento filosófico. Milhares de anos atrás, ao perceber que esta criação passava por sérios problemas, o quarto logos teria reunido diversos representantes de famílias de biodemos para conduzir pesquisas, estudos. Todo este processo desencadeou diversos momentos onde esses seres ainda hoje, aqui na Terra, buscam pela compreensão e mudança em suas atitudes para contribuir de forma esclarecida na reconstrução universal. A atuação do atual logos é marcada pelo advento do druidismo, xamanismo, filosofia, dentre outras ferramentas que surgiram com o objetivo de oferecer luzes àqueles que porventura se arrisquem a buscarem de forma mais ousada.

audiodescrição por Irene

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