amor, presente

E tem coisa melhor de receber ou dar?

Regiane Folter
Revista Subjetiva

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Por Regiane Folter

“No solo se trata de mariposas en el estómago, sino de paz en el corazón”
(desconocido)

Cheguei em casa com uma tempestade no peito. Maremoto de emoções. Cansaço, raiva, culpa, medo, contrariedade, solidão. Nenhuma era boa.

Só de passar pela porta, o peso nos meus ombros diminuiu um pouquinho. Nosso lar é o começo do teu abraço.

Você me esperava sentado na mesa, com uma expressão tão desgastada quanto a minha. Te olhei e vi um espelho. Havia maremoto ali também. Então escutei.

Você falou do seu dia, dos seus medos, das ideias loucas que havia tido, das perspectivas boas que estavam no horizonte. Você falou de tudo que tinha sentido nas últimas 24 horas, coisa boa e coisa ruim. Você falou, eu ouvi. Eu te recebi, você relaxou. Te disse o que pensava, te confortei e tentei te ajudar com meus conselhos. O primeiro sorriso do dia nasceu em teu rosto.

Aí foi a minha vez. Te contei do meu dia e dos meus desgostos, das minhas dúvidas, do que fiz mal, do que fizeram de mal comigo. Falei, falei, falei tanto quanto havia escutado. E você ouviu, como sempre faz. Depois falou com sua voz de aconchego aquilo que eu precisava ouvir para me fortalecer. Eu suspirei, enfim em paz. Da chuva tempestuosa só sobrou a bonança que vem depois.

Nos calamos depois que desabafamos, depois que nos filtramos, e descansamos no olhar um do outro. Nos abraçamos com o tempo presente que compartilhamos ali, nos amamos com nosso cuidado, com nossa atenção. E nem precisamos nos tocar para isso.

Depois, me aproximei. Você me enlaçou pela cintura. Eu pus meus braços ao redor dos teus ombros. E no meio daquela paz que sentíamos, daquela sensação de que éramos amados, aceitos, queridos, outro tipo de maremoto ganhou nossos corpos.

Alegria, conexão, ternura, paixão, vontade de rir, de tocar, de beijar. Nenhuma emoção era má.

Amo hoje, agora, nesse instante, enquanto escrevo essa história e te vejo cochilar na cama ao meu lado. Amo no presente, com todo o meu presente, disposta a te dar de presente todo o meu amor. Porque em nós encontrei o que sempre busquei, o que pensei que era impossível encontrar: a serenidade que necessito pra ser eu mesma, pra ser feliz no passado, no futuro e no presente.

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Regiane Folter
Revista Subjetiva

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