Contradições
Mudamos constantemente, como um rio ora sereno, ora revolto.
Somos um maremoto de contradições. Às vezes mudamos nossas ideias, mas não nossas ações. Às vezes mudamos as ações, sem tocar nas ideias. Às vezes tudo se transforma dentro de nós, mas não no exterior. Outras vezes é o mundo lá fora que se torna distinto, mas nós seguimos aferrados às mesmas regras.
Mudei tanto, sigo mudando. Outras coisas sigo querendo mudar, sem sucesso. A culpa por não ser tudo que queria ser é grande. Pesa. Posso passar horas matutando… por que foi que não mudei mesmo? O que é que me trava? Que impedimentos tenho? Essa curiosidade é boa, porque mantém as engrenagens funcionando. Lubrifica a vontade de mudar.
Por outro lado, algumas alterações foram tão simples, tão naturais, que quase não as senti. De repente, tinha mudado. E estava mais feliz, plena, orgulhosa. Até mesmo aquelas mudanças que no passado pareciam impossíveis, no presente se apresentaram tranquilamente. Todas as dificuldades haviam desaparecido.
Por isso mesmo é que gostaria de deixar essa auto-cobrança de lado. Continuar trabalhando em mim e no mundo, isso sempre. Mas sem tanta pressão, sem tanto remordimento. Deixar fluir.
Acho que no final das contas o que eu quero mesmo é desaprender a nadar e aprender a boiar, deixar a água me lavar a alma e levar meu corpo em meio a tanta incerteza.
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